terça-feira, 10 de janeiro de 2017

Onde está a onda?

A seguir, dirigiu-se aos discípulos: Virá o tempo em que desejareis ver um dos dias do Filho do Homem e não o vereis.”
Lucas 17:22

    E o hit do final do ano foi um tal de “Deu onda”. Mais um dos funks para colar na mente da galera. Alguns acharam obsceno demais, outros não conseguem descolar de suas mentes o chiclete do refrão. Algumas mulheres resolveram virar feministas e abrir a boca contra uma música que denigre a pessoa feminina. Infelizmente não há como descrever a letra, tamanha monstruosidade.
    Mas, por que chegamos nessa onda? Bom, é simples demais e não precisa ter mente de elefante pra lembrarmos do bonde do tigrão, do MC Catra e seu harém, da gaiola das poposudas, das várias garotas frutas e de tantas e tantas outras “músicas” funks que vem a décadas entrando em nossos lares e nossas vidas. Sorrimos para cada uma delas. Jamais criticamos suas letras que, até prove-se o contrário, jamais colocou a mulher como ser delicado, frágil e que necessita ser amada. É incrível pois as mesmas mulheres que tanto combatem pelo direito de igualdade, da discriminação rebolam até o chão sorrindo quando a balada da música funk toca.
    O que estamos vivendo de fato é apenas uma canção de uma onda que já vimos desde o horizonte. É a onda do tudo é lícito, do tudo se pode. É a onda onde todas as cores são uma só. É a onda onde a mulher, que diz que Deus a subjuga mandando ser submissa ao marido quer mesmo é dançar ao som de “só as cachorras...”; É a onda onde milhares e milhares de crianças perdem sua virgindade em bailes funks, se drogam, beijam mais que “donzelas” de beira de posto, rebolam até o chão e passam as madrugadas ouvindo apenas uma coisa: mulher é igual carne de açougue, sempre tem uma na promoção!
    Não se escandalize caro leitor. Essa é a vida que muitos de nós aceitamos. Aceitamos quando deixamos Deus de lado pelos nossos ideias. Aceitamos quando muitos de nós deixamos nossos filhos a beira da sua própria sorte para ter sucesso profissional, afinal, nosso maior desejo é dar o de melhor para eles (uma pena que quando esse melhor chegar eles são bem adultos e vão estar curtindo uma onda nova). Aceitamos quando Deus deixou de ser Deus em nossa vida para virar um ritual dominical. Aceitamos quando achamos lindo aqueles lindos bebês que mal sabem falar rebolarem até o chão. Essa é a nossa onda, vamos surfar nela!




Nenhum comentário:

Postar um comentário