quinta-feira, 30 de abril de 2015

Entre tapas e beijos

                Prometo lhe ser fiel. Prometo te amar. Na alegria e na tristeza. Na saúde e na doença. Na riqueza e na pobreza. Até que a morte nos separe. Homem e mulher. Mãos dadas. Sorrisos largos. Lágrimas sendo contidas. Emoção na ponta da garganta. E estas palavras são ditas. Na presença e com a bênção de Deus fazemos uma aliança a três (esposo, esposa e Deus). Porém, é cada dia mais corriqueiro que este empenho da palavra seja lançado fora, assim como o buquê.
                No dia a dia somos amplamente testados em nosso compromisso. Fidelidade? Há sempre uma amiga nova do trabalho que é mais elegante, charmosa e simpática que a esposa. Há sempre um homem que ouve melhor que o marido. E afinal de contas, “jantar fora de casa” não é tão ruim assim, não é mesmo?! Amor? O amor é motivado pelos momentos bons. Afinal, quando nos sentimos injustiçados o amor escoa pelo ralo. Não amamos verdadeiramente, apenas buscamos alguém que possa satisfazer momentos. Na tristeza? Na doença? Só se for com uma cólica, uma dor de cabeça leve ou algumas dores de vez em quando. Afinal, hospitais são sempre terríveis demais. Na pobreza? Como não poder ter uma roupa bonita? Como não poder sair para comer fora? Como não poder viajar de vez em quando? Na pobreza, só se for no fim do mês, e olhe lá.
                E assim vivemos os casamentos dos dias atuais. Duas pessoas que se juntam para serem felizes, e não fazerem felizes. Se há algo que nos falta, então buscamos na rua. Deixamos de lado os votos, o empenho de nossa palavra, o compromisso firmado diante de Deus e tudo porque a vida nos ensina de que precisamos ser felizes, não importa o que seja necessário. Esquecemos o que for necessário. Sacrificamos nossos filhos, e tudo porque queremos ser felizes, queremos ter prazer.
                Há pouco tempo foi lançado mais um grande livro do grande autor Paulo Coelho. O nome do livro é bem sugestivo. “Adultério”. O livro, resumidamente, conta a história de uma mulher, casada, que após um tempo descobre que ela pode ser feliz no seu casamento, desde que mantenha seus encontros com o amante. Sim, as vendas estão indo bem. As críticas melhor ainda. E isto nos mostra como nossa sociedade perdeu todo sentido de um casamento, de família. O livro nada mais é do que um retrato de corpo inteiro do que muitos pensam e vivem no dia de hoje.
                Deus jamais planejou casamentos para dar errado. Deus jamais sonhou com famílias destruídas, filhos que tem 2 pais ou 2 mães. Nunca foi da intenção de Deus abençoar um casamento para que um divórcio aconteça. Aliás, está palavra não constava no dicionário Divino. O seu casamento sempre foi muito bem planejado por Deus. Em todo tempo Ele sonhou com cada detalhe da sua família, até mais que você. Deus não é e nunca foi apenas um cerimonialista. Seus planos sempre foram além dos votos, da festa, da viagem de lua de mel e do buquê. Houve sempre em Deus o desejo de que a sua família se fizesse como base para uma sociedade voltada para Ele, com alegria, bênção e prosperidade. Não há para Deus casamentos destruídos que não possam ser reconstruídos. O seu casamento não foi planejado por Deus para se tornar numa catástrofe. Hoje dê o primeiro passo de um casamento feliz. Não queira ser feliz, queira fazer feliz. Seja fiel perto ou longe. Seja alegre com o que tem. Ame. Seu casamento não é caso perdido. Centralize seu casamento não na vontade de um, mas na vontade de Deus. Entre tapas e beijos, Deus os abençoou para viverem juntos, até que a morte os separe.

Um dia abençoado.

“Pôe-me como selo sobre o teu coração, como selo sobre o teu braço, porque o amor é forte como a morte, e duro como a sepultura, o ciúme; as suas brasas são brasas de fogo, são veementes labaredas.”

Cânticos dos Cânticos 8:6




Nenhum comentário:

Postar um comentário