“A
seguir, dirigiu-se aos discípulos: Virá o tempo em que desejareis
ver um dos dias do Filho do Homem e não o vereis.”
Lucas
17:22
E o
hit do final do ano foi um tal de “Deu onda”. Mais um dos funks
para colar na mente da galera. Alguns acharam obsceno demais, outros
não conseguem descolar de suas mentes o chiclete do refrão. Algumas
mulheres resolveram virar feministas e abrir a boca contra uma música
que denigre a pessoa feminina. Infelizmente não há como descrever a
letra, tamanha monstruosidade.
Mas,
por que chegamos nessa onda? Bom, é simples demais e não precisa
ter mente de elefante pra lembrarmos do bonde do tigrão, do MC Catra
e seu harém, da gaiola das poposudas, das várias garotas frutas e
de tantas e tantas outras “músicas” funks que vem a décadas
entrando em nossos lares e nossas vidas. Sorrimos para cada uma
delas. Jamais criticamos suas letras que, até prove-se o contrário,
jamais colocou a mulher como ser delicado, frágil e que necessita
ser amada. É incrível pois as mesmas mulheres que tanto combatem
pelo direito de igualdade, da discriminação rebolam até o chão
sorrindo quando a balada da música funk toca.
O
que estamos vivendo de fato é apenas uma canção de uma onda que já
vimos desde o horizonte. É a onda do tudo é lícito, do tudo se
pode. É a onda onde todas as cores são uma só. É a onda onde a
mulher, que diz que Deus a subjuga mandando ser submissa ao marido
quer mesmo é dançar ao som de “só as cachorras...”; É a onda
onde milhares e milhares de crianças perdem sua virgindade em bailes
funks, se drogam, beijam mais que “donzelas” de beira de posto,
rebolam até o chão e passam as madrugadas ouvindo apenas uma coisa:
mulher é igual carne de açougue, sempre tem uma na promoção!
Não se escandalize caro leitor. Essa é a vida que muitos de nós
aceitamos. Aceitamos quando deixamos Deus de lado pelos nossos
ideias. Aceitamos quando muitos de nós deixamos nossos filhos a
beira da sua própria sorte para ter sucesso profissional, afinal,
nosso maior desejo é dar o de melhor para eles (uma pena que quando
esse melhor chegar eles são bem adultos e vão estar curtindo uma
onda nova). Aceitamos quando Deus deixou de ser Deus em nossa vida
para virar um ritual dominical. Aceitamos quando achamos lindo
aqueles lindos bebês que mal sabem falar rebolarem até o chão.
Essa é a nossa onda, vamos surfar nela!
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