terça-feira, 31 de maio de 2016

Confie em Deus

            Muitas coisas aos nossos olhos são difíceis de se acontecer. Muitas vezes impossíveis. É um filho que parece estar já perdido pelas drogas ou bebida. É uma doença onde a mão da medicina ainda não alcançou a cura. É uma idade que se avança a galopes sem o fruto materno do ventre chegar. São caminhos tomados pelos entes queridos que cada vez se distanciam mais de Deus. São sonhos e projetos que a economia ruim terminou de derrubar. É uma profissão que parece ter se estagnado e não vemos mais aos nossos olhos o alcance de nosso objetivo primário.
            Cada qual de nós passa por momentos de turbulência na vida, quer sejam grandes, quer sejam enormes. Alguns destes “empecilhos” da vida são “marolinhas, outros são verdadeiras tempestades rodeadas de furacões. Alguns duram um curto espaço de tempo, outros fazem com que sonhemos com os dias de paz que outrora já tivemos. Algumas destas turbulências são tão profundas que nos deixam marcas profundas e nos fazem mudar nossa posição e nosso pensamento.  E quem nunca jamais pensou que algo seria o fim?!
            Todas estas circunstâncias da vida são inevitáveis. O próprio Jesus deixou muito esclarecido: “[...] No mundo, passais por aflições;[...]” (João 16:33). Os momentos difíceis da vida não podem ser impedidos. Não há livros, regras ou mágicas ao qual possamos nos apegar. Não nos adiantar levantar uma muralha da China crendo que assim nunca teremos problemas. Não basta horas e horas de planejamento para que tudo dê certo. Nem todo cuidado excessivo nos garante tranqüilidade. É inevitável e inesperado. Quando a onda vem, ela nos pega.
            Porém, se a dificuldade em nossa vida é inevitável precisamos saber em quem confiar. E nada mais certo do que confiar Naquele que criou o universo, Naquele que conhece o hoje, o amanhã e todos os demais dias. Nada mais correto do que buscar auxilio em quem é a verdadeira fonte de conhecimento e sabedoria. Busque á Deus!
            Não tenha em Deus um amuleto da sorte. Se assim o fizermos, então não teremos nada mais do que um pé de coelho (para nada serve). Que busquemos um verdadeiro relacionamento com Deus. Que olhemos para Seus preceitos. Que tenhamos em Deus um verdadeiro Pai, e não um mordomo. É então que, tendo em Deus todo amor e toda confiança de que bem sabemos que as ondas até podem vir sobre nossas vidas, mas elas nunca nos abaterão. Com Deus todo viciado se torna sóbrio. Com Deus tudo que é estéril na verdade é apenas um cultivo para o momento certo. Com Deus a medicina não tem impossíveis. Com Deus até cego enxergo e paralítico anda. Confie em Deus. Suas promessas não são talvez, são certezas.

“Faze-me justiça, Senhor, pois tenho andado na minha integridade e confio no Senhor, sem vacilar.”

Salmos 26:1



domingo, 29 de maio de 2016

Uma vida suícida

                Esta semana o país se revoltou com um caso de estrupo praticado por 33 homens a uma jovem de 16 anos no Rio de Janeiro. Desde então mídia, ONGs, a população do Brasil e até mesmo o mundo se revoltou contra um ato de tamanha perversidade. Sim, tais homens praticaram um ato violento e condenável. Sim, isto não é um ato de homem. Sim, eles merecem alta punição. Sim, estrupo e qualquer tipo de agressão, seja física, emocional ou psicológica, a uma mulher deve ser condenado em todas circunstâncias. Sim, tal ato é abominação para Deus.
                Interessante, porque o que vemos é que um ato de tão grande abominação não será o último. O motivo? Assim como quando político falece e vira uma grande personalidade a agredida agora virou “santa”. Ideia machista?! Jamais. Simplesmente estamos nos esquecendo de ver a outra parte. Estudar e ver se há, e qual é, a responsabilidade da garota para ter-se chegado a tal ato abominável.
                Novamente caro leitor. Não estou pregando aqui a inocência de nenhum dos daqueles perversos que praticaram o estrupo. Nem pouco estou isentando-os de qualquer grão que seja de suas responsabilidades.
                O que devemos aqui refletir é: O que foi plantando para tal colheita? Havia tanta inocência assim na jovem? O pouquíssimo que se sabe sobre o todo do caso já nos mostra que havia uma “brincadeira com fogo”. Nos atentemos a algumas situações. 1- A jovem saiu alta madrugada afora para ir á casa do seu ficante. 2- A jovem participava ativamente de bailes funk (e nem é preciso se fazer considerações sobre estes bailes) 3- havia em sua vida uma distância absurda de Deus; Ainda que para muitas pessoas nenhum destes motivos lhe dessem o merecimento do que ela sofreu, o risco existia, e era enorme.
                Quando nos afastamos de Deus, quando viramos amigos do mundo o preço muitas vezes é alto demais. Quando vivemos em meio á tantas perversidades e abominações aos olhos Santos de Deus caminhamos a beira de precipícios que muitas vezes são profundos demais. Quem muito se embriaga em festas pode cair no precipício da morte dos inocentes. Quem muito se droga vive caminhando no precipício da morte. Quem muito rouba caminha por um precipício da perdição. Quem muito se afasta de Deus jamais pode esperar grandes dias de alegria pois vive pisando em precipícios terríveis. Quem muito planta o mundo vive uma vida suicida.
                E este não será o último ato abominável que veremos. Os bailes funks continuam abarrotados de garotas que rebolam até o chão, seduzem machos, praticam sexo sorrindo, se sentem as popozudas, as cachorras e as frutas da vida. As esquinas continuam sendo ponto de vendas de drogas, muitas vezes faturando com aqueles que deveriam lutar contra. As festas continuam cheias de bebidas para todos os gostos. A sensualidade e a libertinagem sexual continuam cada vez mais liberal. Filhos a cada dia evoluem a precocidade de sua liberdade de escolha. Deus é cada vez mais esquecido de nossas vidas. Suas palavras e Seus mandamentos são cada vez mais deletados de nossas vidas ou transformados num self service. A relatividade Divina, que nunca existiu, a cada momento existe mais e mais.
                Sentimos vergonha do ato ocorrido nesta semana com uma jovem, e é uma vergonha mesmo, algo que nunca deveria existir. Mas nos sentimos envergonhados pelas muitas abominações que a sociedade, que o mundo, que nós, que cada um pratica com Deus?!
                Enquanto trocarmos Deus pelos bailes funks, pelas muitas festas, pelas muitas orgias, pelas muitas confissões de que somos o dono do nosso nariz, então ainda muitos outros estupros aconteceram.

“Se atentamente ouvires a voz do Senhor, teu Deus, tendo cuidado de guardar todos os Seus mandamentos que hoje te ordeno, o Senhor, teu Deus, te exaltará sobre todas as nações da terra.”

Deuteronômio 28:1



sexta-feira, 27 de maio de 2016

Caminhe bem. Termine bem

                Saul foi o primeiro rei de Israel. Quando declarado rei ao povo por Samuel foi rejeitado. Humilde e temente á Deus não se rebelou ou se irou. Ungido rei por Deus viveu tempos como um simples homem que cuidava dos rebanhos da família. Esperou que Deus agisse para que assim o povo visse que ele realmente era o rei que tanto haviam pedido. No início de seu reinado era um rei que buscava tomar decisões conforme as palavras de Deus. Porém o tempo passou, o poder de Saul aumentou, sua riqueza se aprofundou e sua vida então mudou. Aos poucos foi deixando que suas decisões viessem antes das palavras de Deus. Então começou a agir conforme sua própria vontade. Agiu conforme seu querer dizendo que era vontade de Deus. Quando descobriu que Deus havia ungido Davi como novo rei ficou insano e espíritos malignos o atormentavam. Caçou Davi pelo restante de seu reinado. Acabou depois de 40 anos de reinado se matando após perder uma batalha. O humilde rei morreu presunçoso e sem honra.
                Assim muitos de nós somos com Deus, como Saul. Com humildade caminhamos e buscamos que todos nossos passos sejam dirigidos por Deus. Porém vamos conhecendo mais de Deus e de Sua palavra, vamos tendo mais experiências, alguns milagres e então chegamos ao ponto de achar que já sabemos todos os caminhos, de que Deus já não nos é mais o mais importante. Nosso “poder” já é grande e então podemos decidir as coisas. “Tens visto a um homem que é sábio a seus próprios olhos? Maior esperança há no insensato do que nele.” (Provérbios 26:12).
                Muitas pessoas caem em abismos que elas mesmo criaram. Salomão foi o homem mais sábio que já existiu na face da terra. Ao final de sua vida, havia se desviado completamente dos cultos á Deus, sendo envolvido pelas palavras de suas muitas mulheres.
                O importante de nossa vida não é começar bem, mas caminhar e terminar bem. Alguns de nós pensamos que a vida com Deus é como o cadastro de CPF, uma vez feito, é válido pela eternidade. Muitos de nós pensamos de que porque participamos de atos religiosos estamos então caminhando e fazendo as coisas certas para Deus. Muitos de nós achamos que por sermos grandes teólogos sabemos mais do que Deus. Muitos de nós agimos como se já conhecêssemos o caminho por toda sua extensão. Muitos de nós fazemos exatamente o que Saul fez com Deus.
                A cada dia que se nasce para nós há uma importância de se analisar particularmente. Olhar para si mesmo e ver qual o caminho que se está trilhando. Verificar e checar a qual distância estamos de Deus. O verdadeiro conhecimento da palavra de Deus e do próprio Deus se estabelece no momento em que a cada passo que damos descobrimos o quanto somos miseráveis e precisamos correr mais para Deus. Se andamos no caminho inverso deste entendimento, não estamos no caminho certo. Deus não nos deu Sua palavra para nos tornarmos auto suficientes e maiorais. A palavra de Deus é como uma ficha criminal, quanto mais a lemos, mais descobrimos o quanto criminosos somos. Quanto mais buscamos a Deus verdadeiramente mais nos tornamos amáveis e humildes. Mais falamos de nós e não dos outros. Mais fazemos pelos outros e menos por nós.
                Começar bem é importante, caminhar bem é necessário, mas terminar bem é a única forma correta para aqueles que amam á Deus.

“Atentando, diligentemente, por que ninguém seja faltoso, separando-se da graça de Deus; nem haja alguma raiz de amargura que, brotando, vos pertube, e, por meio dela, muitos sejam contaminados;

Hebreus 12:15



quarta-feira, 25 de maio de 2016

De pais para filho

                Samuel foi o maior profeta e juiz que Israel teve. Relacionava-se com Deus como quem hoje se relaciona com um whatsapp. Tinha temor em seu coração. Suas direções nunca eram na verdade suas, todas vinham antes de Deus. Ainda assim, Samuel viu seus filhos serem os protagonistas do motivo que levou os israelitas pedirem um rei (leia 1 Samuel 8:1-22). Davi foi o maior rei que Israel já teve. Foi considerado pelo próprio Deus como sendo “segundo o Seu coração”. É autor de grande parte do livro de Salmos. Matou Golias, trouxe a arca da aliança de volta para Israel. Fez com que as profecias sobre Jesus dissessem “raiz de Davi”. Porém, seus filhos não foram iguais ao pai. Davi viu irmão estuprando irmã, irmão matando irmão, viu seu próprio filho se rebelar e tentar matá-lo. O rei Ezequias seguiu os mandamentos e estatutos de Deus. Amava e temia ao Senhor. Certo dia estando doente recebeu do profeta Isaías a mensagem de que iria morrer. Orou a Deus e conseguiu mais 15 anos de vida. Porém, após morrer, seu filho Manassés foi pior do que qualquer rei que já havia passado por Israel. Novamente Israel vinha a ter um rei sem temor á Deus.
                Será que realmente não temos como controlar os passos de nossos filhos quando eles chegarem na fase da vida onde o que vale são suas escolhas? Será que realmente nossos filhos estão tão a mercê assim da vida? Hoje, muitas pessoas são adeptas do pensamento de que não, de que cada indivíduo tem os seus próprios caminhos e suas próprias escolhas. Assim, encobrimos uma verdade. Criamos um argumento para os desvios de conduta de nossos filhos.
                É evidente que o caminhar de cada ser humano é algo muito próprio. Cada um decide seus caminhos. Cada qual é responsável direto por seus atos. Todavia, os pais possuem sim uma responsabilidade – muito grande por sinal – sobre seus filhos e os caminhos que eles vão seguir.
                O problema dos pais é a má qualidade do tempo para com seus filhos. Pais tementes a Deus creem que apenas levar seus filhos á igreja já basta. Esquecem-se de que eles é quem devem mostrar o caminho todo aos filhos. Outros pais vivem uma vida interessante. Passam anos desejando um filho, quando o filho vem, logo os abandonam em creches ou em casa de familiares para que eles possam retornar aos seus trabalhos e dar o “melhor para seus filhos”. Claro que existem casos de necessidade, mas hoje, vivemos em uma sociedade onde o consumo é cada vez mais exorbitante, vivemos tempos onde o supérfluo já virou necessidade. E assim, muitos pais deixam seus filhos para serem educados por celulares, vídeo-games, internet, presentes e, o pior de tudo, as amizades do mundo.
                É responsabilidade sim dos pais levarem seus filhos a conhecer os caminhos de Deus. Fugir desta ordenança é fugir do próprio Deus. (leia Deuteronômio 6:7). Filhos são herança de Deus para os pais, ou seja, Deus cobrará dos pais os caminhos que os filhos tiveram. Podemos até ver nossos filhos se entrelaçando por caminhos que não são retos e justos aos olhos de Deus, mas é nosso dever inserir em seus corações o amor e o temor ao Senhor. Podemos até ver nossos filhos fazerem escolhas erradas, mas nunca devemos nos abster de não mostrar o caminho certo. Fugir desta ordenança Divina é falhar no ponto central da educação de nossos filhos.
                Que possamos hoje olhar para nossos filhos e ver em seus olhos a necessidade primária de conhecerem á Deus. Não praticar o ensino de quem é Deus é condená-los á morte espiritual ainda quando crianças. A maior demonstração de amor que pais podem fazer por seus filhos não são muitos presentes, muitas viagens e uma vida confortável, o maior amor está em exatamente leva-los ao amor de Deus.

“Estas palavras que, hoje, te ordeno estarão no teu coração; tu as inculcarás a teus filhos, e delas falarás assentado em tua casa, e andando pelo caminho, e ao deitar-te, e ao levantar-te.”

Deuteronômio 6:6-7



domingo, 22 de maio de 2016

Pecadores nas mãos de um Deus irado

                Em 08 de julho de 1741 Jonathan Edwards pregou um sermão intitulado “Pecadores nas mãos de um Deus irado”. O sermão foi baseado em Deuteronômio 32:35 que diz: “[...]a seu tempo quando resvalar o seu pé[...]”. Neste sermão Edwards demonstrava o quão errado é o homem que confia em si mesmo e crê de que suas atitudes e sua falta de arrependimento de seus pecados não lhe trarão nada contrário. Edwards mostra neste sermão o quão cegos estão as pessoas que não se importam com Deus e vivem uma vida totalmente desarreigada da verdade. Naquele dia, enquanto o sermão era discorrido os que o ouviam choravam copiosamente e clamavam pela misericórdia de Deus, outros se agarravam às colunas da igreja como se estivessem sentindo ser engolidos pelo inferno. O entendimento das pessoas que ouviram tal sermão foi tão grande que Edwards teve que esperar que algumas pessoas se acalmassem para que pudesse concluir seu sermão.
                E já se foram 275 anos desde que este sermão foi pregado. E podemos, infelizmente, constatar que ainda que o sermão de Jonathan Edwards tenha sido um dos pilares da igreja e dos cristãos a humanidade caminha a passos largos rumo á vingança de Deus. Sim, Deus se vinga.
                Vemos hoje com nossos próprios olhos pessoas e mais pessoas partindo do pão da mentira, se embriagando com o sexo fácil, da cobiça cega, do fanatismo, do clubismo, da auto existência, da roubalheira, da ostentação, das drogas, das bebidas, da fornicação, da prostituição na internet, da moda dos gêneros sexuais, da falta de piedade, da falta de perdão, de amor, das muitas orações umbilicais, da falta de zelo pela palavra de Deus, dos muitos esforços por uma vida cheia de joias e riquezas. Enquanto vivemos esse tempo, que achamos ser o melhor tempo, “[...]a seu tempo, quando resvalar o seu pé;[...]” (Deuteronômio 32:35); “[...]e não há quem possa livrar alguém da minha mão.” (Deuteronômio 32:39).
                Qual a vida que você vive hoje? Qual é o seu deus? Quais seus caminhos de vida? Voltemos hoje nossa face para Deus, pois, a seu tempo, o pés de Deus irão resvalar sobre nossas vidas, quer estejamos em comunhão com Ele ou não. Lá, naquele dia, todo deus será quebrado e esmigalhado. Nem mesmo o pó sobrará. Voltemos para Deus. Voltemos nossos olhos e nosso coração ao Deus que nos dá misericórdia, graça e amor. Voltemos ao Deus que não faz acepção de pessoas. Voltemos ao Deus que perdoa todos os pecados. Voltemos ao Deus que “ao seu tempo” irá sucumbir todos os que de fato pensaram que eram deus.

Abaixo segue um link com o sermão de Jonathan Edwards.

“A mim pertence a vingança, a retribuição, a seu tempo, quando resvalar o seu pé; porque o dia da sua calamidade está próximo, e o seu destino se apressa em chegar.”

Deuteronômio 32:35




sexta-feira, 20 de maio de 2016

Um novo nome

                A humanidade mudou. Isso é um fato e pode ser observado simplesmente pelo nome que cada um de nós temos.  Hoje se escolhe nome pelo gosto de cada um. Alguns vem das novelas, outros dos ídolos do esporte, outros por só achar o nome bonito e alguns raros por invenções e junções que só os pais explicam. Porém o início da humanidade mostra que um nome não era só um nome. Havia muita importância no nome dado a cada um. Muitos até tiveram seus nomes alterados, alguns pelo próprio Deus. E isto porque o nome identificava não apenas a pessoa, mas o momento, o que a pessoa representava para a família e para Deus.
                Noemi, sogra de Rute, indicava “amenidade”, “suavidade”. Após a morte de seu marido e de seus filhos, quis mudar seu nome para Mara, que indicava “amarga”. José viveu uma das histórias mais ricas da bíblia. Foi traído pelos próprios irmãos, condenado pelo próprio senhor a quem trabalhava e esquecido pelo homem a quem ajudou a salvar. Passou anos pagando um preço que de certa forma não era seu. Foi de filho amado para escravo e depois presidiário. Amargou anos e anos de grande lutas. Teria para muitos todos os motivos possíveis para se tornar uma pessoa fria, calculista e vingativa. Muitos que o conhecessem melhor poderiam lhe dizer o mesmo que a esposa de Jó: “amaldiçoa o teu Deus e morre!”; Mas José foi inverso a tudo isto. Aprendeu sempre a confiar em Deus. Amar á Deus. Nunca leu Romanos, mas é possível que tenha sido uma das fontes de inspiração para Paulo escrever que todas as coisas cooperam para o bem daqueles que amam a Deus. Escravo não mudou seu nome. Preso continuou sendo José. O significado de seu nome? “que Deus acrescente”.  
                José quando governador entendeu todos os propósitos de Deus, e isto fica claro quando teve seus filhos. Manassés, seu primogênito, significa “Deus me fez esquecer”. Seu segundo filho, Efraim, significa “duplamente frutífero”. José tinha todos argumentos humanos para mudar seu nome e colocar uma marca profunda em seus filhos, e assim ele fez, deixou a marca do perdão, do amor e da eterna gratidão á Deus.
                Podemos estar hoje num mundo onde o nome é apenas um nome, mas temos marcas internas que nos dizem muito. Todas com um nome. Mantê-las ou exclui-las não cabe ao mundo, cabe a nós. Podemos hoje termos o nome ódio ou perdão. Podemos hoje nos chamar vingança ou amor. Podemos hoje nos identificarmos como amargo ou amigo. Enfim, a definição de nossos nomes não cabe mais a nossos pais, cabe a nós mesmos.
                Deus mudou o nome de Abrão para Abraão, de Jacó para Israel e de tantos outros. Deus não quer mais mudar nossos nomes externos, mas nossos nomes internos. Abra seus olhos para Deus, deixe que Ele transforme as Maras que estão dentro de você nos muitos José, Rute, Manassés e Efraim. Deus tem um novo nome para o seu interior. Permita que Ele mude seu nome, isto vai mudar sua vida.

“Cria em mim, ó Deus, um coração puro e renova dentro de mim um espírito inabalável.”

Salmos 51:10






quinta-feira, 19 de maio de 2016

De geração a geração

                Não é incomum vermos casos se repetindo em famílias. São filhos de pais separados que não suportam um casamento. São pais que não conseguem dar amor aos filhos pois nunca receberam amor de seus pais. São casos de alcoolismo e diversos vícios que se acumulam nas gerações. São mães solteiras com avós solteiras. São mulheres que se tornam avós com 30 anos. E as situações vão se repetindo nas famílias, sendo passadas de geração em geração. E tudo vai girando no mesmo sentido, tendo um risco sempre muito alto de vermos repetições do que acontece em nossa vida na vida de nossos filhos, nossos netos, bisnetos e as demais gerações.
                José passou por isto. Seu pai Jacó sem se atentar fez o mesmo que os seus pais. Isaque e Rebeca tiveram 2 filhos. Esaú era mais amado por Isaque e Jacó por Rebeca. Isto causou grandes problemas numa família que tinha tudo para ser abençoada e sem marcas profundas de dor. O que não foi resolvido em uma geração passou á outra. Jacó teve 12 filhos, amou mais á José. Isto novamente trouxe marcas profundas. Jacó chorou por um filho supostamente morto por mais de 20 anos. Seus outros 11 filhos passaram todo este tempo com a marca da culpa de terem vendido seu irmão José como escravo. Mas, um ato mudou tudo. José perdoou seus irmãos. Deus mudou a história das gerações seguintes.
                Deus pode mudar sua geração. Deus pode mudar a sua próxima geração. Os problemas e dilemas que vem se carregando através de sua família não são eternos. Deus pode cancelar cada um deles. Não precisamos carregar as amarras de nosso passado, todas podem ser cortadas por Jesus. Podemos ter uma nova história, Jesus é o caminho. Deus pode nos dar um novo começo, uma folha branca. Nenhum mal que assolou a história de nossa família é mais forte do que a misericórdia e o amor de Deus. Que hoje não apenas identifiquemos nosso mal de geração, que entreguemos á Jesus cada uma destas coisas.
                O fim do mal que assolava a geração de José foi vencido com o perdão. Deus transformou o mal das gerações em bem para as nações. Seja hoje você a mudança não só de sua família, mas de suas gerações.

“Saberás, pois, que o Senhor, teu Deus, é Deus, o Deus fiel, que guarda a aliança e a misericórdia até mil gerações aos que O amam e cumprem os Seus mandamentos.”

Deuteronômio 7:9



quarta-feira, 18 de maio de 2016

Casa dividida não prospera

                Jesus certo dia faz mais um de tantos milagres que faria. Cura um homem cego e mudo por estar possuído por um espírito maligno. Vendo tal milagre os fariseus (religiosos da época) procuram desmistificar o milagre de Jesus e levantam que seus atos são demoníacos. Então Jesus lhes ensina: “[...]Todo reino dividido contra si mesmo ficará deserto, e toda cidade ou casa dividida contra si mesma não subsistirá.” (Mateus 12:25). Um grande ensinamento do reino espiritual.
                E se isto é uma verdade no reino espiritual, a qual não vemos (mas é o mais importante dos reinos) imaginemos qual a importância deste ensinamento no reino físico (e que vivemos atualmente)! Crer que todo nosso ambiente físico não tem relacionamento com o espiritual é como crer que viemos ao mundo levados por uma cegonha. Curas nascem no reino espiritual. Vitórias são forjadas no reino espiritual. Perdas acontecem antes no reino espiritual. O reino espiritual é a nascente de todo nosso ambiente físico.
                Sabendo disto, e batalhando 24 horas, está satanás e seus anjos caídos. A todo momento buscando nos fazer perder no reino espiritual. Porém o inimigo de nossas vidas, o diabo, sabe como tudo funciona, e ele sabe que quando 2 ou mais pessoas se unem, a força do reino espiritual é maior. Eles sabem que quando uma família se une, a força é grande. Eles sabem que quando grupos resolvem trabalhar e cooperar num objetivo único a força é maior. Por isso buscam quebrar essas “alianças” entre as pessoas. Casas hoje se dividem. Casais hoje se dividem. Pessoas hoje se dividem. Olhemos. Observemos. Grupos profissionais buscam objetivos próprios. Grupos evangelísticos se debatem em objetivos particulares. No fim, não há prosperidade. No fim, nada é ligado no céu pois nada é ligado na terra (leia Mateus 18:18-20). Lembremos da igreja primitiva (leia Atos). Seu início foi espantoso e maravilhoso. Por que? Todos andavam num objetivo único (leia Atos 2:42-47). No momento em que houve uma quebra, a força no reino espiritual perdeu força e por uma pequena brecha, tudo mudou (leia Atos 5:1-11).
                Hoje não seja inimigo em sua casa. Hoje não vá na contra mão de seu cônjuge. Una-se! Construa a força espiritual de seus relacionamentos. Que nos lembremos de que não somos o edifício, somos apenas o bloco. Que busquemos com zelo e temor á Deus ser não a força do reino espiritual, mas aquele que dá a força para o crescimento. Se queremos crescer e prosperar precisamos antes nos ingressar neste reino de tão grande poder.

“Jesus, porém, conhecendo-lhes os pensamentos, disse: Todo reino dividido contra si mesmo ficará deserto, e toda cidade ou casa dividida contra si mesma não subsistirá.”

Mateus 12:25






terça-feira, 17 de maio de 2016

Terra fértil

                Abraão. Pai da fé. Homem de muitas posses. Pai de uma descendência grandiosa. Seu nome, sua vida, jamais será esquecido. Olhando para o final da vida deste homem podemos concluir que ele teve uma vida bem sucedida. Uma vida que muitos gostariam de ter. Afinal, quem não gostaria de encerrar sua vida marcando a história?
                Mas o início de tudo não foi dos melhores. Abrão nasceu em Ur dos caldeus, uma terra de um povo pagão e idólatra, em outras palavras, um povo que tinha outros deuses. Após seu casamento Deus simplesmente disse para Abrão sair desta terra. Não lhe disse para onde iria, apenas lhe informou que O indicaria o caminho. Deus fez mais. Deus prometeu á Abrão uma descendência numerosa, mas sua esposa, Sara, era estéril. Abrão conquistou terras, prosperou. E então, com 100 anos de idade teve Isaque. No fim, Abrão era Abraão. Foi sempre movido pela fé. Jamais desistiu de algo que Deus havia lhe dito que faria. Confiou plenamente nos propósitos de Deus para sua vida sem olhar para o tempo ou para circunstância. Abraão sabia que tudo estava sob o domínio de Deus. Tempo e momentos da vida não podiam conter a vontade de Deus.
                E se hoje soubéssemos como será o final de nossa vida. E se hoje descobríssemos que ao final de nossa vida teremos uma família abençoada, isso nos fará ter mais paciência e acreditar mais em Deus? E se então víssemos que ao final da vida teríamos sido um sucesso profissional, isto nos faria ter mais paciência com as coisas e saber esperar mais pelos momentos certos, sem agir inescrupulosamente em busca do sucesso? E se hoje olhássemos para a janela do fim de nossa vida e víssemos filhos e filhas, será que isto não nos traria mais um aperto no coração quando todo mês o corpo mostra que ainda não há gestação? E se então enxergássemos o fim de nossa vida e descobríssemos que ele aconteceu numa velhice, será que teríamos mais ânimo, mais fé, para lutar contra a doença grave?
                Não. Abraão não viu o fim de sua vida. Mas ele teve a certeza das coisas como se tivesse visto. Ele sabia quem era Deus. Abraão não via Deus como um agente que poderia tentar fazer algo, ele tinha certeza de que há Deus nada era impossível. Antes mesmo de palavras serem escritas Abraão já conhecia a bíblia toda. Ele a tinha em seu coração.

                Hoje que não olhemos para nossas circunstâncias ruins como o fim de tudo. Que hoje não desanimemos só porque hoje não deu certo. Que as negativas da vida não nos sejam o motivo para pararmos. Que não venha em nossa mente as frases de efeito “isso nunca vai dar certo”; “vou ficar assim pra sempre”; “é o fim!”; Não. Que hoje saibamos quem é o Deus que rege nossa vida. Que hoje possamos ter a mesma fé convicta de Abraão. Que possamos olhar para o que é estéril em nossa vida e saber que nós é que estamos dando a palavra errada, com Deus nada é estéril, apenas não é o tempo de semear.

"visto que andamos por fé e não pelo que vemos."
2 Coríntios 5:7



segunda-feira, 16 de maio de 2016

Plantando o amanhã com Deus

                Quando Deus chamou Abraão para ir á uma outra terra seu sobrinho Ló foi com ele. Com o tempo ambos começaram a prosperar então em uma conversa Ló mostrou-se irritado e assim decidiu por partir para um novo local. Então Ló chegou com sua família até Sodoma e Gomorra. Com o tempo, Ló viu-se em meio á um povo desonesto, violento e que estava totalmente longe de Deus. Acabou inserindo sua família num mundo depravado. Em sua busca por não só manter sua riqueza, mas conquistar mais, decidiu não sair daquele local de perdição. Ló manteve-se íntegro. Certo dia Deus mandou anjos para acabar com Sodoma e Gomorra por suas muitas perversidades. Abraão intercedeu por Ló e devido sua honestidade Deus permitiu que ele e sua família saíssem da cidade antes da destruição. Ló e sua família saíram, mas o coração de sua esposa e suas filhas já estavam tomados. Sua mulher logo virou uma estátua de sal ao olhar para trás. Suas filhas já desconheciam a Deus e não tiveram o menor pudor, para manter a geração da família tiveram relações com o próprio pai. O justo Ló perdeu a esposa e foi pai de seus netos. Sua busca por uma herança melhor trouxe impactos não só para uma geração, mas para uma descendência inteira. Ló foi pai-avô dos amonitas e moabitas. Nações idólatras e inimigas do povo de Deus e do próprio Deus.
                Em nossa vida corremos o mesmo risco de Ló. Muitas vezes caminhamos por caminhos com Deus e com pessoas que também o amam. Prosperamos. Mas sempre queremos mais. Sempre temos a certeza de que podemos alcançar mais do que já temos. Então vamos indo aos poucos para mais longe. Muitas vezes achamos que um relacionamento com uma pessoa é certo, afinal, já somos adultos e estamos passando da idade de casar. Muitas vezes caminhamos e nos esquecemos de Deus. Aceitamos as ofertas da vida. Aceitamos o que o mundo tem a nos oferecer. Muitas vezes até nos mantemos íntegros, retos, justos, mas nos esquecemos de ao nosso lado, nossos cônjuges e nossos filhos também estão recebendo as mesmas ofertas que nós. Então, será que vale a pena arriscar não somente nossas vidas, mas a vida de quem está ao nosso lado para um mundo perdido?
                Um abismo chama o outro. Na busca por uma riqueza maior Ló não perdeu apenas uma esposa. Perdeu suas filhas, perdeu seus filhos-netos, perdeu toda sua geração. Ló era temente á Deus, mas nunca mais suas gerações foram iguais. E hoje, será que é válido vivermos em busca de tantas delícias que a vida nos proporciona? Que busquemos á Deus hoje. Que possamos entender de que o desvio de cada centímetro de Deus que temos hoje é o quilômetro da nossa geração de amanhã.

“Um abismo chama outro abismo, ao fragor das tuas catadupas; todas as tuas ondas e vagas passaram sobre mim.”

Salmos 42:7



quinta-feira, 12 de maio de 2016

Advogado fiel

            “Porquanto Deus enviou o Seu Filho ao mundo, não para que julgasse o mundo, mas para que o mundo fosse salvo por Ele. Quem Nele crê não é julgado; o que não crê já está julgado, porquanto não crê no nome do unigênito de Deus.” (João 3:17-18). Jesus. O justo. O advogado fiel. A justiça está Nele. A fidelidade vem e procede Dele. Aos que crêem em Seu nome, não há julgamento, afinal sua advocacia é perfeita e justa.
            Porém crer Nele não dá o benefício do pecado, das coisas ilícitas e das perversidades do mundo. Quem crê em Jesus, entende Seu senso de justiça e sabe, que Ele advoga em todas as causas. Quem conhece e crê em Jesus não participa do amor ao mundo, não peca, não caminha por caminhos obscuros pois sabe, Jesus, o Justo, é advogado fiel primeiro á Sua palavra e Sua justiça.
            Jesus não é advogado do fim do mundo. Jesus é advogado de todo tempo. Sua justiça, não tarda, vem na hora exata. Sua sentença não vive criando poeira numa mesa, mas simplesmente acontece no momento certo. Os que crêem em Jesus não ficaram sem julgamento. Pelo contrário. O julgamento já ocorreu há mais de 2.000 anos. Foi numa cruz. Sentenciado e pago com preço de sangue.
            Que hoje olhemos para nossa vida. Nossos problemas e dilemas possuem um advogado sim. Jesus. Dele procede a justiça correta. Antes, que possamos agir verdadeiramente como um réu inocente, pois só réus inocentes são absolvidos no tribunal de Deus. Que nos recordemos que Jesus está sim para advogar a nosso favor, mas Ele não pega as causas de réus culpados. Que então sejamos réus verdadeiramente inocentes. Que o sangue vertido numa cruz tenha sido o único cúmplice de nossos pecados. Que hoje haja arrependimento em nossos corações. Que possamos não apenas buscar um advogado que aceite nossas causas, mas que elas sejam justificadas pela justiça de Deus.

“Filhinhos meus, estas coisas vos escrevo para que não pequeis. Se, todavia, alguém pecar, temos Advogado junto ao Pai, Jesus Cristo, o Justo;”

1 João 2:1



quarta-feira, 11 de maio de 2016

Jesus é tudo?!

            Vamos resumir o nosso dia com uma pergunta? “Jesus é tudo para mim?!”; Essa é a pergunta a que devemos nos fazer. Apenas Jesus, simplesmente Jesus, nos basta?! Se sou uma pessoa que sempre vai á cultos e missas, me envolvo nas coisas da igreja, em seus ministérios e em suas programações. Se tudo isto for tirado, eu continuaria a ir á igreja?! Se hoje as baterias parassem, se os sons da guitarra cessassem, se as grandes vozes se calassem, eu continuaria a louvar á Deus?! Se hoje não houvesse nenhum pregador da palavra reconhecido e famoso, eu deixaria meus afazeres para ir cultuar á Deus?! Se as bandas gospel sumissem, se as luzes e as festas se acabassem, eu tiraria minhas noites para estar na presença de Deus?! Se voltássemos a tempos antigos onde a reunião das pessoas em uma igreja se resumia a orações, meu coração se ascenderia para estar neste grupo?!
            Se minha vida com Deus se resumisse a não ter dinheiro, bens e festas, eu ainda continuaria a levantar as mãos, chorar e clamar Deus entre as pessoas?! Se até mesmo minha saúde fosse debilitada, Deus ainda seria meu tudo?! Se Deus nunca me desse uma herança, se nunca me desse uma família, ainda eu estaria buscando Sua presença?!
            Todas estas parecem ser perguntas muitos fortes e exageradas, e até certo ponto são. Porém, nenhuma delas é irrelevante ou desconsiderável. Ainda que todas se pareçam pesadas, todas são muito verdadeiras e é inegável de que precisamos nos questionar quanto á isso.
            Bom mesmo é saber que Deus não nos coloca neste montante, Ele sempre nos dá algum privilégio. Se não temos dinheiro, temos família. Se não temos família, temos saúde. Sempre teremos algo, e isto, é presente de Deus.
            O que ocorre é que a cada instante satanás, o inimigo de nossas vidas, nos preenche com coisas e nos faz agir e pensar de que para estarmos com Deus precisamos de algo que complemente. “[...]Aquele que tem o Filho tem a vida.[...]” (1João 5:12). Mal percebemos, mas ai se encontra a raiz de todas nossas fragilidades humanas. Jesus não é tudo para nós. Sua graça não nos basta. Dissemos que amamos ao Pai, ao Filho e ao Espírito, mas na verdade, muitos apenas dizem isto pois vivem num tempo de um cruzeiro em alto mar, onde a comida e a bebida são fartas, onde a paisagem é belíssima, onde as pessoas sorriem a todo instante. Muitos dizem amar á Deus, mas verdadeiramente amam as celebridades gospel, os líderes da congregação e as muitas festas. Então, verdadeiramente vivendo assim corremos um sério risco de estarmos no Titanic e não sabermos. Basta uma ponta de um iceberg para destruir tudo.
            Então, que hoje avaliemos. Temos vida ou temos uma réplica de vida? Temos o Filho verdadeiramente? Que possamos tê-Lo. Que possamos verdadeiramente descobrir que Jesus é mais importante e muito maior do que qualquer coisa que temos ou vivemos. Que hoje, tenhamos Vida.

“Então, Ele me disse: A minha graça te basta, porque o poder se aperfeiçoa na fraqueza. De boa vontade, pois, mais me gloriarei nas fraquezas, para que sobre mim repouse o poder de Cristo.”

2 Coríntios 12:9



terça-feira, 10 de maio de 2016

Um só em três

            Jesus nunca foi o plano B de Deus. Ele não foi criado quando Deus viu que o homem havia se corrompido totalmente e nem mesmo um dilúvio havia resolvido a questão. A cruz já existia antes mesmo de existir o Éden. “No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus.” (João 1:1). O Espírito Santo nunca foi o plano C de Deus. Ele não foi criado e enviado á nós pois Pai e Filho não conseguiram resolver as coisas. O Consolador sempre esteve em todas as coisas criadas por Deus. “A vida estava Nele e a vida era a luz dos homens. A luz resplandece nas trevas, e as trevas não prevalecem contra ela.” (João 1:3-4). (leia também Gênesis 1:1).
            Para nossa melhor compreensão criamos a trindade, mas a trindade nunca existiu. Deus Pai, Deus Filho e Deus Espírito na verdade são um só. Este é um dos motivos pelos quais Jesus diz: “[...]Eu Sou o caminho, e a verdade, e a vida; [...]” (João 14:6). Se refutamos o Filho, refutamos o Pai. Se desconsideramos o Espírito, desconsideramos a Deus. Não há como amar e adorar apenas um, nem mesmo dois. Deve se amar, servir e glorificar aos três, assim, glorifica-se Um. A incompreensão deste fato muitas vezes se deve a queremos humanizar Deus e também a buscar inserir outros deuses em Deus. Não há incompreensão.
            Caminho, verdade e vida. Esta é a trindade Divina. Devemos caminhar nesta verdade. Se nos guiamos pelo Espírito Santo, nos guiamos em Jesus. Se buscamos á Deus, buscamos o Espírito Santo. Se exaltamos á Deus, exaltamos á Jesus. Vivamos hoje para um Deus. Um Deus que é três ao mesmo tempo. Um Deus que é para nós ao mesmo tempo Pai, amigo irmão e Espírito.

“Respondeu-lhe Jesus: Eu sou o caminho, e a verdade, e a vida; ninguém vem ao Pai senão por mim.”

João 14:6



segunda-feira, 9 de maio de 2016

Eu escolho não ir para o céu!

            Em novembro de 2012 o pastor e teólogo americano Rob Bell deu uma entrevista á revista Veja que demonstra muito bem a situação da humanidade nos dias atuais. Em resumo, sua entrevista tenta aniquilar a existência do inferno, traz um pensamento de universalismo (grupo de pessoas que crêem que todos, sem distinção, serão salvos com Jesus) e critica a postura da igreja atual entre outras coisas. Mas há um ponto interessante. A certa altura da entrevista o jornalista faz uma pergunta sobre o livre-arbítrio: “Não existe escolha, ninguém pode dizer não ao paraíso?”
            Esta é uma pergunta que, além de muito interessante, é talvez uma das perguntas mais importantes que a humanidade deve se fazer. “Eu posso dizer não, escolher não ir para o céu?!”; Interessante também é nos arremetermos a considerar de que na verdade ainda que nunca tenhamos nos posto a esta pergunta, ainda assim a respondemos diariamente.
            Esta pergunta é colocada a cada ser humano desde que Adão existiu. Quando Jesus levou numa cruz todos os pecados da humanidade Ele simplesmente nos colocou no ponto de não termos mais sequer nenhum álibi que pudesse nos isentar de nossa escolha. Nossa não ida ao céu, ao paraíso, não se deve por méritos ou deméritos, ela não está agregada á obras ou falta delas, as portas do céu não se fecharão a nós porque algo que não está em nossas mãos aconteceu. Simplesmente é uma questão de escolha. Diária! Todos os dias nós respondemos á esta pergunta. É o nosso livre-arbítrio em ação. É como se todos os dias brincássemos com o Silvio Santos nos perguntando: “Você troca isto por isto?” E lá estamos nós respondendo “ssiimmmmm” ou “nnnããããããooo”. A diferença, e é uma baita diferença, é que nós sabemos exatamente o que estamos trocando. Sabemos com exata noção o que temos em mãos.
            Jesus foi para a cruz para que nosso “sim” diário tivesse validade. Para que quando chegarmos ao céu com nosso sim na mão Deus nos olhe e veja o sangue de Seu Filho, de Jesus, encobrindo nossas transgressões e pecados. Aceitar o mundo é rejeitar este sangue. Viver no meio do pecado e das transgressões do mundo é anular o sim de Cristo.
            A resposta para a pergunta do jornalista? Sim, nós temos total direito de dizer não ao paraíso. E muitos de nós fazemos isto diariamente. Escolhemos o pecado ao invés da santidade. Escolhemos fazer as coisas erradas para nos beneficiar ao invés de enfrentar as dificuldades que podem ocorrer ao promover as coisas certas. Escolhemos anular Jesus com nossas ações e palavras erradas. Sim, o paraíso, o céu, só será aberto para aqueles que, aqui na terra, decidem por viver nele. Não haverá uma unha no céu que não queira estar lá.
O preço para se viver lá? Já foi pago! Jesus já tem a escritura e as chaves em Suas mãos. Não viva crendo no impossível. Não aceite a esmola da terra quando você pode ter o banquete do céu. Não há outro meio, não há outro caminho. Encontre-se com Jesus e decida aceitar o céu.

“Nem todo o que me diz: Senhor, Senhor! entrará no reino dos céus, mas aquele que faz a vontade de meu Pai, que está nos céus.”

Mateus 7:21



sexta-feira, 6 de maio de 2016

Deixados para trás

            Encontramos nos dias atuais dois tipos de pessoas cristãs. Os peregrinos e os estrangeiros. Os peregrinos vivem neste mundo, comem, bebem, se vestem, trabalham, buscam conquistar espaços, alcançar sonhos e objetivos, mas tudo lhes é apenas passageiro. Eles sabem que um dia irão voltar para a casa. E não apenas sabem, como também não pretendem levar nada deste mundo. Por isso, apenas passam o tempo que lhes é devido aguardando o dia de voltar. É como se estivessem perdidos numa ilha. Fazem suas casas para se protegerem do frio e da chuva. Vestem-se da forma correta para não serem pegos desprevenidos. E vivem lutando pela vida, para que não venham a ter grandes aborrecimentos. Mas o dia vem, o dia em que eles voltarão para casa. O segundo grupo também são peregrinos, porém, já não são mais. Agora eles são estrangeiros. Eles até conhecem e sabem que sua vida não é aqui, que Deus um dia voltará para buscá-los, mas viraram estrangeiros mesmo assim. Se esqueceram de montar suas tendas. Preferem as melhores acomodações. Substituíram Deus pelos muitos afazeres e lazeres que este mundo proporciona. Sabem que um dia Deus voltará, mas se sentem infelizes ao pensar nisto pois um turbilhão de coisas vem como um trator á suas mentes: casas, carros, dinheiro, trabalho, romances, viagens, jóias, corpos maravilhosos, status, conhecimento humano; tudo lhes é importante demais para deixar para trás. Eles simplesmente se interessam em ingressar no terceiro grupo de pessoas, os humanos terrenos, que são aqueles que buscam o melhor da terra e decidem por não querer nada além disto.
            Prazer, este é nosso mundo! Um mundo onde 3 grupos de pessoas vivem. Um mundo onde um grupo irá com Jesus e os outros 2 serão deixados para trás. Não estamos falando aqui sobre religião, estamos falando sobre Deus.
            Os estrangeiros até visam falar de Deus para os terrenos, mas usam os “laços” terrenos para conquistar. Onde está o erro?! O erro está exatamente que o terreno jamais descobre quem é Deus. Ele forja para si um deus onde tudo pode, tudo é conquistado. Ele se caracteriza de si mesmo. Nada muda. Nem em sua mente muito menos em seu coração. Ele jamais se transforma num peregrino, ele sempre será um terreno. O estrangeiro é quem lhe sustenta, lhe dando sempre mais do que ele precisa. Precisa de um deus que pula e berra?! Lá eles tem. Precisa de um deus que tem uma cachoeira de dinheiro?! Lá eles tem. Precisa de um deus que traz a juventude “eterna”? Lá eles tem. Eles de fato conhecem todos os deuses possíveis, menos o Deus Santo.
            Onde está seu deus?! Ele está no céu ou na terra?! O Deus do céu é único e não precisa de nada, os peregrinos sabem que Ele por si só satisfaz. O deus da terra precisa sempre de algo para complementar.
            Hoje corra o máximo que puder. Hoje fuja deste deus que só lhe fará ser deixado para trás. Transforme, pelo Deus vivo e verdadeiro, um peregrino em terra estrangeira. Não se acanhe. Busque pela verdade. Busque pelo verdadeiro reino, aquele onde sua alegria não dependerá de nada, pois você já terá tudo.

“O reino dos céus é semelhante a um tesouro oculto no campo, o qual certo homem, tendo-o achado, escondeu. E, transbordante de alegria, vai, vende tudo o que tem e compra aquele campo.”

Mateus 13:44








quinta-feira, 5 de maio de 2016

Exorte!

            “Não julgueis, para que não sejais julgados. Pois, como o critério com que julgardes, sereis julgados; e, com a medida com que tiverdes medido, vos medirão também.” (Mateus 7:1-2). Aqui está um dos versículos mais conhecidos da mente humana cristã. Interessante porque, infelizmente, muitos acabam utilizando tal ensinamento de Cristo distorcido. O usam para continuar em seus pecados. O transformam em lei para que não vejam escancarado em sua face o erro que cometem. Então, isto não é mais um versículo, não é mais um ensino, se torna apenas um escudo para o pecado.
            Paulo descreve: “ou o que exorta faça-o com dedicação;[...]” (Romanos 12:8). Também temos: “pelo contrário, exortai-vos mutuamente cada dia, durante o tempo que se chama Hoje, a fim de que nenhum de vós seja endurecido pelo engano do pecado.” (Hebreus 3:13). Então temos aqui um claro caso onde a bíblia se contradiz? Será que Jesus se enganou ou Paulo e o autor do livro de Hebreus foram humanos demais e achavam que o julgamento deveria acontecer? Nada disto! A bíblia se completa. Ela nunca se contradiz.
            Lendo as cartas de Paulo, que se tornaram livros na bíblia, vemos em sua grande maioria menções Paulinas onde hoje muitos cristãos diriam ser um duro julgamento de Paulo. Porém, nada mais era do exortação. E entre julgar e exortar há uma diferença enorme. O julgamento acontece na mente e no coração. A exortação acontece olho no olho. O julgamento não produz mudança. A exortação arranca a raiz do pecado. O julgamento produz sentença. A exortação produz libertação. O julgamento afasta as pessoas. A exortação aproxima. O julgamento cria inimizades. A exortação opera laços de amizade.
            “Como o ferro com ferro se afia, assim, o homem, ao seu amigo.” (Provérbios 27:17). Vivemos uma vida rodeada pelo pecado. Erramos diariamente. Caminhamos muitas vezes por caminhos incertos, caminhos que nos levam á escuridão. Ter um verdadeiro amigo que nos exorte é primordial. Alguém que olhe a ponta da janela que não estamos enxergando. A nós cabe, com amor e sabedoria, termos este amigo e sermos este amigo. Cabe a nós vivermos com o próximo, um ajudando ao outro a caminharmos rumo aos caminhos de Deus. Cabe a nós não julgarmos, mas exortarmos.
            Hoje não julgue, exorte! Não se cale aos erros que levam milhares de pessoas ao abismo do inferno. Hoje não crie rancor pela palavra sincera. Ela é o vento que acerta a rota de nossas vidas. Considere as palavras ouvidas. “Não havendo sábia direção, cai o povo, mas na multidão de conselheiros há segurança.” (Provérbios 11:14). Hoje anule o julgamento de sua vida e aceite a correção pela exortação. Jesus nunca nos ensinou que não deveríamos dizer o que é certo para quem está errado. Jesus jamais ensinou para que ficássemos calados diante do abismo do pecado em que alguém a sua frente se coloca. A única coisa que Jesus disse com isto foi: “não crie o pecado com a semente dos outros em seu coração”.

“Portanto, vede prudentemente como andais, não como néscios, e sim como sábios,”

Efésios 5:15



quarta-feira, 4 de maio de 2016

Qual seu propósito de vida?

            Qual o propósito do ser humano nesta terra? Qual o seu propósito de vida? No único planeta de todo universo onde a vida pode existir, mais de 7 bilhões de pessoas vivem hoje o mesmo dilema, não sabem qual o propósito de suas vidas! Alguns procuram e não acham (porque procuram errado – leia Jeremias 29:13), outros vivem propósitos que nunca foram estabelecidos para se viver e alguns raros são os que realmente vivem seu propósito.
            E a diferença entre estes 3 grupos de pessoas é um verdadeiro abismo que não enxergamos. Os que vivem seu propósito não se fadigam, não se preocupam com o amanhã pois sabem que tudo irá acontecer da forma correta, não vivem estressados e mesmo muitas vezes vivendo com pouco dinheiro e quase nada de conforto ainda assim são felizes. Os que procuram mas ainda não acharam até por vezes se encontram na situação do primeiro grupo, mas logo sentem um peso, um desconforto, uma necessidade de mudança. Por vezes se encontram em dilemas e questionamentos a si mesmo. Mas se sentem bem pois sabem que estão caminhando e um dia, certamente, encontrarão seu propósito.
            Porém o terceiro grupo, o que vivem propósitos de vida que não são seus, é o mais complexo. Estes buscam dia a dia conquistas. Dinheiro nunca lhes é pouco. Romances sempre devem ser renovados. Beleza sempre merece uma nova ida ao cirurgião. São pessoas que se acumulam de responsabilidades e coisas. Vivem cansadas. Reclamam de tudo. A vida sempre tem um tom mais cinza. A mudança é constante. O que começa bom sempre já está péssimo no meio. Tem sérios riscos de depressão e stress. Não conseguem se recordar de nenhum momento bom, mas o péssimo ocorrido de 10 anos atrás está na ponta da língua.
            Certamente de que todos nós temos um propósito específico na vida. Na Sua incrível sabedoria Deus incluiu, como uma genética ímpar, que cada um tenha um papel, um propósito específico na vida. Muitas vezes estes propósitos parecem similares com os de outras pessoas, mas não é. Cada qual de nós temos um propósito. Não estamos nesta vida por acaso. Não viemos para ser o coadjuvante de nossa própria vida. Cabe a nós buscarmos isto.
            Ao ser humano Deus deu o domínio e governo da terra. Entender este propósito tão básico e específico para a raça humana é essencial para encontrarmos e entendermos o propósito específico que Deus nos entregou. Não podemos deixar que a vida nos sobrecarregue daquilo que não é nosso. Afinal, um jardim deve ser cheio de plantas e flores e não de entulhos.
            Textos e mensagens jamais nos darão o nosso propósito. Eles só podem nos levar até o início do caminho. Cabe a nós seguirmos em frente ou nos mantermos parados. Num mundo de bilhões de pessoas, qual o propósito que Deus lhe deu? Aquele que será cobrado por Ele somente de você, e de mais ninguém!

“E Deus os abençoou e lhes disse: Sede fecundos, multiplicai-vos, enchei a terra e sujeitai-a; dominai sobre os peixes do mar, sobre as aves dos céus e sobre todo animal que rasteja pela terra.”

Gênesis 1:28



terça-feira, 3 de maio de 2016

A esperança em meio ao caos

            Houve um tempo em que Malom saiu de sua terra junto com sua família para fugir da fome. Em Moabe encontrou não apenas pão, encontrou uma esposa. Rute. Mesmo Rute sendo uma moabita, Malom a fez sua esposa. A fome não trouxe morte, mesmo assim Malom viu seu pai falecer. Mais tarde Malom e seu irmão também faleceram. Então Rute se viu viúva e sozinha com sua sogra Noemi. Sua cunhada Orfa lhes deixou assim que Noemi lhes deu autorização. Rute tinha então em suas mãos a certeza, o palpável. Com o aval de Noemi ela não tinha mais a obrigação de se manter na família devastada pela morte. Poderia muito bem voltar ao aconchego do lar de seus pais. Porém, os anos em que Rute passou no seio daquela família lhe fizeram descobrir um Deus que tudo pode. Um Deus que é fiel e que é verdadeiro. Abandonando assim não só sua família, mas seu deus Quemos Rute foi viver uma nova vida. Trocou o certo pelo duvidoso. Já em terra estrangeira Rute se viu trabalhando para sustentar a si e a sua sogra. Conheceu Boaz. Virou sua esposa. Mais do que conquistar uma nova família Rute entrou na linhagem de Davi e do próprio Jesus. Sim, ela trocou o certo de Deus pelo duvidoso de seus pais. Uma moabita, da qual o próprio Deus um dia havia julgado como não sendo da linhagem Divina era resgatada para se transformar na geração vindoura do Messias. Foi Deus quem mudou de opinião? Não! Foi Rute quem de coração se entregou á Deus.
            Muitas vezes somos perturbados por circunstâncias terríveis em nossas vidas. Muitas vezes mudamos algo crendo que será o melhor, mas com o tempo a mudança nos mostra que foi pior do que se manter no estado anterior. Em certas ocasiões olhamos para nosso futuro e só vemos miséria. Outras vezes ficamos entre o bom do momento e o improvável do futuro. Sim, quantas Rutes já não se passaram nesta vida?!
            Porém a diferença sempre está na esperança em que colocamos em nosso coração. Confiar em si e em pessoas ou confiar em Deus? “Assim diz o Senhor: Maldito o homem que confia no homem, faz da carne mortal o seu braço e aparta o seu coração do Senhor!” (Jeremias 17:5).
            Onde está sua esperança no dia de hoje? Nos tempos difíceis, você levanta suas mãos para o alto clamando a Deus ou procura palavras e ajuda de outras pessoas. Ser moabita não era um problema para Rute não estar entre as grandes mulheres da vida humana.
            Se nossa esperança se reserva a situações e coisas terrenas, então não temos esperança. Precisamos saber que para Deus o improvável é apenas um papel em branco, pronto a ser colorido por Suas mãos. Que não nos deixemos em meio ás nossas labutas do dia decidir pelo que vemos mais fácil e mais confortável, mas sim pelo que vemos que a mão de Deus ali está. Que nossa esperança seja apenas uma, a de que Deus é quem guia nosso caminhar.

“Então, se dirá: Na verdade, há recompensa para o justo; há um Deus, com efeito, que julga na terra.”

Salmos 58:11



segunda-feira, 2 de maio de 2016

Muros destruídos

            Muitos chamam o profeta Jeremias de “o profeta chorão”. Isto se deve ao fato de que seus dois livros (Jeremias e Lamentações) são para quem os lê superficialmente puro drama. Isto não é verdade.A verdade é que Jeremias descrevia a realidade da época. A condição do povo nesta época era de adoração e sacrifícios a deuses. Deus estava totalmente a par de toda vida do povo. Jeremias foi testemunha disto. Após isto, viu toda cidade de Jerusalém ser invadida e destruída, como ele mesmo havia profetizado.
            Infelizmente vivemos tempos assim. Tempos onde Deus se transformou em comércio. Sua Santidade não é mais reverenciada. Cultos não são mais cultos, mas sim apenas pontos de encontro. Óleos ungidos e outras parafernálias são vendidas como sendo o poder de Deus. As escrituras sagradas são modificadas e repassadas como num restaurante self-service, onde cada um se alimenta do que mais gosta. O amor e a fidelidade ás pessoas se perde a cada instante. A busca não é mais pelo bem de todos, mas pelo bem de si mesmo, e com a ajuda de Deus.
E sucederá que, assim como vieram sobre vós todas estas boas coisas que o Senhor, vosso Deus, vos prometeu, assim cumprirá o Senhor contra vós outros todas as ameaças até vos destruir de sobre a boa terra que vos deu o Senhor, vosso Deus.” (Josué 23:15). O povo judeu nunca levou a sério as palavras de Deus sobre Sua ira. E nós?! Estamos levando á sério Deus?!
            Vemos hoje guerras civis, doenças mortais, traições, egoísmo, falta de ética e de caráter entre as pessoas. Deus nunca esteve tão distante dos nossos corações. Nossa vida dia a dia recebe como num rolo compressor todo tipo de situações caóticas. E assim como um dia Jerusalém foi totalmente destruída, nossa vida também assim está. Com os muros derrubados. Com nosso templo destruído. Com nossa família morta. Com nossa esperança lançada na lama. A luz no fim do túnel parece estar se acabando.
            Então, o que pode nos dar esperança?! “Fui buscado pelos que não perguntavam por mim; fui achado por aqueles que não me buscavam; a um povo que não se chamava do meu Nome, Eu disse: Eis-me aqui, Eis-me aqui.” (Isaías 65:1). Deus! Ele é a nossa esperança. Ele é Aquele que pode reverter nossos corações. Ele é a esperança que ilumina nossa escuridão. É Ele quem ergue nossos muros. É Ele quem transforma o nosso templo em Santo novamente. É Deus quem não recupera somente nossa esperança, mas nossa vida. É Ele somente que espera apenas que O busquemos para que alegremente Ele diga: “Eis-me aqui!”.
            O livro de Lamentações de Jeremias inicia com o pavor dos olhos de quem viu tudo que antes era lindo ser destruído. Porém, no capítulo 3 Jeremias nos chama para nos arrependermos de nossos pecados e buscarmos então a misericórdia de Deus.
            Que hoje possamos olhar para nós e descobrirmos quais caminhos nos fazem perder as bênçãos maravilhosas de Deus. Que possamos nos arrepender e nos voltar para o Deus que é Santo, Santo, Santo. Que hoje possamos entender o quão precioso é para Deus nos voltarmos para Ele. Há em Deus um anseio grandioso em nos abençoar, mais do que nós mesmo desejamos. Que não deixemos nossa Jerusalém ser sitiada e destruída. Que possamos viver com o amor de Deus e para o amor de Deus.

“As misericórdias do Senhor são a causa de não sermos consumidos, porque as Suas misericórdias não têm fim;”

Lamentações de Jeremias 3:22