quinta-feira, 31 de março de 2016

Um grande amor

            Muitos de nós por vezes não conseguimos compreender o amor de Jesus. “Como assim, Deus envia Seu próprio Filho?”; “Como pode um homem suportar tanta dor e cravos entre as mãos e os pés por mim?!”; Sim, é tudo muito “exagerado” aos nossos olhos. Como entender que um Rei se fez pobre? Como entender que um Santo se fez profano? Como relacionar tudo isso em nossa mente quando ela por si só impõe os nossos limites de amor que estão no coração!?
            Muitos se atentam a toda esta entrega de amor apenas ao momento em que Cristo é interrogado pelos homens no Sinédrio. Olhando somente a partir deste ponto perdemos algo maravilhoso. No Getsêmani foi onde todo ato de amor e entrega se iniciou. Foi lá que Jesus mostrou e não deixou dúvidas do quanto nos amava e do quanto estaria sempre intercedendo por nós. Somos bilhões de pessoas, porém, naquele jardim fomos representados pelos discípulos. Cada qual com suas expectativas. Cada qual com seus desejos e anseios. Cada qual com suas dúvidas. O Getsêmani foi muito mais do que um simples momento. Ali representa séculos e séculos de vidas. Ali, em poucas horas toda a humanidade do momento e do porvir estava sendo demonstrada. Desde os que lutam por Jesus como Pedro, passando pelos que traem Jesus como Judas até aos que só o conhecem no final como o soldado da orelha cortada.
            E todo amor de Jesus é exalado como o bom perfume naquele jardim. Mesmo num momento de tanta tensão, ainda assim, Ele não se preocupou consigo mesmo, mas sim, somente com quem estava com Ele. “[...]se é a mim, pois, que buscais, deixai ir estes;” (João 18:8). Ele sabia que a prisão era para Si, mas também tinha amplo conhecimento que a prisão de seus apóstolos desfaleceria ao coração de muitos. Mesmo sabendo o que estava por vir, todo sofrimento que Ele teria de suportar, ainda assim, Jesus não poupou pensamento e vontade de interceder e livrar aqueles que estavam com Ele.
            Num mundo onde vivemos apenas pelos nossos benefícios, onde encontramos espaço em nós para fazer o benefício ao próximo? Será que nossos problemas são tão problemas mesmo? Ou será que apenas buscamos situações para nos acomodar e dar validade ao nosso “eu”? Será que nos momentos de simples aflição, conseguimos pensar no bem do próximo? Claro que não. Ainda somos galáxias distantes deste altruísmo de Cristo. Em muitos casos, só ajudamos e pensamos no próximo quando nossa maré está mansa, quando tudo vai bem, quando não colocamos nossos problemas a vista dos outros. Jesus não. Jesus jamais pensou em Si, sempre pensou em nós. Seu amor e dedicação por nós foi algo que jamais se viu na face da terra.
            Ainda hoje Ele pensa e intercede por nós. Ainda hoje Ele faz o mesmo que fez com o soldado, devolve-lhe a orelha cortada. Ele não se importa com a situação que vivemos, só se importa se O queremos receber ou não. Discípulo ou soldado? O que você é?! Em qual perfil você se encaixa? O grande amor de Deus é tão grande por nós que ele vem do Éden até o Getsêmani.

“Então, lhes disse Jesus: Já vos declarei que sou eu; se é a mim, pois, que buscais, deixai ir estes;”

João 18:8







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