Os
super-heróis sempre precisaram juntar forças para derrotar vilões mais fortes.
Assim temos a Liga da Justiça (DC Comics) e Os Vingadores (Marvel). E no meio
destas uniões houveram vezes em que vilões mais sagazes se colocavam com
sabedoria. Utilizavam meios, situações e circunstâncias para desestabilizar
tais uniões. E no início, com a briga entre os heróis, os vilões sempre
conseguiam se sobressair. Mas, no mundo de faz de conta os heróis sempre se
perdoavam, juntavam-se novamente e conseguiam dar a volta por cima do vilão.
Tudo
até parece muito ficção, muito faz de conta, mas, mais uma vez a ficção mostra
a realidade humana. Quantas não são as vezes em que nossos relacionamentos são “trincados”,
ou até mesmo totalmente dissolvidos? Amizades, companheirismos e romances que
se mostravam tão fortes de um dia para a noite, deixam de existir. Pessoas que
juntas eram mais fortes e que então, algo traz a desunião. Passados cheios de
alegria que num simples segundo se perde no mar da frustração, da mágoa e da
falta do perdão. Basta olharmos para nossa vida e então iremos descobrir
quantas pessoas que deixamos de nos relacionar porque em algum momento da vida
algo aconteceu. E talvez, se observarmos atentamente, veremos que deixamos por
muitas vezes, pessoas que nos eram importantes, que nos tornavam mais fortes.
Paulo
certa vez diz: “Não vos torneis causa de
tropeço[...]” (1 Coríntios 10:32). Diante tanto ensinamento, há duas coisas
que podemos reter em nossos pensamentos sobre isso. 1- Nós causamos o tropeço
de alguém. Com nossas falhas e nossa vida cheia de razão por muitas vezes
causamos tristezas em pessoas. Cremos tanto ter o cetro da razão em nossas mãos
que agimos de forma tal que pessoas perdem a confiança não só em nós, mas em
pessoas em geral. E por vezes, nosso orgulho nos faz com que nos achemos o dono
da razão, tendo assim o afastamento de quem não era para se afastar de nós.
Podemos ainda distanciar pessoas de Deus por nossos atos impensáveis. Podemos
criar tamanha ruptura entre uma pessoa e Deus que ela mesma levará anos para se
relacionar novamente com Deus. E dentre isto e muitas outras coisas viramos a
pedra que derruba pessoas; 2- Nós causamos o nosso próprio tropeço com as
pessoas. Isso é causado quando nos esquecemos de que também somos falhos, de
que também erramos, então colocamos nos outros a perfeição que nós não temos.
Tropeçamos muito mais por uma falta de visão da carência humana de sabedoria do
que propriamente pelos atos ocorridos.
Algo
importante também a se pensar. Paulo diz “pedra”. Ele não nos coloca algo
visivelmente grande, ele nos indica algo pequeno. E são as pequenas coisas que
destroem as grandes. São com as pequenas coisas que fazemos o chamado “bola de
neve”. Ostentamos as pedras e nos esquecemos muitas vezes de olhar para a
montanha.
A
realidade é triste mas é nossa realidade. Quantos casamentos não foram destruídos
por uma “pedra”? Quantas amizades sólidas não foram acabadas por uma única “pedra”?
Toda amizade, amor e companheirismo pode ter anos e anos maravilhosos,
acumulados de momentos alegres, felizes, cheios de zelo e tudo que podemos
esperar, mas basta uma pedra, apenas uma pedra para tropeçarmos. Então, tudo se
esvai.
A
necessidade humana por Deus é muito maior do que qualquer segundo que tenhamos
respirado. Viver sem Deus é viver com pedras ao redor. Pedras que nos jogam e pedras
que jogamos. Há no ser humano não uma necessidade, uma urgência absoluta em se
relacionar com Deus, pois é somente em um relacionamento sincero com Ele que
conseguimos nos afastar cada vez mais de cada pedra. É necessário mantermos
nossos pés firmes, e esta firmeza vem apenas quando então caminhamos juntos com
Deus. Que hoje possamos avaliar nossas pedras. Que sejamos observadores
sinceros. Que consigamos então ver que a montanha tem muito mais beleza que as
pedras que temos nas mãos.
“Não vos torneis causa de tropeço nem a
judeus, nem a gregos, nem a igreja de Deus;”
1 Coríntios 10:32
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