quinta-feira, 31 de março de 2016

Um grande amor

            Muitos de nós por vezes não conseguimos compreender o amor de Jesus. “Como assim, Deus envia Seu próprio Filho?”; “Como pode um homem suportar tanta dor e cravos entre as mãos e os pés por mim?!”; Sim, é tudo muito “exagerado” aos nossos olhos. Como entender que um Rei se fez pobre? Como entender que um Santo se fez profano? Como relacionar tudo isso em nossa mente quando ela por si só impõe os nossos limites de amor que estão no coração!?
            Muitos se atentam a toda esta entrega de amor apenas ao momento em que Cristo é interrogado pelos homens no Sinédrio. Olhando somente a partir deste ponto perdemos algo maravilhoso. No Getsêmani foi onde todo ato de amor e entrega se iniciou. Foi lá que Jesus mostrou e não deixou dúvidas do quanto nos amava e do quanto estaria sempre intercedendo por nós. Somos bilhões de pessoas, porém, naquele jardim fomos representados pelos discípulos. Cada qual com suas expectativas. Cada qual com seus desejos e anseios. Cada qual com suas dúvidas. O Getsêmani foi muito mais do que um simples momento. Ali representa séculos e séculos de vidas. Ali, em poucas horas toda a humanidade do momento e do porvir estava sendo demonstrada. Desde os que lutam por Jesus como Pedro, passando pelos que traem Jesus como Judas até aos que só o conhecem no final como o soldado da orelha cortada.
            E todo amor de Jesus é exalado como o bom perfume naquele jardim. Mesmo num momento de tanta tensão, ainda assim, Ele não se preocupou consigo mesmo, mas sim, somente com quem estava com Ele. “[...]se é a mim, pois, que buscais, deixai ir estes;” (João 18:8). Ele sabia que a prisão era para Si, mas também tinha amplo conhecimento que a prisão de seus apóstolos desfaleceria ao coração de muitos. Mesmo sabendo o que estava por vir, todo sofrimento que Ele teria de suportar, ainda assim, Jesus não poupou pensamento e vontade de interceder e livrar aqueles que estavam com Ele.
            Num mundo onde vivemos apenas pelos nossos benefícios, onde encontramos espaço em nós para fazer o benefício ao próximo? Será que nossos problemas são tão problemas mesmo? Ou será que apenas buscamos situações para nos acomodar e dar validade ao nosso “eu”? Será que nos momentos de simples aflição, conseguimos pensar no bem do próximo? Claro que não. Ainda somos galáxias distantes deste altruísmo de Cristo. Em muitos casos, só ajudamos e pensamos no próximo quando nossa maré está mansa, quando tudo vai bem, quando não colocamos nossos problemas a vista dos outros. Jesus não. Jesus jamais pensou em Si, sempre pensou em nós. Seu amor e dedicação por nós foi algo que jamais se viu na face da terra.
            Ainda hoje Ele pensa e intercede por nós. Ainda hoje Ele faz o mesmo que fez com o soldado, devolve-lhe a orelha cortada. Ele não se importa com a situação que vivemos, só se importa se O queremos receber ou não. Discípulo ou soldado? O que você é?! Em qual perfil você se encaixa? O grande amor de Deus é tão grande por nós que ele vem do Éden até o Getsêmani.

“Então, lhes disse Jesus: Já vos declarei que sou eu; se é a mim, pois, que buscais, deixai ir estes;”

João 18:8







terça-feira, 29 de março de 2016

Uma enciclopédia entre 2 versículos

            Para aqueles que visualizam a bíblia como um livro, ela é apenas um livro. Porém, para aqueles que a visualizam como um fragmento da porção de vida, soberania e inteligência de Deus, a bíblia supera qualquer coisa. Viver e crer pela bíblia é por si só um ato de fé. E é a nossa fé que define o quanto cremos na Palavra de Deus (Afinal, a bíblia é a escrita do próprio Deus, uma biografia de Si mesmo, em Pai, Filho e Espírito).
            Não existem distinções, tudo é muito sabiamente interligado. Se cremos em Deus, cremos em Cristo, no Espírito Santo e na bíblia, todos por igual proporção. Se dissemos crer em Deus mas temos dúvidas da bíblia, então duvidamos de Deus. Se dissemos ter fé em Deus mas não temos fé nas palavras da bíblia, então não temos fé em Deus. Se dissemos que Deus é sábio mas achamos loucuras algumas coisas da bíblia, então achamos Deus um louco. Se adoramos á Deus, mas zombamos da bíblia, então zombamos de Deus. A bíblia é, em sua essência, a prova dos cristãos da fé em Deus. A bíblia é uma compilação dos milhões e milhões de anos que a eternidade já teve até o dia de hoje.
            “No princípio, criou Deus os céus e a terra.” (Gênesis 1:1). Este princípio não é o início de tudo, é apenas o início do Éden, do planeta que conhecemos hoje como Terra. “A terra, porém, estava sem forma e vazia;[...]” (Gênesis 1:2). Dois versículos apenas. Milhares de anos de separação entre o 1 e o 2. Sim, o que é descritivo em poucas linhas trás um resumo de milhões de anos e de informações que são adicionadas dentro da própria bíblia. “Porque assim diz o Senhor, que criou os céus, o Deus que formou a terra, que a fez e a estabeleceu; que não a criou para ser um caos, mas para ser habitada[...]” (Isaías 45:18). Aqui uma chave de entendimento á nós. Em Isaías Deus diz que criou nosso planeta para ser habitado e para não ser um caos. Então isto nos esclarece os milhões de anos que separam Gênesis 1:1 (planeta estabelecido e habitado) de Gênesis 1:2 (planeta sem forma e vazio). E o que havia nestes milhões de anos? A bíblia diz. O que ela diz? Buscar esses “segredos” são uma das maravilhas da Palavra de Deus.
            Reconhecer esta maravilha é começar a descobrir o quão grande e maravilhoso Deus é. Chegar a este entendimento é enxergar que nós somos apenas brisa no tempo de Deus. Crer nisto é ter a fé mínima para reconhecer de que Jesus nunca foi criado, Ele sempre existiu. Abrir os olhos para esta verdade é abrir o coração para todo plano da salvação Divina. Nossa fé cristã, nossa fé em Deus se inicia ao cremos já em Gênesis 1. Todos os dias somos tentados a provar nossa fé. Todos os dias o próprio Deus nos permite vivenciar situações para fortalecer nossas musculaturas da fé. E o melhor exercício se inicia quando abrimos Sua palavra. Quer ter fé para vencer seus problemas, dilemas e confusões do dia a dia? “E, assim, a fé vem pela pregação, e a pregação pela palavra de Cristo.” (Romanos 10:17).

“No princípio, criou Deus os céus e a terra.”

Gênesis 1:1






segunda-feira, 28 de março de 2016

Tempo de dias esquecidos

            Ontem foi um brilhante dia. Milhões de crianças e adultos ganharam o tão esperado ovo de chocolate para celebrar a páscoa. O domingo foi de almoço de família reunido á mesa. O churrasco também foi o ponto em muitas casas. Muita conversa, muita bebida e um domingo onde a vida foi celebrada com muita alegria. E cá estamos nós seres humanos. Nos esquecendo dia a dia daquela que deveria ser a maior festa da nossa vida. Mais comemorada que passagem de ano e aniversário. Incomparável! Chocolates e tudo mais são muito pequenos quando colocados lado a lado com a verdadeira páscoa. Aliás, nada disto existiria se não existisse a páscoa.
            Páscoa não é criação humana. É celebração Divina. Foi instituída por Deus para que anualmente nos lembrássemos de que Ele livrou o povo judeu da escravidão de mais de 400 anos. E não foi um livramento com espadas e lutas. Foi com milagres e prodígios. A abertura do mar foi só o desfecho de tantas e tantas demonstrações do poder soberano de Deus.
            E há pouco mais de 2.000 anos atrás um homem veio ao mundo. No meio de uma sociedade corrompida Ele foi a diferença. Jesus. Viveu para simplesmente fazer uma coisa. A vontade de Deus. Trouxe libertação e cura a milhares. Ensinou multidões. Lutou contra todas formas que estavam sendo implantadas da religião. Fez aquilo que só Ele poderia fazer, enfrentar àqueles que se diziam ser Dele. Foi traído por um dos seus mais próximos. Levado além do limite do corpo humano. Teve sua carne cortada por chibatas e grilhões. Carregou uma cruz, a cruz dos nossos pecados. Fez o caminho até o Calvário por vias dolorosas. Foi xingado. Aqueles que O respeitavam, agora O queriam morto. Ouviu em alto e bom som seu próprio povo dizer que preferia o ladrão. Foi crucificado. Padeceu por todos nossos pecados, das mentirinhas bobas até aos assassinatos. Morreu. Mas ao terceiro dia ressuscitou. Cumpriu Sua promessa. Cumpriu Sua palavra.
            E foi por aquele dia que hoje temos o direito de ter anualmente um domingo como o que tivemos. Com vida. Mais do que isto, foi por estes momentos vividos por Jesus que hoje temos páscoa de janeiro á dezembro, do dia 01 até a virada do mês.
            Não podemos deixar que o mundo encubra a nossa páscoa, a verdadeira páscoa. Chocolate pode até ter variedade e sabor, mas nunca poderá substituir o que Jesus fez por nós. Um coelhinho pode até ser muito fofo, mas jamais carregará a cruz que há sobre nossos pecados. Passar um domingo de páscoa ou qualquer dia das nossas vidas sem se remeter ao dia em que Cristo caminhou sangrando, com dores e cansado para pagar o preço de nossos pecados é decretar a si mesmo a morte. Hoje não podemos deixar de saber que nossa páscoa não acabou, ela foi ontem, é hoje e será por todo o sempre. Vivermos distantes destas verdade é nos tornarmos aqueles que condenaram Jesus. Não, não foi um governador quem condenou Jesus. Não foram soldados romanos que condenaram Jesus. Foram aqueles que diziam: “eu creio em Deus” que condenaram Jesus.

“Ele não está aqui; ressuscitou, como tinha dito. Vinde ver onde Ele jazia.”

Mateus 28:6



sábado, 26 de março de 2016

Dedique-se na vinha


                Compreender as obras e os desígnios de Deus é algo complexo e que vai muito além do que podemos alcançar. Como entender em sua totalidade a fé? Como desvendar a graça Divina? Como aceitar e receber um amor tão grande? Como aceitar que há um só Deus a quem devemos honrar e amar? Como negar muitas vezes coisas tão lícitas? Como viver mandamentos de portas tão estreitas? Como buscar até o fim uma santidade que nunca tivemos? Como viver em paz quando muitas vezes nossos “sim” tem como resposta “não”? E, como aceitar que um Deus Santo, Santo, Santo, ama e aceita o pior dos pecadores arrependido da mesma forma com que aceita aquele que viveu apenas para Ele? “Com quem tomou Ele conselho, para que Lhe desse compreensão? Quem O instruiu na vereda do juízo, e Lhe ensinou sabedoria, e Lhe mostrou o caminho de entendimento?” (Isaías 40:13).
                Certa vez o Deus encarnado, Jesus, nos trouxe uma parábola. Nela um senhor de uma casa colocava homens para trabalhar em sua vinha. Contratou homens pela manhã, a tarde e já próximo ao fim do trabalho, porém, a todos acordou em pagar o mesmo preço. Quando os trabalhadores do início do dia viram que os que trabalharam menos ganharam a mesma coisa questionaram o senhor: “[...]Amigo, não te faço injustiça; não combinaste comigo um denário? Toma o que é teu e vai-te; pois quero dar a este último tanto quanto a ti.” (leia Mateus 20:1-16).
                Jesus se apresenta todos os dias a todos nós. Por todos os dias Ele nos dá amor, graça e misericórdia. Por todos os dias Ele espera que O alcancemos, que deixemos de viver nossa vida rasa, para vivermos uma vida plena. Muitos já O tem no coração e procuram por Seu caminho, porém, não há diferenças entre os que fazem mais e os que fazem menos.
                Entender a Deus não é o objetivo de nossas vidas. Servi-Lo é que faz parte de nossas atribuições. Quanto mais longe estamos de uma busca particular de Cristo, menos entendemos todo o Seu ser. Decidir andar com Deus e usar as mãos para trabalhar em Sua vinha apenas quando estas questões forem respondidas a próprio gosto é ter a certeza de que nunca se servirá a Deus.
                Nunca conseguiremos compreender em sua totalidade as coisas de Deus, afinal, Seu reino não é neste mundo. Não se desafie naquilo que você nunca terá uma resposta completa. O que nos importa é que a resposta virá, a seu devido tempo. Não se apegue em perguntas, se apegue em Deus. Não queime seus miolos buscando respostas, apenas decida aceitar de que Deus é justo e a cada qual dará o devido trabalho na Sua vinha. Abra espaço em sua vida para que Deus haja. A todas estas perguntas existe a resposta certa, mas apenas aos que trabalham na vinha o Senhor dará no devido tempo suas respostas.

“Porventura, não me é lícito fazer o que quero do que é meu? Ou são maus os teus olhos porque eu sou bom?”

Mateus 20:15




quinta-feira, 24 de março de 2016

Fé na fé


            Fé não depende de esperança. A esperança é a própria fé, vem da fé! Quando Abraão chegou aos 100 anos viu que não havia filhos em sua descendência. Ele não tinha esperança, ele tinha fé de que a promessa que Deus fizera a ele aconteceria. Quando Davi foi perseguido por Saul, ele não tinha esperança que as coisas melhorariam, ele tinha fé de que tudo mudaria conforme a decisão de Deus que de que ele seria rei. Quando Ester ficou sabendo que o rei havia condenado todo o seu povo á morte ela não tinha esperança em reverter tal situação, ela tinha fé na oração de que o decreto do rei seria desfeito.
            Muitas vezes nos deparamos com circunstâncias da vida que buscam com que apenas tenhamos esperança. Porém, “a esperança é a última que morre”. Fé não morre! Fé é imortal, eterna. Fé não foi criada por homens, ela vem direto de Deus; “Porque pela graça sois salvos, mediante a fé; e isto não vem de vós; é dom de Deus;” (Efésios 2:8). É pela fé que os dias passam, os meses se encerram, os anos se esvaem, e ainda continuamos a crer na palavra de promessa de Deus. É pela fé que vemos em meio as trevas a luz. É com fé que superamos o nosso impossível. Sem fé não é só impossível agradar á Deus. Sem fé é impossível se concluir grandes feitos.
            Hoje tenha os olhos da fé. Cative sua mente e seu coração na fé. Olhe melhor para suas circunstâncias, elas não são impossíveis de acontecer, são o agir da fé em que nasce o milagre. Não haja pelas circunstâncias, haja pela fé.

“Eu cria, ainda que disse: Estive sobremodo aflito.”

Salmos 116:10



quarta-feira, 23 de março de 2016

Bom ou justo?

            Bom ou justo? O que somos verdadeiramente? Muitos dirão ser bons. Afinal praticam a bondade e a fraternidade com as pessoas. Outros dizem ser justos. Afinal não aceitam subornos e nada que vá contrário a ética e justiça humana. Outros mais assanhados poderão dizer que são os dois, pois praticam o bem, fazem obras sociais, doam-se e não são dominados pela injustiça. Então, em qual destes grupo nos incluímos? A resposta é uma só para todas. Não nos incluímos em nenhum grupo.
            A distorção e a revolta em saber isto está no fato de que não parametrizamos bondade e justiça da forma correta, a fazemos da forma humana. “como está escrito: Não há um justo, nem um sequer,[...] todos se extraviaram, à uma se fizeram inúteis; não há quem faça o bem, não há nem um sequer.” (Romanos 3:10-12). Podemos até nos escandalizar. Podemos até lamuriar mas a verdade é uma só, não somos bons e nem justos verdadeiramente. Praticamos a nossa bondade e a nossa justiça, somente isto.
            Nos achamos justos?! Então reflitamos. Em uma noite num passeio com um amigo você se perde um pouco da direção e acaba batendo no retrovisor de um carro parado. No dia seguinte um conhecido seu lhe diz que um conhecido dele estava o visitando e quando saiu viu que o retrovisor havia sido danificado. Com maiores detalhes do caso você percebe que foi você na noite anterior quem bateu. O que você faz? Vai ser bondoso e justo para dizer que foi você quem bateu e vai pedir para entrar em contato pois quer arcar com os danos?!
            Este é apenas um exemplo entre tantos de que podemos usar e nos esclarecer de que não somos bons e nem justos. E, ainda que alguns digam: “Sim, eu faria isso”; ainda assim este é apenas 1 caso. Com certeza sempre haverá um onde diremos: “Ah, não é bem assim.”; “Ah, não é pra tanto.”; e tantos e tantos outros argumentos onde a justiça e a bondade ficarão em segundo plano.
Justiça e bondade não são atributos humanos, são Divinos. Tão logo, não podemos identificar tais pelos olhos humanos, mas pelos olhos de Deus. E isto nos explica um pouco sobre a graça e a misericórdia de Deus. Como amar quem não é justo e não é bondoso? Como perdoar quem acredita que ser 10% de algo já é o suficiente? Uma pessoa que dá um arma para que outro atire não é inocente, também é criminosa. Então, porque cremos que nossa pequena e miserável bondade é o suficiente para Deus. Porque cremos que ser justo é abrir legalidades ao erro, desde que ele seja “raso” e superficial?!
Num mundo onde bondade e justiça nunca existiram em seu ápice precisávamos e precisamos de alguém para fechar esta lacuna. E este alguém é Jesus. O único que verdadeiramente foi bondoso e justo com todos. Jesus foi bondoso, amou e perdoou aos arrependidos. Jesus foi justo com todos. Jesus não se baseou em aparências e nem em status para mostrar sua bondade e justiça.
Em uma época onde a bondade e justiça humana já é cada vez mais escassa, a bondade e justiça de Deus ainda se faz presente àqueles que O buscam. Que hoje possamos buscar estes atributos tão perdidos em nosso mundo. Que hoje deixemos de olhar para o que a sociedade diz sobre bondade e justiça, coisas tão falsas. Que olhemos para o que Jesus diz sobre isto. É certo que ficaremos fascinados com a distância que há entre o que o homem diz e o que Jesus diz. Busque Deus hoje. Busque Sua bondade. Busque Sua justiça. Elas são perfeitas e nos levam aos caminhos da vida eterna.

“pois todos pecaram e carecem da glória de Deis,”

Romanos 3:23







terça-feira, 22 de março de 2016

Uma loucura cosciente

            O que é o evangelho para você? Ao ouvir falar dos milagres bíblicos como um mar se abrindo, uma mula falando, fogo descendo do céu, você crê? Ao ser relatado a você todos os passos e tudo o que Jesus ensinou, o que você pensa sobre isso? Aliás, você conhece estes fatos? Você se interessa por saber? É mais fácil você ler os 3 livros de Cinquenta tonz de cinza ou toda a coletânia do Harry Potter ou ler a bíblia? Estes devocionais te são cansativos?
            Estas perguntas são para nós de grande importância. Suas respostas nos revelam quem somos e o quanto estamos próximos de Deus. Entender o evangelho não é simples como pode se presumir. Crer no evangelho de Deus não é fácil como muitos dizem. Viver entre igreja e festas não produz em nós o verdadeiro evangelho.
            O evangelho é louco. É ser contrário a tudo o que o mundo tenta inserir. É o evangelho onde o homem é o defensor do lar e não o chefão. É o evangelho onde a mulher não é a progenitora financeira da família, ela é a mãe auxiliadora e sábia. É o evangelho onde a salvação não se faz por matar todos inimigos, mas por ver o Salvador morto numa cruz cheio de sangue e marcas. O evangelho de Jesus, de Deus, é louco sim. Ele é tão louco que se tentarmos discernirmos ele por nossas filosofias, ciências e matemáticas jamais o descobriremos verdadeiramente.
            “Porque os que se inclinam para a carne cogitam das coisas da carne; mas os que se inclinam para o Espírito das coisas do Espírito.” (Romanos 8:5); “Porém o homem natural não aceita as coisas do Espírito de Deus, porque lhe são loucura; e não pode entendê-las, porque elas se discernem espiritualmente.” (1 Coríntios 2:14). Ao ler isto, há compreensão ou dificuldade?  Se somos naturais, jamais entenderemos Deus e Seu evangelho, afinal nos será loucura. Se nos inclinamos para o Espírito então tudo se revela a nós.
            Não há meio termo. Não há uma terceira opção. Só há Espírito e carne. Evangelho e loucura. Em qual “time” você está? Buscar a Deus e Seu evangelho é ir na contra mão do mundo. É dizer não para tudo que o mundo diz sim. É dizer sim para tudo que o mundo diz não. Mais do que isto, buscar o evangelho de Jesus é receber gratuitamente a própria salvação. É completar o vazio que há em nós. É ser aquilo a que realmente fomos feitos para ser, imortais.
            Muitos podem escrever, ler ou falar do evangelho de Jesus para nós, mas somente nós mesmos é que podemos abrir a porta estreita e caminhar pelos caminhos do evangelho. A chave sempre esteve em nossas mãos, a escolha se abriremos ou não a porta para Cristo é nossa.

“Certamente, a palavra da cruz é loucura para os que se perdem, mas para nós, que somos salvos, poder de Deus.”

1 Coríntios 1:18









segunda-feira, 21 de março de 2016

Não sente-se no sofá da fé

            Uma fé verdadeira é uma fé operante. Não existe fé de sofá. Nossa fé é morta se esperamos sentados. Fé é o combustível para nossas conquistas, mas de nada nos resolve termos o combustível e não termos o carro. O carro somos nós quem fabricamos, são nossos passos, nossas decisões. Muitas pessoas vivem dizendo ter fé, mas vivem paradas em suas decisões, congelam no medo e patinam em suas decisões simplesmente porque não tem certeza. Então, elas não tem fé. Fé não é crer que um novo negócio dará certo porque temos condições financeiras além do suficiente, isto é realidade. Fé é ter a certeza no que Deus colocou em nosso coração, é saber convictamente de que aquilo que ainda só vagueia em nossa mente será real com o tempo.
            Deus não colocou Josué no lugar de Moisés porque só havia ele. Josué cria em Deus. Caminhava nos passos da fé. Foi, junto com Calebe, quem olhou para os habitantes da terra de Canaã e não enxergou derrota, mas viu um novo milagre de Deus a raiar no dia (leia Números 13:1-33). Gideão não se transformou em um libertador do povo pois nasceu valente e guerreiro, ele era apenas um trabalhador do campo. Mas foi em frente ao que Deus lhe disse (leia Juízes 6:11-24).
            Assim como foi com tantos outros Deus continua a esperar não por aqueles que tem fé no que acontece, mas sim por aqueles que tem fé naqueles que tem fé no que vai acontecer. Desistir porque o começo não foi como esperado não é fé, é incredulidade. Ficar parado esperando por bons ventos é sinal de que não buscamos nos empenhar. Uma fé paralisada é uma fé morta.
            Se hoje Deus colocou algo em seu coração não aguarde por circunstâncias favoráveis. Produza as circunstâncias e creia que o que você não pode fazer, Deus fará. Hoje saiba que mais importante do que uma grande fé está os passos que iremos caminhar por ela.

“Respondeu-lhe Simão: Mestre, havendo trabalhado toda a noite, nada apanhamos, mas sob a tua palavra lançarei as redes.”

Lucas 5:5



sexta-feira, 18 de março de 2016

Abra os olhos da fé

            Você já sentiu aquela vontade compulsiva de comer aquele delicioso chocolate no fim da noite?! Seu corpo e sua mente lhe dizem ser inapropriado, mas você sente aquele desejo (que não sabe de onde vem) de atacar o chocolate! Sim, isto já deve ter ocorrido com muitas pessoas. Pois no caminho de nossas vidas há muitos chocolates espalhados pelo caminho. Porém, diferentemente de um chocolate, que não tem nada de mortal, estas tentações da vida são por muitas vezes delícias que nos levam a nos incriminar terrivelmente.
            Os políticos de nossa amada nação estão tendo nos telejornais de hoje em dia apenas as suas tentações sendo escancaradas. Fato é que nenhum deles começou roubando milhões, todos começaram com alguns mil.
            Em um país africano caçadores encontraram um meio interessante de caçar macacos. Eles colocavam um grande vaso (e pesado) num caminho. A boca do vaso era do tamanho exato do braço dos macacos. Dentro do vaso eles colocavam um alimento. Passado um tempo os macacos sentiam o cheiro e chegavam-se ao vaso. Vendo que era comida, enfiavam a mão para pegar. E ai vinha a sacada dos caçadores. A comida não saia. Então o macaco se desesperava e se prendia ao vaso ao tentar colocar a segunda mão. Com isto bastava lançar a rede e os macacos estavam presos e pegos.
            “Vigiai e orai[...]”; Jesus nos ensinou sobre isto. Foi além. Nos explicou todo o motivo. Quando não vigiamos ficamos acomodados. Então acomodados deixamos de orar. Se deixamos de orar, perdemos a fé. Se não temos fé, então julgamos que Deus não existe ou começamos a ter entendimentos variáveis de Deus (todos equivocados). É um efeito cascata.
            Sabendo disto, satanás, trabalha exatamente no primeiro ponto, afinal, ele sabe que trabalhar no último apenas é muito mais trabalhoso e complexo. Ele nos imputa a não vigiarmos. E o que chocolate, dinheiro e comida tem a ver?! Nos dão uma alegoria de como satanás trabalha, do seu posicionamento. Ele sempre nos coloca coisas deliciosas e que não parecem ter maldade alguma no meio de nosso caminho, para que assim, comecemos a achar que tudo é muito relativo e nada a ver. Ele sempre traz o dinheiro fácil das conquistas ilícitas para nos fazer julgar primeiro que não tem problema nenhum ganhar R$ 1,00 fazendo algo errado. Claro que com isto o valor sempre vai aumentar! Ele sempre lança no meio do nosso caminho coisas que gostamos muito, que o cheiro é bom e que se mostra muito fácil e acessível. Porém, nos esquecemos de olhar para os lados, afinal, ele está lá, bem escondidinho, esperando apenas que fiquemos preso no erro e no pecado, para então, nos aprisionar.
            As ciladas de satanás nunca estão no lixão de nossas vidas, mas sempre nas belas mesas em que nos sentamos. “Bem-aventurado o homem que não anda no conselho dos ímpios, não se detém no caminho dos pecadores, nem se assenta na roda dos escarnecedores.” (Salmos 1:1). Devemos vigiar para que satanás não nos roube com suas migalhas a fé que nos traz a esperança. Devemos orar para que nossa fé seja aumentada e nossa crença em Deus não se desfaleça. É no momento em que enterramos os mandamentos de Deus em nossas vidas que satanás para de colocar coisas em nosso caminho para nos enlaçar nas cordas do pecado. O não vigiar e o não orar de uma pessoa só demonstra que ela é como um dia foi Pedro, soberbo e crendo ser auto-suficiente. Lembremo-nos do que Jesus nos disse ao final do “vigiai e orai”: [...]a carne é fraca.

“Vigiai e orai, para que não entreis em tentação; o espírito, na verdade, está pronto, mas a carne é fraca.”

Mateus 26:41



quinta-feira, 17 de março de 2016

Perdão é vida


            Conquistar o amor de uma pessoa, seu respeito e sua confiança é algo difícil e que leva um bom tempo. São muitos e muitos tijolos para erguer estas muralhas. Porém, basta uma simples pedra para levar tudo á ruina. Basta uma traição. Basta um esquecimento. Basta uma palavra errada ou mal dita e tudo vai ao chão. Assim somos. Seres que dão pontuações extremas ás falhas dos que estão ao nosso lado e gotas para as boas atitudes.  Bastam 3 segundos para que todos bons feitos e momentos de grande alegria sejam jogadas na latrina. Nos julgamos seres perfeitos, e assim obrigamos que todos sejam perfeitos.
            E com isto, não conseguimos perdoar como convém. Ou melhor, não perdoamos como Deus nos manda perdoar. Buscamos diariamente um relacionamento com Deus e o Seu perdão pelos nossos deslizes, mal nos apegamos ao fato de que Deus quer primeiro que tenhamos um relacionamento sadio com quem está a nossa volta. Afinal, se o primeiro mandamento é amar a Deus acima de todas as coisas, o segundo é amar ao próximo como a si mesmo e que sem este amor ao próximo jamais podemos amar a Deus. E neste quesito satanás se mostra cada vez mais qualificado em nos afastar verdadeiramente de Deus ao produzir em nós muitas raízes de amargura e falta de perdão.
            O perdão não é uma demonstração de inteligência e sim de obediência. Perdão não é demonstração de amor a quem falhou, é demonstração de amor á Deus. Perdoamos não porque somos bons demais, perdoamos porque sem o perdão é impossível ter um relacionamento com Deus. Perdão não é palavra, é ação. Quem perdoa não vive o famoso “eu cá e você lá”, perdão é dar as mãos e caminhar juntos. Se buscamos ser uma cópia de Cristo – afinal somos um pequeno Cristo, cristão – então devemos seguir seus passos e suas atitudes. Interessante é pensar de que Pedro negou Cristo por 3 vezes, ainda assim quem foi atrás do outro foi o próprio Cristo. Isto nos ensina o mandamento de que o perdão não deve esperar um pedido de reconciliação. Devemos perdoar mesmo sem ouvir o “me perdoe”. Os discípulos traíram Jesus. Ainda assim foi Jesus quem foi ao encontro deles. Após juntar novamente seus discípulos Jesus não ficou debatendo em discursos de traições, muito pelo contrário, viveu dias de grandes ensinamentos aos seus discípulos. Isto nos ensina de que o perdão não é amnésia, mas é viver como se tivesse ocorrido uma.
            Devemos tomar cuidado. A falta do perdão nos afasta de Deus, nos rouba Sua presença e nos leva definitivamente á morte eterna. Como sabemos isto? Judas! Traiu Jesus. Se arrependeu mas não buscou perdão. Não perdoou a si mesmo. Sem o perdão a única saída que Judas encontrou foi uma corda enrolada ao pescoço. Devemos ficar atentos. Podemos estar colocando uma corda em nosso pescoço.
            Hoje perdoe. Não espere pelo pedido ou pelo perdão. Seja você o agente de perdão na vida daqueles que lhe fizeram algum mal. Hoje peça perdão. Não deixe que a corda da falta do perdão te enlace na árvore da arrogância e soberba.

“e perdoa-nos as nossas dívidas, assim como nós perdoado aos nossos devedores;”
Mateus 6:12



terça-feira, 15 de março de 2016

Fé é justiça

            Quando pensamos em fé logo então pensamos em tudo o que já ouvimos sobre isto. Sabemos que fé é crer, ter a convicção, a certeza absoluta, das coisas que não se vêem (leia Hebreus 11:1). Sabemos que a fé é um dom gratuito de Deus para que alcancemos sonhos e objetivos impossíveis e, muito mais que isto, a salvação de nossas almas (leia Efésios 2:8). Sabemos que fé agrada e move o coração de Deus (leia Hebreus 11:6). Sabemos que Abraão, Isaque, Jacó, Davi e tantos outros santos de Deus foram levados a vivenciar causas impossíveis e momentos inesquecíveis pois tiveram fé. Jesus venceu e rompeu por fé (ainda que fosse o próprio Deus se fez carne para que pudéssemos saber de que se é possível vencer todas as coisas – leia Hebreus 4:15).
            Com estes princípios da fé em mãos nos deixamos de atentar a um fato Divino. “Assim, também a fé, se não tiver obras, por si só está morta.” (Tiago 2:17). A fé traz a justiça de Deus aos homens, a nós seres humanos. É através da fé onde Deus opera grande parte de Sua justiça. É através da fé onde Deus traz a eternidade ao declarado morto. Ora, se precisamos de obras para ter uma fé viva, se precisamos de fé para ser salvos, então, a fé é o canal dos arrependidos para a eternidade.
            “pedis e não recebeis, porque pedis mal, para esbanjardes em vossos prazeres.” (Tiago 4:3). Tiago não descreve que os pedidos não atendidos por Deus é por falta de fé ou por se ter uma pequena fé. “[...], para esbanjardes em vossos prazeres.” Simplesmente não há fé nestes pedidos. Não há arrependimento. Não há obras. Há simplesmente vontades egocêntricas. Ainda que uma pessoa possa crer piamente que seu amante deixará sua família para começar uma nova vida e faça disto uma oração, isto não é verdadeiramente fé, é apenas crendice.
            “Agrada-te do Senhor, e Ele satisfará os desejos do teu coração.” (Salmos 37:4). Deus satisfaz a todos desejos de nossos corações. Desde que tenhamos a fé justa. Desde que já tenhamos chegado ao arrependimento dos nossos maus caminhos. Só assim, Deus, trará a nós uma fé inabalável e convicta.
            Davi nunca orou a Deus com grande fé para que Saul morresse. Ele orava para que Deus o colocasse no trono de Israel no tempo certo. Daniel nunca orou para que Deus destruísse a Babilônia e ele pudesse voltar para sua terra. Ele orava por sua terra servindo na Babilônia.
            Quer ter fé?! Então tenha uma fé justa. Quando chegamos neste nível de fé então poderemos tudo, não por que somos excelentes, mas por que produzimos através de nossas obras a justiça de Deus.

“Não foi por intermédio da lei que a Abraão ou a sua descendência coube a promessa de ser herdeiro do mundo, e sim mediante a justiça da fé.”

Romanos 4:13



segunda-feira, 14 de março de 2016

Os limites da fé

            “I Have a dream!” (Martin Luther King). “Eu tenho um sonho!” (traduzido para o português do inglês) foi o histórico discurso público feito pelo pastor americado Martin Luther King em 28 de agosto de 1963 nos degraus do Lincoln Memorial, em Washington, D.C. como parte da marcha de Washington por empregos e liberdade. Em seu discurso King falava da necessidade de união e coexistência harmoniosa entre negros e brancos no futuro. Foi feito a uma platéia de mais de 200 mil pessoas e é considerado um dos maiores discursos da história mundial.
            Martin Luther King tinha uma sonho realmente. Suas palavras não eram apenas para impressionar, eram francas e sinceras. Mais que um sonho, aquele homem tinha fé de que suas palavras não seriam apagadas pelo vento ou pelo tempo. Mais do que um sonho King cria no que dizia. Tinha fé que um dia brancos e negros seriam iguais. E de lá pra cá muita coisa mudou. O racismo e o preconceito dos americanos diminuiu consideravelmente. O mundo também mudou isto. Mas ainda continuamos a enxergar a sombra do preconceito racial no planeta. Sim, o sonho de Martin ainda não se concretizou.
            Martin morreu sem ver seu sonho realizado, mas sua fé e sua crença nesta mudança nunca foram abaladas. Martin morreu, seu sonho não! Sua fé continua. Martin foi morto, mas sua fé em seu sonho criou raízes em outras pessoas. E estas raízes transformaram o mundo. Qual é o seu sonho? O que faz sua fé se mover? Se você fosse fazer o mesmo discurso: “I have a dream!” O que você diria á Deus?
Até onde vai nossa fé? Qual é o seu limite? Se pudéssemos medi-la, onde ela chegaria? Será que um sonho que não se realiza a dias já está abalado?! Será que um sonho que a meses não acontece modifica a nossa fé? Será que um sonho que a anos não acontece já jogou uma pedra na raiz da nossa fé?
Muitas coisas acontecem em nossas vidas. Muitas vezes, nós mesmos é quem matamos nossa fé e nosso sonho. Martin morreu, sua fé e seu sonho ficaram vivos. Ele soube plantar seu sonho nas pessoas. Em quem você está plantando seus sonhos?
Deus é o melhor jardineiro de sonhos. Nenhuma planta morre em suas mãos. Nenhum inverno destrói as plantas dos nossos jardins de sonhos. Não permite que o limite da sua fé e dos seus sonhos seja o fim da sua vida. Sonhe, tenha fé, creia e plante isto nas gerações vindouras de sua vida. Fé não tem limite de idade e nem data de vencimento, basta sabermos plantar. Deus pode concretizar muitos planos de nossa vida, basta não desistirmos, basta termos fé, uma fé sem limites. Não precisamos de uma multidão, precisamos apenas que Deus veja em nosso coração uma fé ativada em sonhos que crêem que Ele pode fazê-los.

“mas, como está escrito: Nem olhos viram, nem ouvidos ouviram, nem jamais penetrou em coração humano o que Deus tem preparado para aqueles que O amam.”

1 Coríntios 2:9



sexta-feira, 11 de março de 2016

A fé intercessora

            A mulher de Ló virou uma estátua de sal. Conhecemos esta história. Porém, para que isto acontecesse e para que Ló fosse salvo da destruição de Sodoma Abraão intercedeu junto a Deus (leia Gênesis 18:22-32). Isaque tinha uma esposa amada, Rebeca, porém ela era estéril. Isaque teve fé, orou e intercedeu por sua esposa junto a Deus e Rebeca lhe deu filhos (leia Gênesis 25:21-26). No êxodo do povo de Israel Moisés por diversas vezes orou e intercedeu para que Deus agisse a favor e com misericórdia do povo. Eliseu certo dia viu um exército vindo ao seu encontro. Geazi, seu discípulo, ficou aterrorizado com aquilo. Eliseu usou de sua fé e orou a Deus para que seus olhos espirituais fossem abertos (leia 2 Reis 6:8-23). Houve um dia em que uns homens tiveram tanta fé em Jesus que levaram seu amigo paralítico e o fizeram descer pelo telhado para que fosse curado (leia Lucas 5:17-26).
            A bíblia contêm diversos relatos onde a cura, o milagre ou a transformação de vida não veio diretamente da fé de quem foi alcançado, mas sim por quem estava ao seu lado. Esta é a fé intercessora. É a fé que age por aqueles que não crêem. É o poder da fé, o de substituir a descrença. Todavia somos levados pela nossa avareza de amor ao próximo a não sermos intercessores. Quando fazemos, usamos nossas orações para nós, para nossas necessidades e para buscar apenas nossos benefícios umbilicais. Reclamamos do governo, mas não oramos pelo governo. Murmuramos dos que nos perseguem, mas não oramos por eles. Gastamos nosso tempo falando mal da descrença de muitos, mas não oramos para que isto mude. Dizemos ter fé, mas não temos fé pelos outros.
            Certo dia Isaías teve uma visão. Viu Deus no Seu alto e sublime trono. Foi uma das visões mais fantásticas de Deus que a bíblia relata. Porém, em meio á visão Deus relatou a “seca” que o mundo tinha de intercessores com fé para mudar a vida das pessoas: “[...]A quem enviarei, e quem há de ir por nós?[...]” (Isaías 6:8);
            Nossas batalhas são importantes, mas Deus também espera de nós que façamos a batalha do próximo. Deus nos dá o privilégio de sermos o canal que muda a vida de uma pessoa. Deus nos coloca em meio a esta selva de pedra não para que vivamos nos digladiando, mas para que sejamos a luz da fé em meio as trevas da descrença. Muitas opiniões podem mudar com uma fé intercessora. Muitas visões podem ser abertas com uma fé intercessora. Muitas doenças podem ser curadas com uma fé intercessora. Muitas portas podem se abrir com uma fé intercessora.
            “[...]A quem enviarei, e quem há de ir por nós?[...]” Deus não nos dá fé apenas para nossos benefícios. Deus nos enche de fé para que lidemos com os descrentes. Talvez um homem paralítico não cria que Jesus o curaria, disto não sabemos ao certo. Mas temos a certeza de que seus amigos criam, tinham a fé de que não ganhariam nada para si, mas tudo para seu amigo. Qual foi o “paralítico” que Jesus já curou através de suas mãos?

“Depois disto ouvi a voz do Senhor, que dizia: A quem enviarei, e quem há de ir por nós? Disse eu: eis-me aqui, envia-me a mim.”

Isaías 6:8



quinta-feira, 10 de março de 2016

Fé é mais do que crer

            Fé é mais do que crer. Fé é ter certeza absoluta. Quando cremos ficamos abertos a dúvidas. Quando temos certeza então nunca temos dúvida. Jesus foi crucificado e morto numa cruz. Passado 3 dias ressuscitou. Quando os discípulos receberam a notícia, um deles, Tomé, creu. Como não havia em seu coração a certeza absoluta da ressurreição de Jesus, ele duvidou. Então precisou que Cristo aparecesse e o mostrasse as marcas para que ele tivesse certeza absoluta.
            Tudo o que Jesus faz para a nossa vida, seja milagres, seja benefícios, seja livramentos ou seja passar por provas da vida tem um objetivo final, crermos absolutamente de que tudo irá cooperar ao nosso favor. Termos a absoluta certeza de que Jesus é por nós. Não duvidarmos nem mesmo quando tudo diz o contrário. Em contrapartida, o inimigo de nossas vidas, satanás, busca fazer com que não tenhamos a certeza absoluta, mas que no máximo, apenas acreditemos. E é quando ele conquista isto em nosso coração e mente que então ele alcança seus objetivos.
            O criado do centurião romano só foi curado porque ele teve certeza absoluta de que Jesus podia curá-lo. Isto se prova no fato de que ele não se preocupou com a patente que ele tinha (leia Lucas 7:1-10). A mulher que a anos vivia com problemas de fluxo de sangue só foi curada pois teve a certeza absoluta de que Jesus a poderia curar. Isto se prova pelo fato de que ela não se preocupou ao fato de que uma pessoa em tal situação poderia ser morta (leia 5:25-34). O homem da mão ressequida só foi curado porque teve a certeza absoluta de que Jesus o faria curado. Isso é provado quando ele se lança a frente de vários outros homens, sem vergonha (leia Mateus 12:9-14).
            Milagres, curas e uma vida abundante estão lançadas a todos. Deus não faz acepções e definições de quem será mais abençoado. A diferença está entre os que crêem e os que tem certeza absoluta.
            A pessoa que crê que seu cônjuge será transformado desiste nos primeiros meses. O que tem certeza absoluta aguarda por vários anos. A pessoa que crê na cura da doença baixa a cabeça com 3 ou 4 exames negativos. A que tem absoluta certeza apenas vê um milagre maior chegando a cada exame negativo. A pessoa que crê desiste nas primeiras voltas do filho bêbado ou drogado. A pessoa que tem certeza absoluta aproveita cada um destes momentos para orar aos pés de sua cama.
            Crer e ter certeza absoluta. Parecem tão iguais. Na verdade são tão distantes. No dia de hoje vença a crença e tenha certeza absoluta. Deus não quer que você apenas creia que Ele existe, Deus espera que você tenha a certeza absoluta que Ele é real. Quando começamos a ter tal certeza então nossa fé é aumentada ao seu máximo grau. Creia hoje com absoluta certeza nas promessas que Deus lhe fez. Todas elas tem dia e hora para acontecer.

“Disse-lhes Jesus: Porque me viste, creste? Bem-aventurados os que não viram e creram.”

João 20:29



quarta-feira, 9 de março de 2016

Ansiedade. Uma doença mortal

            Ansiedade é um crime contra si mesmo. Ansiedade é torturar a alma com o que há de mais terrível. Ansiedade é correr sem sair do lugar. Ansiedade é a raiz da depressão, da anorexia e da morte. Ansiedade é regar nosso jardim com cal. Ansiedade é se derrotar antes mesmo de começar a luta. “Nossa ansiedade não esvazia o sofrimento do amanhã, mas apenas esvazia força de hoje.” (Charles H. Spurgeon).
            A ansiedade está nos quatro cantos do mundo. Ela se esconde em várias doenças e mata várias pessoas. Vemos a medicina e a psicologia lutando e gastando milhões anualmente para descobrir curas para doenças terríveis, mas jamais vemos alguém tentar lutar contra a ansiedade. E nesta batalha, a humanidade anda perdendo muito mais do que possa imaginar. A ansiedade também se esconde em coisas que mal nos apegamos. São as pequenas raposas lançadas por este mal. Ela está nas muitas horas extras de um trabalho, tudo por querermos garantir as nossas contas bem pagas. A ansiedade está em casamentos abalados, tudo por conta de não acreditarmos em mudanças. A ansiedade está no muito que comemos para “relaxar” a tensão de nossa vida.
            Este mal vem consumindo a cada dia mais e mais pessoas. Nossa falta de tempo. Nossas buscas desenfreadas e sem conexões com a realidade. Nossas alianças sem reflexão. Nosso consumo exagerado. Lá está ela. Sempre lançando sobre nós suas sementes. Sempre germinando em nosso caráter, mente e coração raízes e frutos que nos levam a caminhos escuros. Sempre sugando nossas energias. Sempre nos fazendo ser mais e mais viciados nos seus frutos. Afinal, vá dizer a quem trabalha em excesso, a quem come exageradamente, a quem faz dietas absurdas, a quem não sai de uma academia, a quem vomita a cada refeição, a quem não pára por um segundo sequer de que ele não precisa disto? Ansiedade.
            “lançando sobre Ele toda a vossa ansiedade, porque Ele tem cuidado de vós.” (1 Pedro 5:7). Apenas em Jesus temos o remédio para este mal que está em cada centímetro de nossas vidas. Médicos e psicólogos são paleativos. Ajudam, cooperam, mas não curam. Apenas nos fazem fingir a nós mesmos com tratamentos e remédios, aos quais, muitos de nós acabamos por nos tornar viciados naquele método. Ansiedade também. Sim, médicos e psicólogos nos auxiliam, mas apenas em Cristo verdadeiramente teremos a cura. Apenas quem encontra verdadeiramente o manancial de águas vivas chamado Jesus pode ter uma cura de um terror tão escondido.
            No meio de tanto barulho que a ansiedade nos provoca devemos buscar a voz mansa de Deus. É nela onde encontramos o abrigo para fugir e nos salvar de tão grande mal. Que hoje façamos isto. Que hoje consigamos fugir em nossas orações ou em nosso devocional particular com Cristo de um mal tão escondido, mas tão grandioso. Que hoje busquemos a este Deus que nos traz paz e salvação.

“Qual de vós, por ansioso que esteja, pode acrescentar um côvado ao curso da sua vida?”

Mateus 6:27



terça-feira, 8 de março de 2016

Fé inabalável

            “Tudo tem o seu tempo determinado, e há tempo para todo propósito debaixo do céu.” (Eclesiastes 3:1). “Não retarda o Senhor a Sua promessa, como alguns a julgam demorada;...” (2 Pedro 3:9); Duas promessas infalíveis, mas tão difíceis de se acreditar. Como se recordar nos terremotos de nossa vida de que todo bom, perfeito e agradável propósito de Deus está destinado para aqueles que O buscam? Como romper em fé e crer em anos de vida quando a medicina mais avançada nos sela com uma data de vencimento?! Como olhar para o coração partido pelo amor abandonado e crer de que as feridas serão curadas com o amor mais sublime?! Como encarar com alegria e a certeza de bons ventos quando um tsunami passou por nossas vidas?!
            Fé. Crer no que não se vê. Acreditar que o não de hoje é o sim do amanhã. Viver o hoje com a mente e o corpo do amanhã. Saber que todas as coisas cooperam para o bem daqueles que amam à Deus. Fé. Uma palavra tão pequena, mas que faz toda a diferença na vida de uma pessoa.
            A fé é tão importante para o ser humano que sem ela é impossível agradar á Deus (leia Hebreus 11:6). A fé tem tamanha importância que somente com ela podemos crer no Deus invisível, mas real (leia João 20:29). A fé tem tamanho poder que é somente com ela que podemos transformar ruínas em palácios (leia Marcos 9:23). A fé é tão incomparável que faz com que as maravilhas de Deus aconteçam (leia Mateus 17:20).
            Certa vez José desvendou os sonhos de faraó. Deus o havia mostrado em sonho de que o Egito teria 7 anos de fartura e depois 7 anos de escassez. A fartura do Egito era tamanha que muitos, com certeza, descreram nas previsões de José. Mas José teve fé, a fé sábia. Ele sabia que a fartura era apenas a provisão para os dias difíceis. Fé também se vive nos dias de abundancia. É nesses dias onde alimentamos nossa fé para os dias de escassez.
            Em dias de incertezas, tenha fé. A loucura da fé é mais linear e correta do que as melhores filosofias. Fé não se constrói em grandes mananciais, mas sim em terras secas. São nossos momentos mais difíceis onde mostramos qual o tamanho de nossa fé. Nos momentos de fartura da vida, alimente sua fé. Quando a seca e os tempos difíceis chegarem é a sua fé em Deus que lhe dará o sustento para viver os dias maus. Tenha hoje fé. Ainda que a luz da alegria não lhe tenha aparecido, creia, ela está lá, e somente pelos olhos da fé é que Deus lhe fará enxergar.

“Porque a visão ainda está para cumprir-se no tempo determinado, mas se apressa para o fim e não falhará; se tardar, espera-o, porque, certamente, virá, não tardará.”

Habacuque 2:3



segunda-feira, 7 de março de 2016

As provas de Deus

            Os caminhos da vida nunca são fáceis. Por diversas vezes acordamos querendo que nossa vida seja apenas um sonho ruim. Por muitos momentos a semana é pesada. Existem ocasiões onde até os finais de semana são tenebrosos. Há momentos em nossa vida onde olhamos para o futuro de nossa vida e nos sentimos como num barquinho rumo á queda de uma enorme cachoeira.
            Sim, sempre há um momento difícil para cada um nesta vida. Doenças, perdas, traições, amores perdidos, futuros incertos. A vida não é bela. Quem diria que uma cerimônia de casamento tão linda seria destruída e sua última lembrança estaria na lata do lixo!? Quem poderia imaginar que uma saúde tão bem divulgada seria o motivo do fim?! Quem seria o profeta que indicaria que uma amizade cheia de palavras de amor traria tanta tristeza na traição?! Quem poderia se preparar para perder um emprego tão sólido?!
            E no conflito de nosso coração encontramos um culpado. Deus! O colocamos como réu confesso de todas nossas mazelas. Quando tudo não vai bem, então declaramos: “Ah Deus, porque fizeste isso?!”; “Ah Senhor, porque me abandonaste!?”; Deus é sim autor e consumador de muitas de nossas provações. Deus é sim aquele que defere tudo o que passamos na vida. Porém, Deus nunca foi réu.
            Grandes capitães dos mares não se mostram quando o mar está calmo e o sol está apontando. Grandes chefes de empresa não aparecem no momento onde tudo está devidamente cronometrado. Não, na vida, os melhores só se mostram quando a vida nos prova. Nunca saberemos se somos expert nas finanças se vivemos com uma conta abarrotada. Nunca descobriremos se somos bons em algo se nunca fomos testados. E por fim, nunca saberemos quem somos realmente se tudo nos vai bem.
            Deus não nos permite os momentos difíceis da vida para que sejamos destruídos. Todo leão é manso numa jaula! Deus abre as portas da dificuldade para que possamos mostrar quem realmente somos. Muito mais do que nos cansar, Deus nos prova nas dificuldades. É na verdadeira dificuldade onde mostramos o tamanho de nossa fé. É com o revólver apontado em nossa cabeça que mostramos se amamos á Deus ou não. É na mesa regrada que somos desafiados a mostrar se louvaremos á Deus ou se choraremos a miséria. É quando temos pouco da vida que mostramos se temos muito de Deus.
            Acredite. Deus não nos permite momentos difíceis para nos destruir. Tudo já está encaminhado para o bem, daqueles que amam a Deus. Corpos bem definidos precisam de suor e cansaço. Espírito bem definido precisa de suor e cansaço. Creia. Momentos ruins nos vem para que não coloquemos Deus no meio dos nossos “brinquedos velhos”. Muitas vezes nosso grande erro quando estamos no barquinho da vida que ruma para a queda da grande cachoeira é que choramos demais e esquecemos de observar que logo ali, no barquinho mesmo, há um motor desligado.

“Recordar-te-ás de todo o caminho pelo qual o Senhor, teu Deus, te guiou no deserto estes quarenta anos, para te humilhar, para te provar, para saber o que estava no teu coração, se guardarias ou não os seus mandamentos.”

Deuteronômio 8:2



sexta-feira, 4 de março de 2016

Deus está no controle

            Talvez você tenha acordado hoje pela manhã e sentido uma leve dor de cabeça. Do outro lado do mundo uma pessoa pensa em se deitar e descansar após um longo dia de trabalho. Em outro canto da terra alguém chora copiosamente após um diagnóstico de câncer. Num outro extremo há uma pessoa devastada pela solidão após descobrir que foi traída pelos seus “melhores” amigos. Em um canto qualquer de uma cidade alguém desperta e relembra que o fim de seus sonhos não foi um pesadelo, foi uma realidade da noite anterior. Vidas. Muitas vidas. Histórias. Muitas histórias. O que cada uma delas tem em comum? Diferentes histórias, diferentes nações, diferentes em tudo, igualmente apenas no fato de que Deus já conhecia a cada uma delas.
            Não, em nenhuma das nossas histórias Deus é pego de surpresa. Em momento algum uma sirene vermelha liga, gira e começa a berrar e então Deus pula de Seu trono para ver o que está acontecendo. De uma simples dor de cabeça até uma doença fatal, em todas, Deus está no controle. Não há nada que seja oculto á Ele, quer seja passado, quer seja presente, quer seja futuro. Ele sabe e conhece todas as coisas. Ele sabe qual será a próxima vez que iremos chorar. Ele sabe também qual é a próxima vez em que iremos sorrir.
            E movidos a esta certeza é que precisamos confiar. Mais do que confiar, precisamos nos entregar a Deus. Precisamos verdadeiramente buscá-Lo. Nós até podemos saber qual melhor remédio para uma dor de cabeça, mas só médicos podem nos medicar da melhor forma contra doenças mais perigosas. Nós até podemos saber que temos o direito como cidadão de devolver um produto na loja e receber nosso dinheiro de volta, mas apenas advogados podem nos ajudar com questões mais burocráticas da lei. E porque com Deus fazemos diferente? Deus sabe de todas as coisas. É Ele quem pode nos dizer o melhor remédio ou o melhor caminho. É Ele quem pode nos salvar e nos curar. É Nele onde encontramos refúgio. É com Ele que temos paz. É através Dele que temos os meios corretos para conquistarmos nossos sonhos. E Sua graça nos basta!
            No meio de nossas crises da vida, a quem recorremos?! Deus não nos permite situações ruins para brincar com nossas vidas. Suas permissões são para forjar caráter, força, fé e nos mostrar que Ele é conosco. Não olhe para as dificuldades com os olhos da morte, olhe com os olhos do desafio. Todas dificuldades da vida não são para nos diminuir ou menosprezar, são apenas para nos tirar do comodismo. São tarefas de Deus para nos fazer alcançar além daquilo que pedimos ou pensamos.
            Que hoje possamos entender os momentos difíceis e conturbados da nossa vida. Que possamos enxergar de que as lutas são necessárias. Que possamos entender que suor não é sinal de derrota, mas de que o melhor está chegando. Que hoje Deus não seja aos nossos olhos um adversário – Ele nunca foi e nunca será isto – mas que possamos enxergar nossos momentos como um novo livro de nossas vidas que se abrem. Quando Deus está no controle de nossas vidas então sabemos que o final da história sempre será feliz.

“Então, Ele me disse: A minha graça te basta, porque o poder se aperfeiçoa na fraqueza. De boa vontade, pois, mais me gloriarei nas fraquezas, para que sobre mim repouse o poder de Cristo.”

2 Coríntios 12:9



quinta-feira, 3 de março de 2016

Derrubando muralhas

            Consta na história de que as muralhas de Jericó eram fortes, robustas, preparadas para se manterem firmes a grandes ataques. Ninguém nunca havia conquistado a cidade pelo poder de resistência de suas muralhas.
Então disse o Senhor a Josué: Olha, entreguei na tua mão Jericó, o seu rei e os seus valentes.” (Josué 6:2). O povo de Israel havia vivido mais de 40 anos sob o comando de Moisés. Não havia quem duvidasse de que com Moisés, o Senhor falava face a face. Porém Moisés não estava mais no meio do povo, agora ele era morto. A Josué coube a incumbência de completar os desígnios de Deus, conquistar Canaã, a terra prometida. Mesmo com olhares desconfiados, Josué confiou em Deus e aceitou a função de ser o líder de Israel. Porém Josué chegou, talvez, no seu grande desafio. Jericó, a cidade intransponível. A cidade de muralhas fortificadas. Entender o “peso” da força destas muralhas é impressionante. Seria verdadeiramente o desafio que qualquer homem se desviaria. Mas Josué não. Com a fé na promessa Divina, Josué prosseguiu. Deus havia dito a ele antes mesmo de que as pedras começassem a ruir: “[...]entreguei na tua mão Jericó,[...]”; Para muitas pessoas o plano de guerra seria dos mais variados, mas para Deus o plano foi louco e perfeito. Por 6 dias Israel contornou as muralhas com a arca do Senhor (e o povo de Jericó ria deste ato louco), mas ao sétimo dia o povo contornou e gritou e as trombetas foram tocadas. Então, as grandes muralhas de Jericó foram vencidas. Nenhuma pedra se sustentou. Jericó foi vencida, não pela força dos braços, mas pela obediência, confiança e fé em Deus.
Muitas vezes Deus nos dá promessas. Muitas vezes Ele diz em alto e bom som o que devemos, ou não devemos fazer. Mas sempre olhamos para as grandes muralhas de Jericó da nossa vida e achamos que não temos como vencer ou então de que devemos fazer com a força de nossos braços ou do nosso intelecto. Então a única coisa que conquistamos são feridas, mãos calejadas e muita tristeza. Infelizmente, muitas vezes, colocamos os nossos pés pelas mãos. Almejamos coisas das quais Deus não disse para conquistarmos e mal percebemos que as portas estão escancaradas para entrar. Outras vezes olhamos para as muralhas fortes e não queremos esperar muito tempo para conquistar. Então corremos a nos lançar como gazelas ao encontro dos leões.
Confiar e seguir os planos que Deus tem para nossas vidas nunca é simples, mas é o que determina os que verão as grandes proezas de Deus. Crer que muralhas caem com gritos não são para os matemáticos, filósofos, batalhadores, cientistas, fiéis ou guerreiros, mas sim para os que não confiam em seus pés, mas sim nas mãos de Deus.
Josué só viu o sol e a lua retrocederem porque confiou em Deus em frente ás muralhas. Josué só conquistou toda terra prometida porque teve fé de que obedecer ás “loucuras” de Deus era o correto. Josué só foi Josué pois sempre teve firme em seu coração aquilo que ouviu de Deus quando Moisés morreu: “Não to mandei Eu? Sê forte e corajoso; não temas, nem te espantes, porque o Senhor, teu Deus, é contigo por onde quer que andares.” (Josué 1:9).
Não duvide do que Deus te falou em seu coração. Ainda que anos sejam necessários. É a loucura de Deus para derrubar suas muralhas. Ainda que diagnósticos sejam contrários. É a fidelidade de Deus que operará milagres. Ainda que tudo demonstre que não há saída. A mão do Deus forte é com aqueles que O buscam. Tenha calma, paciência e fé. Seja forte e corajoso, não te espantes. Não corra para a direita nem para a esquerda. Prossiga. Você pode estar já no sexto dia, logo a trombeta soará, seu grito de vitória sairá e você verá o quanto Deus faz coisas grandes.

“Gritou, pois, o povo, e os sacerdotes tocaram as trombetas. Tendo ouvido o povo o sonido da trombeta e levantado grande grito, ruíram as muralhas, e o povo subiu à cidade, cada qual em frente de si, e a tomara.”

Josué 6:20



quarta-feira, 2 de março de 2016

Entendendo a eternidade

            Entender a eternidade não dá. Nossa mente trava. É o nosso bug do milênio! Nenhum grande sábio, nenhum grande filósofo, nenhum ser humano que já tenha passado por esta vida, exceto o próprio Deus Jesus, conseguiu compreender verdadeiramente a eternidade. Vivemos como que com sombras, insights, lampejos da compreensão e do entendimento sobre este nosso “destino”. E sua falta de compreensão humana se dá muito mais por que quem a criou foi Deus. Eternidade não é como um robô onde a engenharia e a mecatrônica podem explicar da porca ao processo.
            Para tentarmos chegar ao calcanhar deste entendimento primeiro devemos nos livrar de uma mensagem incorreta. Não iremos viver a eternidade. Já estamos vivendo a eternidade! Sim, nossa eternidade se iniciou não quando nascemos, não quando um espermatozóide fecundou em um óvulo, estamos vivendo a eternidade no momento em que Deus nos criou em Seu coração: “Os teus olhos me viram a substância ainda informe,” (Salmos 139:16).
            Para alcançarmos maior entendimento da eternidade pensemos no seguinte. Imaginemos que temos a capacidade de caminhar por uma estrada que vai do ponto onde estamos até a estrela V762 Cas, que fica a 16,3 mil anos-luz de distância da terra. O entendimento da eternidade se baseia no seguinte, ao darmos o primeiro passo teremos então vivido nossa vida nesta terra, todos demais passos serão eternos. E mais, nosso caminhar não é só ida, é volta também.
            Eternidade é importante. É mais importante do que qualquer coisa que possamos viver nesta vida. Se não nos preocupamos com a eternidade ela é quem se preocupará conosco. Há dois caminhos eternos, jamais um terceiro. O caminho do céu ou o caminho do inferno. Não há salas de espera, não há sonos milenares. Nossa vida é eterna.
            Tendo isto em mente, apenas este inicio de eternidade, o quão nos preocupamos com isto? Isso nós devemos pensar. O quão nós estamos nos preparando para vivermos não 1 segundo, mas trilhões e trilhões de segundos? Tudo é curto demais se comparado com a eternidade. Nossa vida comparada á eternidade seria como se a eternidade fosse o universo e nossa vida de hoje uma bactéria anã, reconhecida por cientistas como tendo 0,009 micrômetro cúbico.
            Somos seres preocupados com muitas coisas. Nos preocupamos com nossos empregos. Nos preocupamos com a limpeza de nosso lar. Nos preocupamos em manter nossos corpos bem definidos. Nos preocupamos com nossa idade. Nos preocupamos com nossos amores e paixões. Nos preocupamos com coisas demais, mas será que nos preocupamos com o mais importante?
            “Respondeu-lhe Jesus: Eu Sou o caminho, e a verdade, e a vida; ninguém vem ao Pai senão por mim.” (João 14:6). Será que hoje estamos neste caminho? Será que hoje estamos nesta verdade? Será que hoje estamos nesta vida? Estas três respostas definem bem a nossa eternidade.

“na esperança da vida eterna que o Deus que não pode mentir prometeu antes dos tempos eternos”

Tito 1:2