sexta-feira, 18 de dezembro de 2015

Um amor que não compreendemos

            “...pelo contrário, Ele é longânimo para convosco, não querendo que nenhum pereça, senão que todos cheguem ao arrependimento.” (2 Pedro 3:9). Então chegará o dia em que todos ficaremos frente á frente com Deus. Aos seus, aqueles que viveram e praticaram Suas palavras, o consolo e a eternidade ao Seu lado. Aos que buscaram ganhar o mundo e decidiram por não O conhecer, a justiça será proclamada com o Adeus eterno de Deus. Aos justos, a eternidade Divina, aos ímpios o inferno eterno. Aqueles que buscaram á Deus verdadeiramente e não apenas em alguns encontros e ritos religiosos a promessa do consolo, de nenhuma tristeza e do gozo da alegria no Senhor. Porém, engana-se de que Deus se esquecerá plenamente daqueles que se deixaram ser enganados pelo inferno com suas promessas vazias. Deus nunca os esquecerá. Ainda que Sua justiça seja perfeita. Ainda que o céu seja um lugar de paz e alegria eterna e constante, haverá um pedaço no coração de Deus onde a saudade e a tristeza habitarão.
            Ainda que tais palavras pareçam uma heresia. Ainda que não haja constatação bíblica sobre isto, o amor de Deus nos mostra que é muito maior do que a bíblia descreve e muito maior do que podemos imaginar. Se cremos de que Deus se alegrará com a Sua própria justiça perfeita é porque imaginamos um Deus carnal, que nos ama na mesma proporção que podemos amar. E este não é Deus. Este não é o amor Divino. Este amor vai além. Este amor é um amor que basta encontrar um arrependimento sincero em uma multidão de pecados, e então, tudo é perdoado. Este amor é um amor que jamais desiste, tudo suporta, tudo espera. Este amor é um amor que tem fé, uma fé que se confirma e produz perseverança e que assim cria esperança. Este amor é um amor que fez com que fosse enviado o Seu único Filho, perfeito, Santo, para que desse a própria vida pelos que Ele ama. Este é um amor que poderia se apegar as estrelas, as galáxias, as coisas maiores, mas decidiu amar a coisa mais insignificante, eu, você, nós. Este é um amor que não se ira com facilidade, mas sente saudade.
            Tentar decifrar o amor de Deus é impossível para o homem natural. Até mesmo para aqueles que O buscam, ainda assim Ele não lhes dá o Seu pleno amor, por ora, para que não se constranjam a ponto de não conseguirem mais viver. Sim, o amor de Deus por cada um é muito louco, é incompreensível em sua totalidade.
            Enquanto vivemos nossas vidas correndo atrás de dinheiro, prazer, curtidas no face, baladas madrugada a dentro, Deus segue querendo apenas ter um relacionamento sincero conosco, um relacionamento de Pai pra filho(a), um relacionamento de amor. Deus não quer só nos conduzir em uma vida de bênçãos. Nunca foi propósito Dele que vivêssemos como se Ele fosse apenas o Pai que dá. Estamos tão enraizados nesta cultura demoníaca de que um pai e uma mãe deve dar sempre o melhor tênis, a melhor roupa, a melhor escola, o melhor que o dinheiro pode comprar que começamos a acreditar que Deus é assim, se satisfaz e se alegra com isto, em apenas dar. Deus não liga para o que vai nos dar, mas Ele se alegra quando buscamos ter o melhor Dele, e o melhor é um relacionamento.
            O amor de Deus não está no quanto Ele nos abençoa com coisas do mundo ou no mundo, mas no quanto Ele nos apresenta a Si mesmo.  O amor de Deus não pode ser comparado ao quanto conseguimos amar, ele vai muito além. O amor de Deus conosco é igual ao amor de um pai, de uma mãe, a um filho que acabou de nascer. É um amor de sacrifício. É um amor que não espera coisas em troca. É um amor que protege. É um amor que o maior e único desejo é estar perto, ao lado, abraçado, todos os dias, todos os momentos. O amor de Deus não se importa com o quanto sujos pelo pecado estamos, Ele já nos lavou com o sangue de Cristo. Então, basta que aceitemos este sangue, este sacrifício, e que vivamos com as novas “roupas” que Ele nos dá para que Ele possa se mostrar e entregar a nós. O amor de Deus por nós é fanático. Seu amor é tão imenso que Ele mesmo cortou sua carne. Seu amor é tão grande que criou e estabeleceu Leis, para que Sua Santidade não fosse maculada pelo seu próprio amor ao aceitar o pecado em nós. Só há uma loucura maior do que o amor de Deus, é a loucura de nós não aceitarmos este amor. E você, é louco de não aceitar este amor?

“De longe se me deixou ver o Senhor, dizendo: Com amor eterno eu te amei; por isso, com benignidade te atraí.”

Jeremias 31:3




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