segunda-feira, 11 de abril de 2016

Pratique o amor

            O apóstolo Paulo em sua carta á igreja de Corinto faz uma descrição sobre uma prática de grande importância para os cristãos do mundo até hoje, a ceia (leia 1 Coríntios 11:17-34). Infelizmente Paulo vem a descobrir algo entristecedor. A igreja era formada por pobres e ricos. Era muito comum os membros da igreja com posse levarem á igreja banquetes, enquanto outros passavam fome. Havia dentro da própria igreja a falta de amor, de altruísmo. De um lado uns comiam e bebiam fartamente, de outros a fome imperava. A escrita de Paulo vai muito além apenas de demonstrar a forma correta de se praticar a ceia, Paulo busca mostrar o princípio básico do cristianismo, o amor, á Deus e ao próximo. João também faz uma excelente demonstração do amor verdadeiro (leia 1 João 4:7-21) e declara, quem diz amar a Deus e não ama seu próximo, verdadeiramente não ama á Deus (leia 1 João 4:8).
            O amor não é algo que está ligado ao quanto recebemos. Ele simplesmente deve ser demonstrado e dado, é uma oferta total. Não se ama porque alguém pode nos dar algo, se ama porque queremos dar algo.
            Deus fez isto conosco. Deu todo Seu amor mesmo sem receber nada. Mesmo depois de tantas traições, mesmo depois de tantas vezes a humanidade virar-se de costas para Deus, ainda assim Ele concedeu graça e amor ao enviar Jesus. Em todo Seu tempo vivido entre nós Jesus não esperou por 1 segundo sequer uma demonstração de amor para que houvesse retribuição. Em todas as vezes Ele agiu primeiro, Ele amou primeiro. Na cruz Jesus poderia ter milhares de pessoas chorando Seu sacrifício, cinco apenas O acompanhavam em Seu martírio. Na cruz Cristo poderia ter deixado de amar aqueles que o pregaram, Ele decidiu amar: “[...]Pai, perdoa-lhes, porque não sabem o que fazem.[...]” (Lucas 23:34).
            O amor verdadeiro não é ciumento, não se envaidece, não se sufoca e não se espera retribuição. O verdadeiro amor é a chave e a prática de toda Lei de Deus. Quem pratica o amor pratica os mandamentos de Deus.
            Num mundo onde o amor está cada vez mais perdido, será que estamos amando? Será que tudo que Deus está nos dando, estamos fazendo bom uso com amor? Será que nos recordamos de quem precisa de nós? Estamos distribuindo nosso conhecimento? Estamos sendo justos nos preços que cobramos? Será que visualizamos apenas nosso bem estar ou o de todos? O amor define nosso caráter. Nenhuma pessoa que ama verdadeiramente o próximo possui condutas ou desvio de caráter, pois todas são semelhança de Deus. Até onde auxiliamos nosso próximo em suas necessidades? Será que estamos como Corinto? Preocupados apenas com nosso estômago enquanto muitos passam fome? Fome de amor?
            Sejamos mais amorosos, mais respeitosos, mais preocupados em fazer o bem a todos. Que possamos praticar o verdadeiro amor. O amor que não cobra. O amor que simplesmente ama. O amor que não espera, o amor que semeia. O amor que se felicita com a alegria do outro. Que possamos amar de verdade!

“Porque, ao comerdes, cada um toma, antecipadamente, a sua própria ceia; e há quem tenha fome, ao passo que há também quem se embriague.”
1 Coríntios 11:21



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