sexta-feira, 11 de agosto de 2017

Homo Deus

"Eu, porém, vos mostrarei a quem deveis temer: temei aquele que, depois de matar, tem poder para lançar no inferno. Sim, digo-vos, a esse deveis temer."
Lucas 12:5

    E o mundo está na igreja. O secularismo hoje está em todos os cantos do evangelho que vivemos hoje. Nele, Deus é colocado num canto como um ser limitado e obsoleto. É quase como se fosse uma imagem esculpida para deixar a igreja mais bonita. A teologia correta é desaplicada para se aplicar a nova doutrina, a que agrega pessoas fora do evangelho lhes dando não a água da vida, mas a água batizada com seus costumes e interesses. É como dizer que se recuperou um alcoólatra pois ele não bebe mais até cair, mas ainda toma um copo por dia. É como glorificar pelo viciado recuperado que não usa mais crack, mas ainda vive por uma maconha. 
    E assim vivemos nosso evangelho. Com roupas lindas para o culto de domingo, com vozes quase como de um beija-flor e palavras polidas, mas durante a semana o que vale são nossos gostos, aquilo que nos traz a paz. Quer seja um dedo em riste no trânsito, quer seja uma maracutaia no trabalho, quer seja uma mentirinha, quer seja um sexo casual. Tudo é a liberdade para nós. Somos livres pelo evangelho da desgraça. Santos na igreja e demônios no mundo! Exagerado?! Pois pensemos melhor sobre o que nos leva ao inferno. Vejamos nossas festas. Com um culto ou uma oração no início, depois não se vê mais nada que apresente á Deus. Olhe para os encontros de jovens e adolescentes de hoje das igrejas e diga onde Deus está. Seria bom se ao menos conhecêssemos a história da festa do rei Belsazar (leia Daniel 5). 
    Não há nos crentes em Jesus amor e perdão, bases do evangelho. Não somos mais diferentes do mundo. Olhe nos shoppings, encontre apenas de olhar um cristão. O evangelho não é este sal sem sabor, essa luz debaixo do alqueire. Evangelho é diferença. Hoje casais crentes em Jesus se preocupam mais com suas finanças e seus projetos profissionais do que com ter filhos para Deus. É, a herança de Deus não tem mais nenhum valor (leia Salmos 127:3). O crente de hoje não vive mais pela fé, vive pela força de seus braços e por sua ignorante sabedoria. Não há mais negações no meio evangelho, só "dá-me". Somos um povo como da visão de Ezequiel, que viu o templo ser profanado (leia Ezequiel 8), mas não pense que somos Ezequiel. Não ouvimos mais a voz de Deus, ouvimos a voz do nosso próprio umbigo. Somos o próprio crente Homo Deus. Nós decidimos o que fazer, e se sobrar algo, Deus entra na história. Não cremos mais nas promessas. Não desejamos mais a vinda de Jesus, aliás, ainda há muita coisa a se conquistar nesta vida. Não somos como Paulo que desejava partir, mas por amor ao evangelho permanecia. Não somos mais a igreja do céu, somos a igreja da terra. 
    E nessa triste realidade os poucos que ainda buscam trazer o verdadeiro evangelho são menosprezados, chamados de loucos, exagerados e são jogados para fora dos seios da igreja. É triste, mas o sistema do mundo hoje opera e reina sobre a igreja que deveria ser de Deus. 
    Pois que hoje reflitamos melhor sobre que deus é esse a quem levantamos as mãos. Pois que hoje venhamos a refletir sobre até que ponto vivemos verdadeiramente o nosso evangelho. E se não cremos, deveríamos pensar se tanta loucura não tem alguma realidade. Hoje, ainda temos a misericórdia de Deus para nos convertermos. Amanhã, nada nos é garantido.





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