sábado, 9 de julho de 2016

Paixão mortal

                Diariamente programas especializados nos mostram reportagens onde a paixão vira crime. As histórias são sempre muito parecidas. Um divórcio, uma traição, uma história de violência ou simplesmente o ciúmes que trouxe achismos. Isso basta para o crime. O que antes era puro amor se mostra na verdade sempre ter sido paixão. Amor e paixão são diferentes. Amor é racional, paixão é irracional. Amor se doa, paixão se cobra. Amor tem o mundo, paixão tem apenas aquilo. Amor perdoa, paixão mata.
                A paixão nos faz até mesmo nos distanciarmos de Deus. Entre a escolha do amor de Deus e a paixão do mundo, ficamos com o irracional. Ao invés de estarmos com Jesus que nos deu salvação preferimos estar com o mundo que dá com uma mão e cobra com as duas. Ao invés de termos o amor eterno de Deus preferimos a paixão do mundo que tão breve se acabará. Ao invés de querermos o perdão de Jesus escolhemos viver com a paixão do mundo que só nos leva a morte.
                Paixão é assim mesmo, nos encobre toda visão. Sabemos de toda maldade que há no mundo. Sabemos que bebida, drogas e cigarro só nos causam uma alegria passageira e viciante. Temos noção de que baladas nunca trarão a paz que tanto buscamos. Conhecemos os limites da vida, mas ainda assim, nossa paixão nos faz querer nos manter nesta Atlantida.
                Muitas vezes até estendemos a mão para Jesus, mas a paixão por esta vida, por este mundo, nos faz viver neste mundo. Deixamos de ser simples peregrinos e forasteiros. Não andamos mais diferentes, não falamos mais uma outra língua. Nossa paixão nos faz sermos parecidos com aqueles que são deste mundo. Mesmas roupas, mesmos costumes, mesma linguagem, mesmo estilo de vida, mesmos pensamentos. Nada nos difere dos outros, então, somos apaixonados pelo mundo. Até mesmo lembrar de que um dia - quer seja pela morte, quer seja pela volta de Cristo - o mundo vai se acabar nos traz uma tristeza latente. Então, nos amparamos na ciência humana para buscarmos o máximo de tempo com nossa paixão. Usamos o máximo de tempo disponível que temos para nos deleitar nos prazeres da paixão. A paixão é algo tão forte que até nos “entregamos” á Jesus, mas vamos sempre dando uma forma nova de colocar o mundo, nossa paixão, em Deus. É o tão conhecido evangelismo carismático. E assim, nos esquecemos de Deus. E assim, Deus só se torna um amuleto em nossa vida.
                A paixão tem cara de amor, cheiro de amor, jeito de amor, mas no fundo é paixão. Você é apaixonado pelo mundo? Não é difícil de se descobrir isso. Basta se auto analisar. Se lhe tirarem a música que te faz pular pra Jesus, se lhe tirassem as luzes, a fumaça, as vestes modernas, as festas, se enfim, tudo que lhe sobrasse fosse uma bíblia na mão, então quem você escolheria, Cristo ou o mundo?

“Amados, exorto-vos, como peregrinos e forasteiros que sois, a vos absterdes das paixões carnais, que fazem guerra contra a alma,”

1 Pedro 2:11



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