“como está escrito: Não há um
justo, nem um sequer,”
Romanos 3:10
Indulgência. Instituída
no século XVI pelo Papa Leão X tinha como “qualidade” dar o perdão dos pecados.
Qualquer pessoa com posses financeiras poderia comprar este documento e se
tornar livre de seus pecados.
E hoje a igreja
contemporânea vive um novo tempo de indulgência. Não temos mais um documento
assinado por um papa, mas temos agora o amor e a graça de Deus que nos absolve
de todos nossos pecados. Não há mais necessidade de arrependimento. Nos basta
saber que Deus nos ama. E assim, transformamos nossos pecados em coisas fúteis
diante de Deus.
Isso
é apenas uma lasca do iceberg perverso que somos. Partilhamos sorrindo o amor de
Deus, mas deveríamos chorar visto que somos perversos. Sim, assim somos. “todos se extraviaram, à uma se fizeram
inúteis; não há quem faça o bem, não há nem um sequer. A garganta deles é
sepulcro aberto; com a língua, urdem engano, veneno de víbora está nos seus
lábios, a boca, eles a têm cheia de maldição e de amargura; são os seus pés
velozes para derramar sangue, nos seus caminhos, há destruição e miséria;
desconheceram o caminho da paz. Não há temor de Deus diante de seus olhos.”
(Romanos 3:12-18). Muito prazer. Este sou eu. Este é você.
Não temos pressa em julgar as pessoas, mas nos
absolvemos de qualquer delito. De fato não apresentamos ao mundo o que somos
pois se assim o fizéssemos causaríamos pavor até em nós mesmos. Pensemos. Se
Deus colocasse todas as pessoas que vivem ou que já passaram em nossa vida num
espaço e num telão de cinema apresentasse todos, absolutamente todos nossos
pensamentos desde quando nascemos. Nem um mísero pensamento ficasse de fora. Responda
a si, quem ficaria ao seu lado no fim do filme? É evidente que tentaremos nos
defender dizendo que não fizemos metade do que pensamos, mas, sejamos francos,
se pensamos é porque aquilo brotou em nosso coração. Quantas pessoas nós já não
desejamos matar com nossas próprias mãos? Com quantas pessoas nós já não
desejamos ter o prazer sexual? Quantas pessoas nós já não pensamos que poderiam
apodrecer? Quantas vezes já não xingamos no pensamento? Quantos ciúmes já não
tivemos?
Somos terríveis e perversos. Duas coisas devem ser
bem esclarecidas. Primeiro. Hitler não é uma anomalia humana. Hitler
simplesmente é um ser humano que fez o que muitos pensam. Segundo. O inferno
não é ficar queimando num fogo que nunca se apaga e onde nunca se morre. O
inferno é viver não mais sob o Espírito de Deus, mas sim, sob 100% do espírito
humano, e isto sim provoca choro e ranger de dentes.
Mas diante deste caos que somos, há saída?! Sim. “Mas Deus prova o seu próprio amor para
conosco pelo fato de ter Cristo morrido por nós, sendo nós ainda pecadores.”
(Romanos 5:8). Deus se fez homem para salvar o homem. Jesus passou pelo que
passou não para mostrar Sua força, mas para demonstrar o Seu amor. Respondendo
a pergunta sobre quem ficaria ao seu lado ao fim do filme, apenas uma pessoa
ficaria. Jesus! Ele estenderia Suas mãos e lhe daria a chance de receber a
única e real indulgência, o perdão de Deus.
Se de fato aceitamos a Cristo como nosso Senhor e
Salvador é porque uma fresta de entendimento se abriu sobre nós. É porque
finalmente deixamos que o Espírito Santo entre em nosso coração para nos
transformar. Mas não para por ai. Essa transformação é diária. É a
transformação que necessita que O conheçamos mais e mais. É a transformação que
requer tempo, disciplina e vontade. Só conhecemos de fato o amor, a
misericórdia e a graça de Deus quando buscamos isso, quando entendemos que sem
Ele somos o que somos.
Para se chegar á Jesus primeiro é preciso fugir de
si mesmo. Salvador só salva quem está perdido. Você está perdido?
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