sexta-feira, 14 de julho de 2017

Onde as mãos humanas não deveriam entrar

"Se me levantares um altar de pedras, não o farás de pedras lavradas; pois, se sobre ele manejares a tua ferramenta, profaná-lo-ás."
Êxodo 20:25

    Quando Deus descreveu como o Seu altar deveria ser feito Ele nos deus uma lição eterna. O altar não poderia ter nada que demonstrasse a habilidade humana ou a sua labuta. Isso já nos levava a entender o sacrifício de Cristo na cruz, a graça que viria sobre nós. Algo que seria tão somente de Deus, sem qualquer atividade humana. Essa indicação da parte de Deus já nos direcionava por qual caminho nós deveríamos andar e trilhar para que outros caminhassem. 
    Pois nos dias atuais a sabedoria humana se deleita em adaptar e dispor as doutrinas da cruz em um sistema mais artificial e mais apropriado aos gostos corrompidos da natureza caída. Em vez de se beneficiar do evangelho, a mente carnal corrompe, até que o evangelho se torne qualquer outra coisa, exceto a verdade de Deus. É o evangelho gospel dos dias atuais. As festas julinas sem álcool, os carnavais sem passistas, os ministros buscando a todo custo ficar com cara de menino para atrair os jovens, os louvores (apenas músicas!) que a cada dia buscam mais massagear egos, cantar vitórias humanas e atrair os jovens restart, são as pregações que mais parecem psicanálise em grupo onde se traz palavras que não mudam o caráter humano mas o faz ter certeza de que é apenas uma crise econômica que lhe está emperrando de vencer na vida e por ai se vai. 
    Todas as alterações e consertos na Palavra de Deus são profanações. O coração orgulhoso do homem anela ter parte na justificação da alma diante de Deus. As pessoas sonham em preparações para receberem a Cristo, confiam em arrependimentos e humilhações hollywoodianas, se orgulham de suas habilidades naturais e as suas boas obras são exaltadas nos telões de led. De todas as formas é feita alguma tentativa de manejar ferramentas humanas no altar Divino. Existe uma blasfêmia inerente na atitude de se tentar acrescentar qualquer coisa ao que Jesus, no momento em que morria, declarou estar consumado.
    Somente o Senhor tem de ser exaltado na obra da expiação e não será tolerada nem mesmo a mais insignificante marca do martelo humano. Pois que hoje sejamos temerosos - "[...], portai-vos com temor durante o tempo da vossa peregrinação." (1 Pedro 2:17) - e que joguemos fora nossas ferramentas e nos prostremos com humildade sincera aos pés de Jesus. Que assim possamos tão somente descansar Nele. 
    Que esta reflexão de hoje, esta verdade, seja para nós como um semáforo com sinal amarelo, que nos seja uma advertência para as doutrinas em que andamos crendo. Que nos lembremos de que em nós há uma grande propensão de tentar acomodar coisas as verdades da revelação, e isto é uma forma de irreverência e incredulidade. Que isto nos seja o start da volta para a verdadeira doutrina de Deus.





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