domingo, 13 de novembro de 2016

Perdoe-me se for capaz

“como está escrito: Não há um justo, nem um sequer,”
Romanos 3:10

                Indulgência. Instituída no século XVI pelo Papa Leão X tinha como “qualidade” dar o perdão dos pecados. Qualquer pessoa com posses financeiras poderia comprar este documento e se tornar livre de seus pecados.
                E hoje a igreja contemporânea vive um novo tempo de indulgência. Não temos mais um documento assinado por um papa, mas temos agora o amor e a graça de Deus que nos absolve de todos nossos pecados. Não há mais necessidade de arrependimento. Nos basta saber que Deus nos ama. E assim, transformamos nossos pecados em coisas fúteis diante de Deus.
                Isso é apenas uma lasca do iceberg perverso que somos. Partilhamos sorrindo o amor de Deus, mas deveríamos chorar visto que somos perversos. Sim, assim somos. “todos se extraviaram, à uma se fizeram inúteis; não há quem faça o bem, não há nem um sequer. A garganta deles é sepulcro aberto; com a língua, urdem engano, veneno de víbora está nos seus lábios, a boca, eles a têm cheia de maldição e de amargura; são os seus pés velozes para derramar sangue, nos seus caminhos, há destruição e miséria; desconheceram o caminho da paz. Não há temor de Deus diante de seus olhos.” (Romanos 3:12-18). Muito prazer. Este sou eu. Este é você.
Não temos pressa em julgar as pessoas, mas nos absolvemos de qualquer delito. De fato não apresentamos ao mundo o que somos pois se assim o fizéssemos causaríamos pavor até em nós mesmos. Pensemos. Se Deus colocasse todas as pessoas que vivem ou que já passaram em nossa vida num espaço e num telão de cinema apresentasse todos, absolutamente todos nossos pensamentos desde quando nascemos. Nem um mísero pensamento ficasse de fora. Responda a si, quem ficaria ao seu lado no fim do filme? É evidente que tentaremos nos defender dizendo que não fizemos metade do que pensamos, mas, sejamos francos, se pensamos é porque aquilo brotou em nosso coração. Quantas pessoas nós já não desejamos matar com nossas próprias mãos? Com quantas pessoas nós já não desejamos ter o prazer sexual? Quantas pessoas nós já não pensamos que poderiam apodrecer? Quantas vezes já não xingamos no pensamento? Quantos ciúmes já não tivemos?
Somos terríveis e perversos. Duas coisas devem ser bem esclarecidas. Primeiro. Hitler não é uma anomalia humana. Hitler simplesmente é um ser humano que fez o que muitos pensam. Segundo. O inferno não é ficar queimando num fogo que nunca se apaga e onde nunca se morre. O inferno é viver não mais sob o Espírito de Deus, mas sim, sob 100% do espírito humano, e isto sim provoca choro e ranger de dentes.
Mas diante deste caos que somos, há saída?! Sim. “Mas Deus prova o seu próprio amor para conosco pelo fato de ter Cristo morrido por nós, sendo nós ainda pecadores.” (Romanos 5:8). Deus se fez homem para salvar o homem. Jesus passou pelo que passou não para mostrar Sua força, mas para demonstrar o Seu amor. Respondendo a pergunta sobre quem ficaria ao seu lado ao fim do filme, apenas uma pessoa ficaria. Jesus! Ele estenderia Suas mãos e lhe daria a chance de receber a única e real indulgência, o perdão de Deus.
Se de fato aceitamos a Cristo como nosso Senhor e Salvador é porque uma fresta de entendimento se abriu sobre nós. É porque finalmente deixamos que o Espírito Santo entre em nosso coração para nos transformar. Mas não para por ai. Essa transformação é diária. É a transformação que necessita que O conheçamos mais e mais. É a transformação que requer tempo, disciplina e vontade. Só conhecemos de fato o amor, a misericórdia e a graça de Deus quando buscamos isso, quando entendemos que sem Ele somos o que somos.

Para se chegar á Jesus primeiro é preciso fugir de si mesmo. Salvador só salva quem está perdido. Você está perdido?




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