quinta-feira, 16 de abril de 2015

A raspadinha do céu

                “Tendo Jesus entrado no templo, expulsou todos os que ali vendiam e compravam; também derribou as mesas dos cambistas e as cadeiras dos que vendiam pombas. E disse-lhes: Está escrito: A minha casa será chamada casa de oração; vós, porém, a transformais em covil de salteadores.” (Mateus 21:12-13). Aqui temos o início da igreja da prosperidade. Engana-se quem pensa que Deus começou a ser “comercializado” nos últimos anos. Fato é que a prática continua, e sim, de uma forma crescente. Muito desta “prosperidade” da busca pelo Deus da “prosperidade” não se deve pelos pregam tais palavras, mas sim pelos que “compram” e buscam tais palavras.
                No início da nossa geração vendiam-se lotes no céu, hoje, o céu está tão cheio que não tem mais lote. Erro. O céu não está cheio, o que há é que as pessoas nem mesmo querem mais saber do céu, apenas da terra. Vivemos em um coma profundo espiritual. Buscamos apenas as realizações do mundo. Queremos carros, imóveis, viagens, dinheiro e tudo o que a vida pode nos oferecer. Então descobrimos que Deus promete isso, ou pelo menos, é o que alguns alegam ser. Palavras bíblicas não faltam para os que pretendem vender esta imagem de Deus. Marketing divino é algo que dá lucro. Igrejas lotam na busca das palavras da prosperidade. Não vemos mais a palavra de Deus sendo pregada, vemos sim a pregação da riqueza. Sempre temperadas com fé, esperança e crença, tudo divinamente justificado. Há ainda os mais egocêntricos, que tem a plena convicção de que Deus não é Deus, e sim um serviçal com poderes para realizar seus desejos, por isso, afirmam àqueles que os ouvem de que Deus tem a obrigação de prosperar suas vidas. É tanto besteirol que isso nos dá o entendimento do porque Jesus disse: “Assim, porque és morno e nem és quente nem frio, estou a ponto de vomitar-te da minha boca;” (Apocalipse 3:16).
                Se na época de Jesus vendiam-se pombas para o sacrifício no templo, hoje as vendas são das fronhas, lenços, martelinhos e tudo que for objeto que possa trazer algum benefício neste mundo. Mas será que alguém já questionou algum destes deuses sobre o que Deus quer dizer quando diz: “Infiés, não compreendeis que a amizade do mundo é inimiga de Deus? Aquele, pois, que quiser ser amigo do mundo constitui-se inimigo de Deus.” (Tiago 4:4).
                Prosperidade Divina? Sim, Deus garante isto. Aliás, para quem verdadeiramente conhece a Deus sabe que a prosperidade já nos foi dada. É, talvez 1.000.000.000.000.000.000.000.000.000.000.000 multiplicado por 1.000.000.000.000.000.000.000.000.000.000.000.000.000.000.000.000.000.000.000.000.000. e acrescido de juros composto de 1.000.000.000.000.000.000.000.000.000.000.000.000.000.000.000.000.000.000, mais o bônus diário de 1.000.000.000.000.000.000.000.000.000.000.000.000.000.000.000.000.000.000.000  de anos no céu sejam para muitos de nós muito pouco. Quando Jesus pagou numa cruz de morte o preço de nossa própria morte Ele automaticamente praticou a maior prosperidade que alguém possa ter. Não acumule riquezas na terra (leia Mateus 6:19-21). Lembremos hoje de um exemplo. Hebe Camargo. Construiu fama e riqueza. Era rica, tinha bens de grande valor. Muitos carros e muitas jóias faziam parte de sua vida. Então responda a si, o que foi enterrado com ela?
                Não há maior prosperidade do que a sua salvação, a sua eternidade. Seja grato á Deus pelo que você tem hoje. Busque verdadeiramente a riqueza do céu. Se ele pode te fazer ser rico? Sim, mas este não é o plano. Este nunca foi o objetivo. Se você pudesse escolher, ser rico por 1 segundo ou por 1 milênio, qual seria sua escolha? Então porque você continua a buscar diariamente a riqueza do segundo?

Um dia abençoado.

“Digo isto, não por causa da pobreza, porque aprendi a viver contente em toda e qualquer situação. Tanto sei estar humilhado como também ser honrado; de tudo e em todas as circunstâncias, já tenho experiência, tanto de fartura como de fome; assim de abundância como de escassez;”

Colossenses 4:11-12




Nenhum comentário:

Postar um comentário