terça-feira, 5 de janeiro de 2016

Onde o amor se perde

            No anseio e na busca incansável do dinheiro perdemos o amor. Mais do que servir a um deus que não tolera desaforos, o dinheiro nos tira em conta gotas nossos maiores bens e riquezas. É na corrida pelo dinheiro que pais e mães perdem os melhores momentos de seus filhos. É no argumento do século 21 – “quero dar o melhor para meu filho” – que nos precipitamos em nosso próprios pés e nos entregamos a todas sortes que a vida pode nos promover. É nesta insana e louca corrida que muitas famílias se desfazem. É nesta luta frenética que muitas famílias não se constituem, afinal, precisamos casar com a vida muito bem estabilizada.
            Mal nos apegamos que estamos vivendo, ou melhor, sendo escravizados pelo ter, ter e ter. O dinheiro que antes sustentava um família com pai, mãe e filhos, hoje não sustenta mais uma família com pai, mãe e filho. Sempre é preciso ter mais. É preciso ter mais dinheiro para pagar a TV fechada e a internet. É preciso ter grana pra pagar os balés, natações, aulas de idiomas e tantas outras coisas maravilhosas que a economia nos “dá” de presente. De um outro lado, não vemos mais o amor entre as pessoas da mesma casa. Praticamente nos tornamos estranhos dentro de nosso próprio lar. Criamos portas onde deveria se ter um corredor.
            “O amor de muitos se esfriará”. Isto foi Jesus quem disse (leia Mateus 24:12). O amor já está esfriando. Agora nosso maior pensamento é se trocamos e emprego ou se tentamos um aumento. Agora o que ronda nossos tempos calados é como conseguiremos mais dinheiro para viajar, comprar um novo carro, uma roupa legal, mais um sapato pra coleção. E o amor está tão frio que logo se congelará. Até mesmo as igrejas, locais onde o amor de Deus deveria ser discorrido incessantemente, não se tem mais isto. Muito púlpitos são usados para dar palestras de auto ajuda neste momento de um economia que apenas mostra a realidade que deixamos de lado. O dinheiro não dura por toda eternidade. Ainda que tenhamos uma conta bancária com milhões, isto de nada nos garante a felicidade e o amor.
            Dia a dia estamos nos distanciando de Deus. Tudo porque Ele não tem como primícia nos dar dinheiro, mas sim amor. E isto Ele não faz por ser mesquinho ou avarento, mas sim porque Ele quer fazer com que amemos o que é eterno.
            Dinheiro é algo muito necessário sim para nossos dias, mas jamais deve se tornar nossa obsessão. Não podemos deixar que nossos filhos sejam colocados de lado por causa do dinheiro. O amor que damos á eles é muito mais valioso. Muito mais vale uma casa simples com amor do que um reinado com brigas por poder. Permita que Deus lhe mostre o que é mais importante. Permita Deus ser a sua maior causa.

“...não me dês nem a pobreza nem a riqueza; dá-me o pão que me for necessário; para não suceder que, estando eu farto, te negue e diga: Quem é o Senhor? Ou que, empobrecido, venha a furtar e profane o nome de Deus.”

Provérbios 8-9



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