quarta-feira, 1 de julho de 2015

Um amor incompreensível

            “Ó profundidade da riqueza, tanto da sabedoria como do conhecimento de Deus! Quão insondáveis são os Seus juízos, e quão inescrutáveis, os Seus caminhos!” (Romanos 11:33). É com isto em mente que nós devemos começar a entender de que o amor de Deus por nós é incompreensível. Ele nos amou não por merecimento, não porque um dia resolvemos buscar Sua face, não porque em dado momento da história o homem descobriu que Ele existia, Deus nos amou porque Ele nos formou, porque Ele nos deu a vida.
            Há sempre o dilema humano de buscar compreender este amor. Este amor que tudo suporte, este amor que tudo espera, este amor que se sacrifica. Buscamos entender como Alguém chamado “o Todo Poderoso”, conhecido como o Altíssimo, Senhor dos senhores, Rei dos reis, criador de todas as coisas, simplesmente decidiu que amaria o pó da galáxia. Como entender tal amor?! Como compreender um amor que ama mesmo antes de ser amado?! Como explicar um amor tão grande por alguém que não pode oferecer nada?! Como explicar um amor por quem nem mesmo O ama?!
            Sim, tudo muito complicado. Mas nos emaranhados de nosso ser, no meio de nossa vida caótica Deus revelou uma porção deste amor. “Qual dentre vós é o pai que, se o filho lhe pedir pão, lhe dará uma pedra? Ou se pedir um peixe, lhe dará em lugar de peixe uma cobra?” (Lucas 11:11); “Acaso, pode uma mulher esquecer-se do filho que ainda mama, de sorte que não se compadeça do filho do seu ventre? Mas ainda que esta viesse a se esquecer dele, Eu, todavia, não me esquecerei de ti.” (Isaías 49:15).
            Poderíamos gerar filhos em laboratório. Poderíamos ter filhos vindo pela cegonha. Poderíamos comprar filhos em lojas especializadas. Porém, Deus decidiu que, por amor, nos daria uma porção daquilo que Ele sente por nós. Mães sabem o que descrevem estas palavras. Pais também. E até mesmo quem não tem filhos consegue enxergar essa luz Divina.
            Reflita. Qual é a mãe que o filho preso é um bandido? Para ela, ele sempre será somente seu filho. Qual é o pai que vendo seu filho se perder no mundo das drogas o vê como um drogado? Para ele, sempre será apenas o seu filho. Pais e mães não abandonam seus filhos. Ainda que a sociedade diga que eles não prestam, o amor não cessa. Qual é  a mãe ou o pai que não daria a vida pelo seu filho?! Basta catalogar os inúmeros “sim” nos leitos de hospitais e saberíamos a resposta.
            Então, se nós, que somos seres egoístas, que desejamos tanto o nosso bem próprio, que temos dificuldade em amar o próximo, podemos ter tanto amor, o que dirá de Deus?! Ele nos ama. Ele te ama. Ainda que só existisse uma pessoa neste mundo perdida, lá estaria Jesus para fazer tudo o que fez, apenas por uma pessoa.
            O mundo que colocamos sempre como um lugar que deve dar valor e liberdade para as várias formas de amor na verdade não compreende o que é um amor verdadeiro. Ainda não conseguimos chegar nesse nível de entendimento. Cremos que amor está na liberdade quando na verdade ele está no sacrifício do dia a dia. O amor não está em se dar tudo, mas se doar ao máximo. O amor não está em permitir que todas coisas sejam feitas, mas em dar ordem e decência. Deus nos deu o direito de aprender sobre o amor, mas estamos nos reprovando nesta matéria todos os dias. Deus nos ama de tal forma que todos os dias apenas espera que nos lembremos Dele. Deus nos ama e espera pacientemente que O amemos. Não jogue este amor fora. Não se permita viver sem este amor. Você viveria sem o amor de seus pais? Você viveria sem o amor de seu(s) filho(s)? Então porque Deus ainda não é seu amor?!

“Mas Deus prova o Seu próprio amor para conosco pelo fato de ter Cristo morrido por nós, sendo nós ainda pecadores.”

Romanos 5:8



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