quarta-feira, 12 de outubro de 2016

Esterilidade de amor

“O que lavra a sua terra será farto de pão, mas o que corre atrás de coisas vãs é falto de senso.”
Provérbios 12:11

                E o amor das pessoas anda seco, estéril. A humanidade está assim. Não amamos, odiamos e repudiamos aqueles que não nos fazem bem algum. Amamos os que nos são bondosos e simpáticos, mas sempre na mesma medida ao que recebemos. Se muito somos amados, muito amamos, se recebemos pouco amor então pouco amamos.
                Quando Jesus nos confronta sobre o amor Ele traz revelações que podem nos fazer enfartar. Gostamos do ditado “olho por olho, dente por dente”, mas Jesus nos mostra que isto não é amor. Amar quem nos odeia, oferecer a outra face, caminhar a segunda milha, dar a túnica, não voltar as costas ao que lhe pede (leia Mateus 5:38-48). Tantas lições de amor.
                Mas de fato não estamos caminhando neste sentido do amor. Andamos estéreis no amor. Queremos amar um cônjuge não conforme imagem e semelhança de Deus, mas conforme nossa imagem e semelhança. Não são os padrões de Deus que são levados em conta, são as nossas vontades, os nossos padrões. Fugimos da presença de nossos parentes, afinal, eles não são amáveis segundo o nosso conceito. Desistimos das pessoas, afinal, elas nos trouxeram mágoas, nos fizeram coisas que desgostamos. Não amamos verdadeiramente. Estamos de fato praticando a pior esterilidade possível, a do coração de pedra. Um ovário estéril Deus cura, faz a mulher estéril mãe de filhos, mas é amor quando dizemos ao nosso cônjuge que tanto sonha em ser pai ou mãe “eu não quero ter filho!”? É amor o que praticamos quando transformamos nossos filhos em consumidores assíduos, só para que tenhamos nossa realização profissional? Amor nunca está amarrado em sermos felizes, mas sim em fazer feliz. Amor jamais caminhará sozinho, ele sempre caminha com sacrifício. Deus nos amou de tal forma porque fez um sacrifício. Jesus nos amou de tal forma porque fez um sacrifício.
                Próximo de ser preso e crucificado Jesus lavou os pés de seus discípulos (leia João 13:1-20). De quem Jesus lavou os pés? De Judas, o traidor. De Pedro, que O negaria. De todos demais discípulos, que O abandonaram. E porque Jesus então fez um ato de tão grande amor? Simples, porque Jesus amou.

                Ame. Não ame porque te amam, ame porque você quer ser como Jesus. Ame porque o seu coração não é de pedra, mas sim um coração que pulsa o amor de Deus. Ame quem lhe ama, ame quem lhe odeia. Simplesmente ame. Ame para que o amor em você seja abundante e farto.




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