Imaginemos.
Certo dia, após muito tempo de pesquisa, compramos um terreno. O consideramos
ideal para nosso sonho. Então trabalhamos arduamente e construímos uma casa dos
sonhos. Nela há tudo que um dia sonhamos e desejamos. Nem um só tijolo, nem um
só azulejo, nada do que há nela não é da forma que pensamos. Suas cores de cada
cômodo são perfeitas aos nossos olhos. Quando finalmente a terminamos nossos
olhos brilham de tanta satisfação. Porém precisamos viajar por um período de 1 ano.
Então deixamos a casa a ser cuidada por uma pessoa muito especial, que temos
total confiança. Deixamos com esta pessoa algumas regras de cuidado e zelo para
que para neste curto espaço de tempo a casa se mantenha nas mesmas condições de
quando saímos. E deixamos um último aviso, se quando voltarmos a casa estiver
na mesma condição, a entregaremos para a pessoa.
Então
passa-se 1 ano e voltamos. Ao chegar mal podemos acreditar. O estado em que a
casa se encontra está totalmente horrível. A beleza se foi. As regras não foram
seguidas. A casa está uma bagunça. Algumas coisas já não funcionam mais. Outras
funcionam a base de remendos. Alguns cômodos não tem luz, outros tem goteira.
Alguns buracos foram tapados com massa, outros estão a vista dos olhos. Algumas
paredes estão sujas, outras estão como se uma patrulha de crianças tivesse
passado. Em alguns lugares do quintal a grama secou, em outros a grama virou
capim. De tudo o que tínhamos deixado como regra de conservação, nada foi
feito. Não há um só cômodo limpo, todos estão sujos. O que antes era uma casa
dos sonhos agora é a casa do horror.
Responda
a si agora, em uma situação destas, você entregaria a casa para a pessoa ou a
destituiria do direito? Sem hipocrisia é claro que sabemos que o despejo seria
a resposta de todos nós. Então, se nós que ainda adoramos um tal de “jeitinho
brasileiro”, se nós que relevamos muitas falhas, se nós que somos falhos,
tiraríamos a pessoa da casa aos berros, porque queremos acharmos no direito de receber
a casa do céu que Deus tem para todos, se não conservamos a casa na terra? De
que casa estamos falando? A nossa casa, o nosso corpo (leia 1 Coríntios 6:19).
Deus
nos formou, nos deu vida e nos deu regras para conservarmos este corpo, esta
vida. Ele nos fez com zelo e amor. Viu nossa formação com os olhos brilhando.
Constituiu em nós coisas maravilhosas e perfeitas. E nos deu a chave para
cuidarmos desta casa do Seu Espírito. Porém não usamos Suas regras. Vimos que
há muitas outras coisas que podem ser feitas. Usamos nosso corpo para
satisfazer nossas vontades, ainda que as regras da casa não permitam. Cigarros,
bebidas, sexo fora do casamento, traição, maldade, fofoca, drogas, brigas,
falta de perdão, mentiras e muito mais, assim vamos entulhando a casa que Deus
nos deu. Aos poucos a grama vai secando, aos poucos o capim vai tomando conta. Aos
poucos vamos dando jeitinhos. Aos poucos as paredes vão ganhando rabiscos. A
casa vai se transformando e mal percebemos. Nem percebemos o cheiro de podre
que toma conta da casa. Tudo o que queremos é usar e abusar do que a casa pode
oferecer. Queremos mesmo são as festas, as orgias. Queremos mesmo é nos
deliciar na piscina do pecado e não nos importamos mais com a água esverdeada.
Os portões já ficam abertos todos os dias para aqueles que vem com diversão.
Agora
sejamos ao menos uma vez na vida sinceros e francos conosco. Há como crer de que
no dia em que Jesus voltar para ver a casa, teremos lugar no céu? “Segui a paz com todos e a santificação, sem
a qual ninguém verá o Senhor.” (Hebreus 12:14). Não há jurisprudência. Não
há jeitinho. Não há asterisco. Não há linhas menores. Não há definitivamente
nada que nos leve ao céu que não seja a santificação a Deus. E o que é
santificação? Resumido. Ler as regras da casa e segui-la.
Como
está sua casa hoje? Qual o tapete que esconde a sujeira dos seus pecados? O que
há no porão da sua casa? Hoje decida olhar o manual, ainda dá tempo de arrumar
a casa. Não deixe para o último dia o que deve ser feito hoje. Pare de
acreditar que Deus é bonzinho demais para aceitar tantos erros. Deus é amor,
mas também é justiça. Acreditar que nossa casa suja nos levará ao céu é o mesmo
que crer que pular sem pára-quedas não nos levará á morte.
“Pois eis que vem o dia e arde como
fornalha; todos os soberbos e todos os que cometem perversidade serão como
restolho; o dia que vem os abrasará, diz o Senhor dos Exércitos, de sorte que
não lhes deixará nem raiz nem ramo.”
Malaquias 4:1
Nenhum comentário:
Postar um comentário