Havia
um mendigo numa cidade. Ele vivia vagando pela cidade. Consumia o que sobrava
dos banquetes que as pessoas faziam. Alguns até o davam banho, faziam sua barba
e lhe davam roupas e cobertores, mas isso era em datas especiais. Algumas
pessoas conversavam com ele, lhe demonstravam intimidade, mas era só impressão,
logo o esqueciam entre as várias esquinas que ele vivia. Em dias de festa na
cidade as pessoas que vinham de outras localidades até lhe eram generosas, mas
logo elas iam embora. De vez em quando alguns outros mendigos lhe faziam
companhia, então ele desfrutava um pouco de calor e prazer que os outros lhe
davam. Mas sempre o final era o mesmo, ou os mendigos iam embora ou lhe batiam
e roubavam o pouco que tinha. Seu sonho era ter uma casa, e para isso ele
guardava cada centavo que ganhava, mas sempre algo lhe acontecia e ele tinha de
usar o pouco dinheiro que tinha.
Certo
dia o governador daquele país ficou sabendo da história do mendigo. Então o seu
coração se encheu de amor. Deixando todos seus afazeres ele correu para a
cidade. Lá chegando foi diretamente ao mendigo e então lhe ofereceu para morar
com ele, ter uma nova vida. Ele ganharia uma casa só sua. O mendigo aceitou.
No
tempo em que o mendigo morou com o governador ele descobriu que o seu alimento
não era mais a sobra, mas sim um banquete diário. Banho, higiene pessoal e
roupas gostosas ele tinha diariamente. Sua casa era modesta, mas nunca algo lhe
trouxe tanta alegria. Todos os dias o governador conversava com ele. O amor e a
amizade que o governador tinha por ele era algo que enxia o coração daquela
pessoa. Nas festas do governador ele não era qualquer um, sempre era um dos
convidados especiais. Outras pessoas moravam com o governador e eles eram todos
amigos, sempre um ajudando ao outro. Mensalmente o governador lhe dava
presentes e o seu dinheiro sempre estava bem guardado, e dia a dia só crescia.
Mas
havia algo naquela pessoa. Ele sentia falta da cidade.Mas a ordem expressa do
governador era para que não voltasse para a cidade. Além disto ele se sentia
desconfortável com as regras do governador. Para tudo havia uma conduta a ser
seguida. Inicialmente o governador lhe disse que as regras era para que se
mantivesse a harmonia e para que todos pudessem ser felizes, mas com o tempo as
regras começaram a pesar seu coração. Logo ele se viu pensando na velha cidade.
Na vida sem regras. Então ele decidiu voltar. Deixou tudo. Deixou o amor do
governador e voltou a ser mendigo.
Talvez
ao lermos essa história tomamos como conclusão de que o mendigo foi um
estúpido. Como pode uma pessoa que não tinha nada, ter tudo, e ainda assim,
apenas por algumas regras, decidir voltar a não ter nada?? Talvez pensemos
assim. Mas e quantos de nós não somos hoje o mendigo da história???! Quantos de
nós decidimos por viver longe de Deus apenas porque existem algumas “regras”??!
Quantos de nós se interessam mais pela vida, apenas
porque nela podemos fazer o que queremos??!
Deus
nos ama. Deus, o governador da nossa vida, não deseja que vivamos na cidade
como o mendigo, pois o que a cidade pode nos oferecer é isso, migalhas,
amizades por interesse e sonhos que sempre se esvaem por um ralo. Não fizemos
nada para morar com Deus, mas ainda assim Ele deseja que estejamos em Sua casa.
Regras?? Não, não são regras. São sinais de amor. Sinais de preocupação. Hoje o
governador quer te levar pra morar com Ele, você aceita??
Um dia abençoado
“não por obras de
justiça praticadas por nós, mas segundo Sua misericórdia, Ele nos salvou
mediante o lavar regenerador e renovador do Espírito Santo,”
Tito 3:5
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