segunda-feira, 21 de dezembro de 2015

Ho ho ho ho hoooo?!

            No século V existiu um bispo chamado Nicolau. Estudiosos afirmam que o bispo nasceu aproximadamente em 280 d.c. na Turquia. Sendo um homem de bom coração costumava ajudar pessoas pobres, deixando saquinhos com moedas próximas às chaminés das casas. Foi canonizado pela igreja católica em santo (São Nicolau) após várias pessoas relatarem milagres atribuídos a ele. A associação da imagem de Nicolau ao Natal aconteceu na Alemanha e espalhou-se pelo mundo. Nos EUA ganhou o nome de Santa Claus e no Brasil de papai Noel. Até o final do século XIX o papai Noel era representado com uma roupa de inverno na cor marrom ou verde escura. Em 1886, o cartunista alemão Thomas Nast criou uma roupa nova para o bom velhinho. A roupa nas cores vermelha e branca com cinto preto foi apresentada então pela primeira vez na revista Harper´s Weeklys. Em 1931, uma campanha publicitária da Coca-Cola mostrou o papai Noel com o mesmo figurino, do qual também eram as mesmas cores do refrigerante. A campanha fez enorme sucesso e assim espalhou e disseminou a imagem do papai Noel pelo mundo.
            “Havia, naquela mesma região, pastores que viviam nos campos e guardavam o seu rebanho durante as vigílias da noite. E um anjo do Senhor desceu aonde eles estavam, e a glória do Senhor brilhou ao redor deles; e ficaram tomados de grande temor. O anjo, porém, lhes disse: Não temais; eis aqui vos trago boa-nova de grande alegria, que será para todo o povo: é que hoje vos nasceu, na cidade de Davi, O Salvador, que é Cristo, o Senhor.” (Lucas 2:8-11).
            Duas histórias. Uma, criação humana com fins humanos. Outra, criação Divina para fins eternos. Qual então mais lembramos, mais comemoramos, mais jubilamos? A humana claro! A semana do natal chegou e fica cada dia mais claro o quanto queremos ver o papai Noel em nosso lar. Antecedemos sua chegada com árvore de natal, muitos presentes e já estamos nos preparando para o grande banquete. Fogos serão soltos para comemorar sua chegada. As renas vem vindo, e trazem consigo o bom velhinho. Com um sorriso do qual ninguém pode resistir. Ho ho hoooo!!! Todos vão dizer.
            Isto tudo é uma pena. Um fato triste da vida humana. A verdade é que o papai Noel nunca existiu de verdade, apenas foi criado e remodelado pelo capitalismo humano. E hoje, num país aclamado por ser de maioria cristã (católicos e evangélicos) a primeira coisa, e única, que todas crianças sabem sobre o natal é que é a data da chegada do papai Noel. Que se forem bons durante o ano, o papai Noel trará um presente. Modulamos nossos filhos a escreverem cartas, a desejarem cada vez mais o papai Noel da Coca-Cola.
            De outro lado está Jesus. O verdadeiro sentido do natal. É certo de que Seu nascimento não ocorreu em dezembro. Aliás, ninguém sabe dar com exatidão quando isto ocorreu. Porém, 25 de dezembro foi instaurado pelo cristianismo a ser o dia em que se comemora o nascimento do Cristo, o Salvador do mundo. Aquele a quem todo que se achegar, Ele não rejeita. Aquele que trouxe o direito de que todos os que Nele crêem não tenham apenas vida, mas tenham eternidade.
            E assim, por mais uma vez, fomos colocados a mudar o sentido das coisas de Deus. Mudamos o Natal. Cremos que colocar uma estrela de Belém no alto da árvore e muitos anjinhos nas folhas é tudo. Cremos que deixar um presépio montado seja uma linda dedicação á Deus. Como somos ignorantes e pobres de espírito. Deus nunca nos pediu nada disto. O que Ele desejou sempre foi que no Natal deixássemos todas estas baboseiras de lado e pudéssemos verdadeiramente nos alegrar pela salvação que Ele nos trouxe. Ainda que todas estas coisas tenham sentidos sinceros de coração, Deus não divide Sua glória.
            Que possamos neste natal verdadeiramente comemorar a sua verdade. A verdade de que um menino nos nasceu, um Filho nos foi dado. Deus Emanuel é Seu nome. Deus Conosco. Maravilhoso Conselheiro, Deus Forte, Pai da Eternidade. Príncipe da Paz. Senhor do senhores. Rei dos reis. Aquele que nos amou de tal maneira que se transformou em carne, para que através da carne e do sangue pagasse o alto preço de nossos pecados. Jesus, o menino que nunca teve renas, mas sempre foi, é, e será o bom pastor de suas ovelhas. Que possamos neste natal, antes de darmos presentes, lembrar de que o maior presente já nos foi dado. A nós cabe decidirmos se vamos abri-lo ou se vamos continuar crendo de que uma meia na soleira da janela amanhece com presentes.

“Porque um menino nos nasceu, um Filho se nos deu; o governo está sobre os Seus ombros; e o Seu nome será: Maravilhoso Conselheiro, Deus Forte, Pai da Eternidade, Príncipe da Paz;”

Isaías 9:6




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