quinta-feira, 10 de dezembro de 2015

Demitidos do céu

            A nação vive um dos seus piores momentos desde a entrada do plano real. Os conchavos políticos se mostram cada vez mais por poder, e não para melhorar a economia. Vivemos um momento conturbado e os políticos, que nós elegemos, ao invés de perderem seus dias buscando fazer aquilo para que foram eleitos – melhorar a vida da nação – se digladiam por salvar o próprio pescoço de suas muitas farras com o dinheiro público. Do outro lado estão milhões de brasileiros. A grande maioria. A massa. A crise econômica afetou o país e agora vivemos algo que já não tínhamos mais o costume, demissões. Mensalmente as pesquisas apontam que mais e mais demissões ocorrem em todos setores. E as filas de procura por emprego só aumentam.
            E o sentimento é o mesmo para todos. Aos desempregados fica o receio de não se ter a certeza do “pão de todo dia”. Aos que ainda mantém seus empregos o gelo no coração por pensar que pode ser o próximo da lista. Mas a algo muito relevante que devemos refletir. Estar desempregado não é o fim. Ser demitido não é o fim. Ainda que seja preocupante, a vida segue, as oportunidades aparecerão e novos dias se mostrarão melhores que os dias passados. Se ainda hoje lutamos por um novo emprego ou damos o melhor para manter o que temos, isso não é o fim. Uma carta de rescisão não é a morte. Há sim uma nova porta que se abrirá.
            Mas, e se formos demitidos do céu?! E se Deus em sua avaliação de desempenho descobrir que não estamos trabalhando da forma certa e então decide nos demitir?! “Nem todo o que me diz: Senhor, Senhor! Entrará no reino dos céus, mas aquele que faz a vontade de meu Pai, que está nos céus. Muitos, naquele dia, hão de dizer-me: Senhor, Senhor! Porventura, não temos nós profetizado em Teu nome, e em Teu nome não expelimos demônios, e em Teu nome não fizemos muitos milagres? Então, lhes direi explicitamente: nunca vos conheci. Apartai-vos de Mim, os que praticais a iniqüidade.” (Mateus 7:21-23). Jesus nesta passagem descreve àqueles que serão demitidos. A pergunta a se fazer é: “Eu estou nesta lista?!”; E a esta resposta sim é que nosso coração deve congelar.
            Não importa quem seja, todos, sem exceção, trabalhamos pra Deus. Paulo nos dá um breve esclarecimento sobre isso (leia 1 Coríntios 12:12-31). Deus, através de Paulo, também nos mostra com clareza quais as nossas funções como empregados do céu (leia Romanos 12:1 a 16:20). E ainda que nós venhamos a nos desculpar dizendo que não conhecemos as nossas obrigações como funcionários do céu, Jesus dá o esclarecimento: “Quem me rejeita e não recebe as minhas palavras tem quem o julgue; a própria palavra que tenho proferido, essa o julgará no último dia.” (João 12:48).
            Emprego na terra?! A carteira de trabalho nos ensina e comprova de que podemos ter vários. Emprego no céu?! A falta de uma carteira de trabalho já nos identifica de que não teremos outra oportunidade. Ah quem dera hoje nosso coração congele não porque as demissões do país estão chegando aos nossos calcanhares, mas porque nossas funções celestiais não estão sendo praticadas. Descobrir, praticar, viver as nossas funções com empregados do céu, não é algo a se escolher, é uma ordem, e ordem de vida.
            Que hoje possamos nos fazer uma auto avaliação sobre nosso desempenho como funcionário do céu. Que mais do que buscar manter o emprego, aumento salarial e promoções, que busquemos verdadeiramente nos manter no propósito funcional a que Deus nos colocou nesta vida.

“Todo ramo que, estando em Mim, não der fruto, Ele o corta; e todo o que dá fruto limpa, para que produza mais fruto ainda.”

João 15:2



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