quinta-feira, 31 de agosto de 2017

Forte como a morte!

"Põe-me como selo sobre o teu coração, como selo sobre o teu braço, porque o amor é forte como a morte, e duro como a sepultura, o ciúme; as suas brasas são brasas de fogo, são veementes labaredas."
Cântico dos Cânticos 8:6

   O que é o amor genuíno e verdadeiro em uma relação? É aquele onde não há comiseração e dó. É aquele onde tudo que se suporta, se suporta com amor. É aquele onde não há medo, mas porto-seguro. É aquele onde não há cansaço, mas altruísmo. É aquele onde não se faz para ganhar, mas para se dar. É aquele onde não se firma no que o outro tem, mas no que o sentimento por si só fala. 
    Muitos relacionamentos de hoje em dia vivem de falsidade de vida e de pensamento. Há em suas alianças um amor que nem mesmo os livros explicam. Em muitos casos não há amor, mas simplesmente um sentimento de posse. E isto se destaca nos telejornais especializados que mostram diariamente pessoas matando cônjuges e pessoas que até pouco tempo lhes eram a melhor companhia. 
    No caso de casamentos, quando há rupturas que demonstram que tal relacionamento está por ruir encontramos falhas que só levam á morte ou á pessoas que se tornam depressivas, amargas e com um olhar de morte. Isto não é amor. Um casamento não se salva por alguém que se arraste aos pés do outro. Inferioridade nunca trouxe amor á ninguém. Uma pessoa não ama porque a outra se dá como inferior - isso só gera o sentimento de autoritarismo e posso no outro - mas sim porque há nas partes dignidade e amor próprio. Ainda que um relacionamento esteja ruindo, mendigar amor só vai trazer sobras de um amor. 
    Ainda que doa, é preciso levantar a cabeça e saber que há vida para se viver. E aqui não estamos refletindo sobre a moda humanista de "foi bom enquanto durou". Devemos sim lutar pelo casamento, pela sua continuidade, mas há que se lutar com coragem, determinação e honra. Encolher-se e se sentir diminuído quando o amor está por um fio só leva ao fim. Devemos antes, olhar para Deus e buscá-Lo para que possamos ter o discernimento e sabedoria para o que devemos fazer e mudar em nossos hábitos de cada relacionamento. É quando a dor do relacionamento puça como uma ferida aberta em nosso coração que devemos alcançar a Jesus para termos a paz necessária para que possamos caminhar livres de dores maiores. O fim de um casamento não está nunca nos desejos de Deus, ainda assim, devemos antes, sermos determinados a encontrar em Jesus os caminhos que nos levam á casamentos até que a morte separe. E ainda que venhamos a ser abandonados, devemos nos recordar de que o barco de nossa vida nunca está a deriva, pois Deus jamais nos abandona, Ele jamais nos desamparará. É por isto que devemos ter a consciência de que o amor não é paixão, não é loucura, mas é forte.




quarta-feira, 30 de agosto de 2017

Evangelho humanista

"mas nós pregamos a Cristo crucificado, escândalo para os judeus, loucura para os gentios;"
1 Coríntios 1:23

   Vivemos em tempos de uma geração cheia de fome de milagres. As pessoas vivem à procura do sobrenatural e correm atrás de todas promessas que lhes alimente a esperança de testemunhar um milagre. Os templos religiosos que alimentam este tipo de pessoas estão abarrotados. Muitos líderes inescrupulosos fazem propagandas de milagres que jamais existiram. Outros, vendem ilusões, prometendo em nome de Deus o que Deus nunca prometeu em Sua palavra. 
    Claro. Deus opera sim milagres ainda hoje. Ele é o mesmo hoje, amanhã e sempre. Deus faz o que quer, com quem quer, no tempo que quer e da forma que quer, tudo para Sua honra e glória. 
    Porém, os milagres operados por Deus não são o substituto do evangelho. São sinais de Deus, que abrem portas para o evangelho, mas não são o evangelho. não é o cristianismo pregado por Jesus. Só o evangelho traz salvação "[...] porque é o poder de Deus para a salvação de todo aquele que crê,[...]" (Romanos 1:16). 
    As três gerações que mais viram milagres (as gerações de Moisés, Elias e dos apóstolos) foram as mais incrédulas. No dia de Pentecostes, quando o Espírito Santo foi derramado, coisas extraordinárias aconteceram. O milagre atraiu a multidão, mas, somente quando Pedro se levantou para pregar, os corações foram tocados e transformados. 
    Se precisamos de um milagre, ele não é externo, mas é interno. Precisamos ter o evangelho genuíno e verdadeiro fazendo um milagre em nós, pessoas tão inclinadas ao pecado e a viver tudo o que Deus abomina. O maior milagre que podemos ter em nossa vida não vem do evangelho humanista que foi criado, mas do evangelho que Jesus pregou. Quando finalmente nos rendermos ao evangelho de Jesus, então, milagre será apenas um sinal de Deus e não mais tudo o que queremos.