“E, por se multiplicar a iniqüidade, o amor
se esfriará de quase todos.” (Mateus 24:12). Faz mais de 2.000 anos que
Jesus disse estas palavras. É maravilhoso, mas muito mais triste ver que Deus
não nos fala nada para nos amedrontar, todas Suas palavras são sempre corretas
e fatos consumados, ainda que venham a acontecer séculos e mais séculos depois.
As palavras de Cristo muitas vezes são duras, pesadas, que carregam nossa alma,
mas todas são como flechas na mão do arqueiro olímpico.
Estamos
vivenciado dia após dia, um dia após o outro, tempos terríveis. Antes bebês
eram colocados em portas de hospitais, orfanatos ou casas, agora os noticiários
só nos mostram bebês no lixo. Antes nos sentíamos apavorados com a notícia de
um marido que matava sua esposa por ciúmes, agora basta ligarmos durante a
semana a TV nos programas do Datena ou do Marcelo Rezende. Antes pais assumiam
filhos, hoje laboratórios enriquecem com os exames de DNA. Antes filhos
honravam pais, hoje filhos matam os pais. Antes as pessoas se respeitavam, hoje
caiu no desuso as palavras “por favor” e “obrigado”.
Nos
tornamos cegos. Não enxergamos a mudança. Ela entrou em nossas vidas como uma
novidade cultural e assim corrompeu tudo o que mais deveríamos ter preservado,
o amor. “Agora, pois, permanecem a fé, a
esperança e o amor, estes três; porém o maior destes é o amor.” (1
Coríntios 13:13). Na maior de todas declarações que um homem já conseguiu fazer
sobre o que é o amor, Paulo conclui exatamente dando a ênfase certeira no amor,
o maior de todos. O amor é a base de tudo. Sem ele tudo perde o sentido.
Imaginamos que o intelecto e a inteligência humana são o que sustenta nossa
evolução e fazem a distinção entre homem e animal. Nada disto, o amor é que nos
distingue! Sem amor viramos apenas animais super inteligentes.
É
na falta do amor ao próximo onde governantes assaltam o dinheiro público e
tiram da saúde, da educação, da segurança e de onde for para se enriquecerem. É
na falta do amor á família onde maridos e esposas se sentem em total direito e
liberdade para trair. É na falta do amor onde nós sempre acreditamos que tudo
deve ser feito como nosso querer. É nesta falta de amor que o imperativo da
vida não é mais beneficiar a todos, mas sim a si próprio.
Mas
ainda há um amor que não muda. Um amor que nunca se esfriou. Um amor que é o
mesmo de ontem e amanhã continuará igual. É o amor de Deus! É o amor que não se
opera pelo que fazemos. É o amor que salva o mentiroso da mesma forma que salva
o estuprador. É o amor que dá a quem o ama e a quem não o ama. É o amor que
espera um dia ou 10 anos da mesma forma. É o amor do qual a cada dia
compreendemos menos. E nossa incompreensão deste amor não se baseia apenas por
ser um amor muito além daquilo que conhecemos, mas também pelo fato de que já
não sabemos mais como amar.
Que
possamos nos recordar dos velhos tempos. Sim, é preciso voltar ao passado. É
preciso recuperar o amor perdido. É preciso fecharmos as portas que andam
escancaradas. É preciso lembrar de que Jesus disse: “...de quase todos”; e
assim, buscarmos estar na minoria. É preciso amar sem restrições, sem censura.
Precisamos amar. Se queremos encontrar o verdadeiro amor, Deus, então
precisamos amar, pois se não amamos, então não conhecemos á Deus. E se não
conhecemos á Deus, não temos parte com Ele. Se não temos parte com Ele, o céu
não é nosso destino. Amor é a senha para o céu. Se amamos, cumprimos toda a Lei.
Se cumprimos toda a Lei, nem principados, nem potestades, nem mesmo satanás poderá
nos separar do amor que está em Deus.
“Aquele que não ama não conhece a Deus, pois Deus é amor.”
1 João 4:8
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