"guardai-vos no amor de Deus,
esperando a misericórdia de nosso Senhor Jesus Cristo, para a vida
eterna."
Judas 21
Aplicar o perdão a alguém jamais será
fácil. É mexer a fera com vara curta (e a fera somos nós mesmos!). Basta
começarmos a pensar em perdoar que nossa mente sofre um tsunami de motivos para
não perdoar. Por outras vezes nos justificamos crendo de que o perdão deve ser
um objeto de prêmio, afinal, só perdoamos quando o ofensor nos pede o perdão, e
tem de se humilhar perante nós. Alguns seguem o caminho de que perdoar é muito
simples, basta dizer que perdoa, mas não é preciso caminhar junto (e o que dizer
de Jesus com Pedro?!). Observando bem profundamente, é
melhor ser o ofensor do que o ofendido. Dói menos na carne.
E é assim, nos imaginamos sempre como
sendo o herói do faroeste e acabamos por nos esquecendo o que é ser um
cristão. "O
evangelho mostra que somos mais perversos do que ousamos pensar e muito mais
amados do que ousamos imaginar." Tim Keller.
Certa vez Jesus disse que deveríamos
caminhar rumo a porta estreita, pois o caminho da perdição tinha uma porta bem
larga (leia Mateus 7:13-14 e Lucas 13:22-30). Infelizmente, muito de nós,
religiosos, cremos de que ao adentrar as portas físicas de missas e cultos já
estamos neste caminho. Devemos ter cuidado. A porta larga continua toda pomposa
a nossa frente.
Vivemos o tempo onde os templos estão
lotados de religiosos consumidores do evangelho barato. É o evangelho onde o
amor chega até onde não se pisa no calo. É o evangelho onde nem todas as câmeras
de TV poderiam registrar todos nossos atos de "bondade" e "amor" falso. É o
evangelho onde o perdão tem muitos parágrafos e incisos que nos permitem fazer
como bem entendemos. É o evangelho onde buscamos os muitos flashs dos
ministérios e púlpitos. E por tudo isso, não sabemos amar e não sabemos perdoar.
Entregamos dízimos e ofertas que enriquecem as igrejas, mas não damos aquilo que
é mais precioso e não nos custa dinheiro algum, o amor e o perdão. Julgamos que
todos devem ser santos, como santo que somos. Mas se somos santos, porque não
transformamos os outros em santos?! Queremos igrejas com pessoas perfeitas, mas
nos esquecemos de que não somos perfeitos. Se ofendemos, é só uma bobagem, se
somos ofendidos, foi uma humilhação. Se não nos amam, as pessoas são frias, se
não amamos, é porque não dá pra se dar atenção a todos.
Como vencer e caminhar para a porta
estreita?! Jesus. Apenas conhecendo Jesus seremos transformados. E Jesus não se
conhece pelo dinheiro dado, Jesus não se conhece por horas e horas dentro de
igrejas, Jesus não se conhece por muitos trabalhos e ministérios. Só há um meio
de se conhecer Jesus. Se relacionando com Sua palavra. Quanto mais conhecemos
Jesus, mais amamos Sua igreja. Quanto mais somos como Jesus, mais amamos e
perdoamos. Quanto mais conhecemos Jesus mais as pessoas nos são importantes.
Ame, perdoe! Estas duas atitudes são as melhores ofertas que Deus quer de
você.
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