quarta-feira, 18 de janeiro de 2017

Destruindo deuses

"Disse o Senhor a Moisés: Ainda mais uma praga trarei sobre Faraó e sobre o Egito. Então, vos deixará ir daqui; quando vos deixar, é certo que vos expulsará totalmente."
Êxodo 11:1

    Não é necessário ser um grande conhecedor bíblico para se lembrar que um dia Deus enviou 10 pragas ao Egito. Claro que Deus tinha poder para não enviar nenhuma praga e ainda assim tirar o povo da escravidão. Porém, isto se fazia necessário, tanto para que os egípcios vissem que seus deuses não tinham poder como também para que o povo hebreu também visse que esses deuses a quem eles estavam tão habituados também não existiam (fica claro que mesmo com essa demonstração o povo ainda tinha a cultura egípcia enraizada, haja visto o bezerro de ouro). As pragas não foram algo qualquer, todas tinham seu objetivo. 
    A primeira praga foi as águas do rio Nilo se transformando em sangue (Êxodo 7:14-25). O Nilo era considerado um deus, o deus Hapi, que se considerava o deus da fertilidade. A morte de peixes também foi um duro golpem visto que o povo também venerava alguns peixes. E nós, será que não acreditamos mais na medicina do que em Deus para a fertilidade? A segunda praga foram as rãs (Êxodo 8:2-14). A deusa Hekt tinha cabeça de rã, e que se dizia ter o poder criador. Muitos a invocavam para criar as coisas. Quantas buscas não fazemos, quantas coisas não aceitamos para que tudo seja criado em nossa vida? A terceira praga foram os piolhos (Êxodo 8:16-19). O pó da terra era considerado sagrado no Egito e de lá Arão converteu em piolhos. Os sacerdotes egípcios usavam para muitas curas o pó da terra do Egito. Devido a esta praga os sacerdotes ficaram impotentes. E nós, o quanto buscamos nas coisas da terra o motivo de muitas de nossas vitórias? A quarta praga foram as moscas (Êxodo 8:20-32). Os egípcios tinham uma divindade chamada Belzebu, que se dizia poder afugentar moscas. E nós e nossos pé de coelhos, nossos 7 pulinhos de ondas e nossas tantas crenças para afugentar energias negativas? A quinta praga foi as pestes nos animais (Êxodo 9:1-7). Um golpe contra Amom, o deus que tinha a forma de carneiro e também sobre outros deuses que tinham formas animais. E nós, com nossos deuses internos tão disfarçados? Cremos no deus da sabedoria, da filosofia, da ciência. Cremos no deus do "eu posso tudo". Quantos deuses cremos? A sexta praga foram as úlceras sobre os egípcios (Êxodo 9:8-12). O deus Tifon era derrubado. Era o deus da cura sobre as enfermidades. E nós, continuamos a crer em remédios, médicos, academias, formas e mais formas de manter nossa saúde e nosso corpo intacto. A sétima praga foi a chuva de pedras (Êxodo 9:13-35). A deusa Serafis que protegia campos, animais e colheitas estava derrubada. E nós com nosso deus do dinheiro, crendo que tudo que temos podemos dar segurança com nossa conta bancária? A oitava praga foi a invasão de gafanhotos (Êxodo 10:1-20). As deusas Serafis e Isis defendiam os campos. Onde estão nossos campos férteis ao qual achamos que temos controle e Deus não é necessário? A nona praga foi as trevas que vieram sobre o Egito (Êxodo 10:21-29). O deus Rá, o deus do sol ficou impotente. Onde estão escondidos nossos deuses iluminados, cheio de energia, que nos fortalecem? A décima e última praga foi a morte dos primogênitos do Egito (Êxodo 11:1 a 12:36). Cerca de 1 ano após a primeira praga o Egito estava destruído. Seus deuses, um a um, derrubados. 
    Muitas vezes não queremos aceitar, mas vivemos cheios de deuses. Dissemos que Deus é em primeiro lugar. Até enchemos a boca para dizer que só Deus é Deus, mas mantemos nossos deuses. O pior deus que pode existir é o deus do umbigo. É quando cremos que tudo está sob nosso controle. É quando dividimos nossos grandes feitos com as muitas mandingas que fazemos, com o dinheiro que conquistamos, com as muitas faculdades que fazemos, com os muitos talentos que temos. Tudo deuses. Deus só será Deus em nossa vida quando despertarmos e confessarmos de que sem Deus nem levantamos da cama. Sim, temos nossos méritos, nossos esforços, nossa inteligência e nossa capacidade. Mas, isto jamais deve estar acima do fato de que Deus é quem nos sustenta. Se Deus tirar Sua mão de misericórdia sobre nós hoje, caímos como um tijolo lançado do alto de um edifício. 




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