domingo, 28 de fevereiro de 2016

Louve na tempestade

            Aprendi a dar valor á chuva. Aprendi a considerar bem os dias úmidos. Aprendi a ver beleza nas muitas gotas. Aprendi a saber dar valor no sol, e na chuva também. Aprendi a agradecer e louvar a Deus por cada trovão que insinua a chuva chegando. Isso tudo veio após um longo tempo de escassez de chuva em nossa terra. Aprendi a dar valor ao tempo que antes considerava chato.
            Assim também deve ser nossa vida com nossos dilemas e problemas. Devemos procurar dar valor a cada um. Muitos de nós passam por dias complicados, em que o sol da liberdade e da alegria parece não querer nos aparecer. Olhamos para o céu escuro de nossa vida com um olhar triste e apenas desejamos que tudo isto passe. Nos esquecemos de olhar para tudo que está a nossa volta. Nos esquecemos de observar de que para que tenhamos um lindo arco-íris, antes é preciso ter a chuva. Deletamos de nossa mente de que as flores e os melhores frutos de nossa vida só vem depois de abundante chuva.
            E assim também é nossa vida. Nossas grandes batalhas e dificuldades não vem para nos inundar e afogar, mas sim para que tenhamos uma colheita farta. Muitas doenças não são para a morte, mas para que Deus mostre o Seu amor, cuidado, poder, soberania e faça em nós o Seu milagre (leia João 11:1-45). A falta de alimento em nossa casa não é para nos envergonhar diante as pessoas, mas sim para mostrar que Deus é quem traz a provisão sobre nossa casa (leia Mateus 12:9-14). Nossos relacionamentos “quebrados” não nos é para nos deixar só a vida toda, mas para nos esclarecer de que apenas Jesus supri todas nossas necessidades (leia João 4:1-30). Os nossos muitos pecados não são para nos afastar de Deus, mas sim para nos fazer entender que somos pobres, miseráveis e necessitados da graça de Jesus (leia Marcos 2:15-17).
            Certo dia Paulo e Silas foram presos. Apanharam. Ambos poderiam naquela noite estarem chorando e erguendo as mãos aos céus para dizer: “ó Senhor, porque nos permite isto. Somos teus servos fiéis.”; porém os dois resolveram não olhar para a tempestade que aplacava suas vidas. Eles sabiam que era o Deus a quem eles serviam. E assim louvaram. Paulo e Silas compreendiam que nenhuma lágrima cai de nossos olhos sem um propósito de Deus. Paulo mesmo escreveu no capítulo 8 de Romanos o grande entendimento que tinha sobre isto, destacando: “Sabemos que todas as coisas cooperam para o bem daqueles que amam a Deus, daqueles que são chamados segundo o seu propósito.” (v. 28); “Que diremos, pois, à vista destas coisas? Se Deus é por nós, quem será contra nós?” (v. 31).
            Hoje que sejamos como Paulo. Que olhemos para os grilhões que ainda tentam nos deixar rendidos ao chão e saibamos que eles não são eternos em nossas vidas. Toda chuva deve ser farta, mas um dia o sol virá. Que olhemos ao nosso redor e saibamos reconhecer com mais alegria os momentos que passamos. Que sejamos não pedintes de milagres, mas adoradores do que ainda está por vir. Que olhemos para o alto. Assim como temos a certeza de que o sol se esconde por trás das nuvens, que assim também tenhamos a convicção de que Deus está agindo em nosso favor. Creia. Tenha fé. Confie em Deus. Lindos frutos estão nascendo em nossas tempestades.

“Por volta da meia-noite, Paulo e Silas oravam e cantavam louvores a Deus, e os demais companheiros de prisão escutavam.”

Atos 16:25



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