Aprendi a dar valor á chuva. Aprendi
a considerar bem os dias úmidos. Aprendi a ver beleza nas muitas gotas. Aprendi
a saber dar valor no sol, e na chuva também. Aprendi a agradecer e louvar a
Deus por cada trovão que insinua a chuva chegando. Isso tudo veio após um longo
tempo de escassez de chuva em nossa terra. Aprendi a dar valor ao tempo que
antes considerava chato.
Assim também deve ser nossa vida com
nossos dilemas e problemas. Devemos procurar dar valor a cada um. Muitos de nós
passam por dias complicados, em que o sol da liberdade e da alegria parece não
querer nos aparecer. Olhamos para o céu escuro de nossa vida com um olhar
triste e apenas desejamos que tudo isto passe. Nos esquecemos de olhar para
tudo que está a nossa volta. Nos esquecemos de observar de que para que
tenhamos um lindo arco-íris, antes é preciso ter a chuva. Deletamos de nossa
mente de que as flores e os melhores frutos de nossa vida só vem depois de
abundante chuva.
E assim também é nossa vida. Nossas
grandes batalhas e dificuldades não vem para nos inundar e afogar, mas sim para
que tenhamos uma colheita farta. Muitas doenças não são para a morte, mas para
que Deus mostre o Seu amor, cuidado, poder, soberania e faça em nós o Seu
milagre (leia João 11:1-45). A falta de alimento em nossa casa não é para nos
envergonhar diante as pessoas, mas sim para mostrar que Deus é quem traz a
provisão sobre nossa casa (leia Mateus 12:9-14). Nossos relacionamentos “quebrados”
não nos é para nos deixar só a vida toda, mas para nos esclarecer de que apenas
Jesus supri todas nossas necessidades (leia João 4:1-30). Os nossos muitos
pecados não são para nos afastar de Deus, mas sim para nos fazer entender que
somos pobres, miseráveis e necessitados da graça de Jesus (leia Marcos 2:15-17).
Certo dia Paulo e Silas foram
presos. Apanharam. Ambos poderiam naquela noite estarem chorando e erguendo as
mãos aos céus para dizer: “ó Senhor, porque nos permite isto. Somos teus servos
fiéis.”; porém os dois resolveram não olhar para a tempestade que aplacava suas
vidas. Eles sabiam que era o Deus a quem eles serviam. E assim louvaram. Paulo
e Silas compreendiam que nenhuma lágrima cai de nossos olhos sem um propósito
de Deus. Paulo mesmo escreveu no capítulo 8 de Romanos o grande entendimento
que tinha sobre isto, destacando: “Sabemos
que todas as coisas cooperam para o bem daqueles que amam a Deus, daqueles que
são chamados segundo o seu propósito.” (v. 28); “Que diremos, pois, à vista destas coisas? Se Deus é por nós, quem será
contra nós?” (v. 31).
Hoje que sejamos como Paulo. Que
olhemos para os grilhões que ainda tentam nos deixar rendidos ao chão e
saibamos que eles não são eternos em nossas vidas. Toda chuva deve ser farta,
mas um dia o sol virá. Que olhemos ao nosso redor e saibamos reconhecer com
mais alegria os momentos que passamos. Que sejamos não pedintes de milagres,
mas adoradores do que ainda está por vir. Que olhemos para o alto. Assim como
temos a certeza de que o sol se esconde por trás das nuvens, que assim também
tenhamos a convicção de que Deus está agindo em nosso favor. Creia. Tenha fé.
Confie em Deus. Lindos frutos estão nascendo em nossas tempestades.
“Por volta da meia-noite, Paulo
e Silas oravam e cantavam louvores a Deus, e os demais companheiros de prisão
escutavam.”
Atos 16:25
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