Todo
natal o pai passava com sua única filha na casa de seus pais. A falta da mãe
existia, mas o amor dos dois era algo que completava essa ausência. A dança no
fim da noite era costume, e chegava a ser para os dois mais importante do que a
árvore cheia de presentes. O tempo se passou e a menininha do papai virou adolescente.
Tristemente conforme os anos se passavam, ela se distanciava do pai. Então em
um natal ela não queria mais fazer o ritual de todos os anos. A ceia da vovó já
não dava mais prazer e a dança com o pai já não era mais empolgante. Ainda
assim seu pai tentava a todo custo levá-la, afinal, para ele passar o natal sem
sua filha era algo que lhe fazia perder o ar. Então um namoro se iniciou. Como
tantas meninas adolescentes a emoção sempre sobrepujava a razão, que não era
das mais sábias. O amor louco fez com que a menina acreditasse que viver com o
pai já não era mais legal. Então ela decidiu e fugiu, no breu da noite, com seu
grande amor. Passou-se um tempo e logo ela descobriu que o grande amor de sua
vida a tinha lançado para as ruas da cidade. Sem amigos, sem parentes, sem
querer voltar pra casa, ela decide pelo que lhe aparece á mão, um trabalho de
dançarina num bar. Passa-se um tempo e então ela começa a receber cartas de seu
pai. Mas ela decide por não abrir as cartas. E vai vivendo. Até que um dia uma
das cartas vem diferente. Não mais com selo, apenas a carta. Quando a moça
procura saber quem levou a carta leva como que um soco no estômago quando a
descrição é de seu pai. Então ela abre a carta. Nela a descrição é pequena: “Sei
onde está. Sei o que faz. Isso não muda o que sinto. Tudo o que disse nas
outras cartas continua sendo verdade.”; Sua mente vira um parafuso, e então ela
começa a abrir e ler carta por carta. Ela lê uma pilha de cartas. Todas com a
mesma pergunta. Então ela decide voltar para casa. Quando os dois se
reencontram a moça diz: “Sim, a resposta é sim.”; E os dois voltam a dançar na
véspera do natal. No chão da sala apenas uma das cartas abertas com a escrita: “Quer
vir para a casa e dançar com seu papai outra vez?”.
Este
é um trecho de uma linda história do livro “Ele escolheu os cravos” (Max
Lucado). Todos os dias acordamos, vivemos e fazemos tudo o que queremos. Todos
os dias Deus olha para nós e espera que apenas abramos a carta que Ele nos
enviou. Todos os dias buscamos amores, paixões, prazeres e coisas que possam
suprir nossos desejos. Todos os dias Deus espera que apenas tenhamos a vontade
de falar com Ele. O amor de Deus por nós não tem barreiras. Muitas vezes cremos
que já fizemos tantas coisas erradas que Deus não nos quer mais ao Seu lado, e
isto se mostra um grande erro, basta abrirmos a carta. Não há pecado ou erro
que nos distancie do amor de Deus. Ou melhor, há! Apenas nós mesmos podemos nos
distanciar deste amor. Em nossas frenéticas buscas deixamos de observar o
quanto Deus nos ama, o quanto Ele nos quer ao Seu lado. Não importa o que estamos
fazendo. Se há o arrependimento de nossos atos logo temos o amor de Deus para
nos redimir.
Hoje
não seja você a mocinha da história. Não deixe de abrir a carta que Deus te
envia todos os dias. Não viva achando que não há mais jeito, que Deus não lhe
quer mais. Ele te ama da mesma forma de quando lhe formou e enviou ao mundo.
Hoje abra sua carta, nela você encontrará a descrição de Deus: “Porque EU te
amo tanto, que enviei Jesus, para que, se você crer, não viva para morrer, mas tenha
sua vida eterna ao Meu lado.”
Um dia abençoado.
“Porque Deus amou ao mundo de tal maneira que deu o Seu Filho
unigênito, para que todo o que Nele crê não pereça, mas tenha vida eterna.”
João 3:16
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