quinta-feira, 14 de janeiro de 2016

Um amor que nunca se esfria

            “E, por se multiplicar a iniqüidade, o amor se esfriará de quase todos.” (Mateus 24:12). Faz mais de 2.000 anos que Jesus disse estas palavras. É maravilhoso, mas muito mais triste ver que Deus não nos fala nada para nos amedrontar, todas Suas palavras são sempre corretas e fatos consumados, ainda que venham a acontecer séculos e mais séculos depois. As palavras de Cristo muitas vezes são duras, pesadas, que carregam nossa alma, mas todas são como flechas na mão do arqueiro olímpico.
            Estamos vivenciado dia após dia, um dia após o outro, tempos terríveis. Antes bebês eram colocados em portas de hospitais, orfanatos ou casas, agora os noticiários só nos mostram bebês no lixo. Antes nos sentíamos apavorados com a notícia de um marido que matava sua esposa por ciúmes, agora basta ligarmos durante a semana a TV nos programas do Datena ou do Marcelo Rezende. Antes pais assumiam filhos, hoje laboratórios enriquecem com os exames de DNA. Antes filhos honravam pais, hoje filhos matam os pais. Antes as pessoas se respeitavam, hoje caiu no desuso as palavras “por favor” e “obrigado”.
            Nos tornamos cegos. Não enxergamos a mudança. Ela entrou em nossas vidas como uma novidade cultural e assim corrompeu tudo o que mais deveríamos ter preservado, o amor. “Agora, pois, permanecem a fé, a esperança e o amor, estes três; porém o maior destes é o amor.” (1 Coríntios 13:13). Na maior de todas declarações que um homem já conseguiu fazer sobre o que é o amor, Paulo conclui exatamente dando a ênfase certeira no amor, o maior de todos. O amor é a base de tudo. Sem ele tudo perde o sentido. Imaginamos que o intelecto e a inteligência humana são o que sustenta nossa evolução e fazem a distinção entre homem e animal. Nada disto, o amor é que nos distingue! Sem amor viramos apenas animais super inteligentes.
            É na falta do amor ao próximo onde governantes assaltam o dinheiro público e tiram da saúde, da educação, da segurança e de onde for para se enriquecerem. É na falta do amor á família onde maridos e esposas se sentem em total direito e liberdade para trair. É na falta do amor onde nós sempre acreditamos que tudo deve ser feito como nosso querer. É nesta falta de amor que o imperativo da vida não é mais beneficiar a todos, mas sim a si próprio.
            Mas ainda há um amor que não muda. Um amor que nunca se esfriou. Um amor que é o mesmo de ontem e amanhã continuará igual. É o amor de Deus! É o amor que não se opera pelo que fazemos. É o amor que salva o mentiroso da mesma forma que salva o estuprador. É o amor que dá a quem o ama e a quem não o ama. É o amor que espera um dia ou 10 anos da mesma forma. É o amor do qual a cada dia compreendemos menos. E nossa incompreensão deste amor não se baseia apenas por ser um amor muito além daquilo que conhecemos, mas também pelo fato de que já não sabemos mais como amar.
            Que possamos nos recordar dos velhos tempos. Sim, é preciso voltar ao passado. É preciso recuperar o amor perdido. É preciso fecharmos as portas que andam escancaradas. É preciso lembrar de que Jesus disse: “...de quase todos”; e assim, buscarmos estar na minoria. É preciso amar sem restrições, sem censura. Precisamos amar. Se queremos encontrar o verdadeiro amor, Deus, então precisamos amar, pois se não amamos, então não conhecemos á Deus. E se não conhecemos á Deus, não temos parte com Ele. Se não temos parte com Ele, o céu não é nosso destino. Amor é a senha para o céu. Se amamos, cumprimos toda a Lei. Se cumprimos toda a Lei, nem principados, nem potestades, nem mesmo satanás poderá nos separar do amor que está em Deus.

“Aquele que não ama não conhece a Deus, pois Deus é amor.”

1 João 4:8



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