quarta-feira, 25 de maio de 2016

De pais para filho

                Samuel foi o maior profeta e juiz que Israel teve. Relacionava-se com Deus como quem hoje se relaciona com um whatsapp. Tinha temor em seu coração. Suas direções nunca eram na verdade suas, todas vinham antes de Deus. Ainda assim, Samuel viu seus filhos serem os protagonistas do motivo que levou os israelitas pedirem um rei (leia 1 Samuel 8:1-22). Davi foi o maior rei que Israel já teve. Foi considerado pelo próprio Deus como sendo “segundo o Seu coração”. É autor de grande parte do livro de Salmos. Matou Golias, trouxe a arca da aliança de volta para Israel. Fez com que as profecias sobre Jesus dissessem “raiz de Davi”. Porém, seus filhos não foram iguais ao pai. Davi viu irmão estuprando irmã, irmão matando irmão, viu seu próprio filho se rebelar e tentar matá-lo. O rei Ezequias seguiu os mandamentos e estatutos de Deus. Amava e temia ao Senhor. Certo dia estando doente recebeu do profeta Isaías a mensagem de que iria morrer. Orou a Deus e conseguiu mais 15 anos de vida. Porém, após morrer, seu filho Manassés foi pior do que qualquer rei que já havia passado por Israel. Novamente Israel vinha a ter um rei sem temor á Deus.
                Será que realmente não temos como controlar os passos de nossos filhos quando eles chegarem na fase da vida onde o que vale são suas escolhas? Será que realmente nossos filhos estão tão a mercê assim da vida? Hoje, muitas pessoas são adeptas do pensamento de que não, de que cada indivíduo tem os seus próprios caminhos e suas próprias escolhas. Assim, encobrimos uma verdade. Criamos um argumento para os desvios de conduta de nossos filhos.
                É evidente que o caminhar de cada ser humano é algo muito próprio. Cada um decide seus caminhos. Cada qual é responsável direto por seus atos. Todavia, os pais possuem sim uma responsabilidade – muito grande por sinal – sobre seus filhos e os caminhos que eles vão seguir.
                O problema dos pais é a má qualidade do tempo para com seus filhos. Pais tementes a Deus creem que apenas levar seus filhos á igreja já basta. Esquecem-se de que eles é quem devem mostrar o caminho todo aos filhos. Outros pais vivem uma vida interessante. Passam anos desejando um filho, quando o filho vem, logo os abandonam em creches ou em casa de familiares para que eles possam retornar aos seus trabalhos e dar o “melhor para seus filhos”. Claro que existem casos de necessidade, mas hoje, vivemos em uma sociedade onde o consumo é cada vez mais exorbitante, vivemos tempos onde o supérfluo já virou necessidade. E assim, muitos pais deixam seus filhos para serem educados por celulares, vídeo-games, internet, presentes e, o pior de tudo, as amizades do mundo.
                É responsabilidade sim dos pais levarem seus filhos a conhecer os caminhos de Deus. Fugir desta ordenança é fugir do próprio Deus. (leia Deuteronômio 6:7). Filhos são herança de Deus para os pais, ou seja, Deus cobrará dos pais os caminhos que os filhos tiveram. Podemos até ver nossos filhos se entrelaçando por caminhos que não são retos e justos aos olhos de Deus, mas é nosso dever inserir em seus corações o amor e o temor ao Senhor. Podemos até ver nossos filhos fazerem escolhas erradas, mas nunca devemos nos abster de não mostrar o caminho certo. Fugir desta ordenança Divina é falhar no ponto central da educação de nossos filhos.
                Que possamos hoje olhar para nossos filhos e ver em seus olhos a necessidade primária de conhecerem á Deus. Não praticar o ensino de quem é Deus é condená-los á morte espiritual ainda quando crianças. A maior demonstração de amor que pais podem fazer por seus filhos não são muitos presentes, muitas viagens e uma vida confortável, o maior amor está em exatamente leva-los ao amor de Deus.

“Estas palavras que, hoje, te ordeno estarão no teu coração; tu as inculcarás a teus filhos, e delas falarás assentado em tua casa, e andando pelo caminho, e ao deitar-te, e ao levantar-te.”

Deuteronômio 6:6-7



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