O
apóstolo Paulo em sua carta á igreja de Corinto faz uma descrição sobre uma
prática de grande importância para os cristãos do mundo até hoje, a ceia (leia
1 Coríntios 11:17-34). Infelizmente Paulo vem a descobrir algo entristecedor. A
igreja era formada por pobres e ricos. Era muito comum os membros da igreja com
posse levarem á igreja banquetes, enquanto outros passavam fome. Havia dentro
da própria igreja a falta de amor, de altruísmo. De um lado uns comiam e bebiam
fartamente, de outros a fome imperava. A escrita de Paulo vai muito além apenas
de demonstrar a forma correta de se praticar a ceia, Paulo busca mostrar o
princípio básico do cristianismo, o amor, á Deus e ao próximo. João também faz
uma excelente demonstração do amor verdadeiro (leia 1 João 4:7-21) e declara,
quem diz amar a Deus e não ama seu próximo, verdadeiramente não ama á Deus
(leia 1 João 4:8).
O
amor não é algo que está ligado ao quanto recebemos. Ele simplesmente deve ser
demonstrado e dado, é uma oferta total. Não se ama porque alguém pode nos dar
algo, se ama porque queremos dar algo.
Deus
fez isto conosco. Deu todo Seu amor mesmo sem receber nada. Mesmo depois de tantas
traições, mesmo depois de tantas vezes a humanidade virar-se de costas para
Deus, ainda assim Ele concedeu graça e amor ao enviar Jesus. Em todo Seu tempo
vivido entre nós Jesus não esperou por 1 segundo sequer uma demonstração de
amor para que houvesse retribuição. Em todas as vezes Ele agiu primeiro, Ele
amou primeiro. Na cruz Jesus poderia ter milhares de pessoas chorando Seu
sacrifício, cinco apenas O acompanhavam em Seu martírio. Na cruz Cristo poderia
ter deixado de amar aqueles que o pregaram, Ele decidiu amar: “[...]Pai, perdoa-lhes, porque não sabem o que
fazem.[...]” (Lucas 23:34).
O
amor verdadeiro não é ciumento, não se envaidece, não se sufoca e não se espera
retribuição. O verdadeiro amor é a chave e a prática de toda Lei de Deus. Quem
pratica o amor pratica os mandamentos de Deus.
Num
mundo onde o amor está cada vez mais perdido, será que estamos amando? Será que
tudo que Deus está nos dando, estamos fazendo bom uso com amor? Será que nos
recordamos de quem precisa de nós? Estamos distribuindo nosso conhecimento?
Estamos sendo justos nos preços que cobramos? Será que visualizamos apenas
nosso bem estar ou o de todos? O amor define nosso caráter. Nenhuma pessoa que
ama verdadeiramente o próximo possui condutas ou desvio de caráter, pois todas
são semelhança de Deus. Até onde auxiliamos nosso próximo em suas necessidades?
Será que estamos como Corinto? Preocupados apenas com nosso estômago enquanto
muitos passam fome? Fome de amor?
Sejamos
mais amorosos, mais respeitosos, mais preocupados em fazer o bem a todos. Que
possamos praticar o verdadeiro amor. O amor que não cobra. O amor que
simplesmente ama. O amor que não espera, o amor que semeia. O amor que se
felicita com a alegria do outro. Que possamos amar de verdade!
“Porque, ao comerdes, cada um toma,
antecipadamente, a sua própria ceia; e há quem tenha fome, ao passo que há
também quem se embriague.”
1
Coríntios 11:21
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