Cuidado com as pedras inimigas

"Então, as gentes da terra desanimaram o povo de Judá, inquietando-o no edificar;"

Esdras 3:4

    Paulo em seu ministério por diversas vezes alertou ao povo sobre como deve ser a caminhada, a vida, com Deus. Em certo momento usou uma corrida como exemplo (1 Coríntios 9:24-25). Nos colocou a combatermos o bom combate (2 Timóteo 4:7). Alertou-nos para que não apagássemos o Espírito Santo (1 Tessalonincenses 5:19). Esclareceu-nos de que nossa luta não é contra o sangue (Efésios 6:12). Além disto, juntamos as cartas de João e Pedro que nos dizem que nosso inimigo, satanás, está sempre ao nosso redor visando a quem possa matar, roubar e destruir (João 10:10 e 1 Pedro 5:8). 

    Mas como podemos ser destruídos pelo inimigo? Usemos um jogo de futebol como um de tantos exemplos. Num escanteio a quem o zagueiro vai marcar? Seu adversário evidente. E quando ocorre um gol contra de escanteio? Alguém do próprio time marcava aquele zagueiro? Evidente que não. Assim também é nosso inimigo. Ele nos conduz a viver uma vida de tal forma que ele mesmo acaba vestindo a camisa de nosso time. Não o marcamos, não nos preocupamos com ele. Somos levados e conduzidos a nos preocupar com tudo, menos com uma vida com Deus, jamais com nosso adversário. São os espelhos que nos mostram que é necessário foco na academia, então corremos para o lado inverso. São as pessoas que nunca possuem o mesmo chip que o nosso e sempre pensam e agem de maneiras erradas (ao nosso entender). Somos conduzidos a ter raiva, rancor, decepção empedrada, falta de amor e perdão. Assim sempre lutamos contra a carne e jamais contra o sangue. É a vida que nos força com redes sociais a não ter tempo para Deus. John Piper já disse: "Uma das maiores utilidades do Twitter e do Facebook será provar no último dia que a falta de oração não era por falta de tempo"; podemos incluir nesta lista nosso amado whatsapp. São nossas muitas graduações que nos levam a ler de tudo, menos a bíblia. É a necessidade primordial do século de se ter marcas conceituadas no guarda-roupas, celulares modernos, carros caros, selfies em restaurantes diversificados e tantas coisas que, conforme estudos comprovam, um pai de família hoje precisa ganhar 10 vezes mais do que um pai a 40 anos atrás. É o século das horas extras. É o tempo onde não se tem mais tempo. 

    E nesta caminhada, não temos mais inimigo, adversário. Temos um amigo, um amigo chamado satanás, diabo. Somos conduzidos através dele a viver uma vida sem Deus, de ateu. Não precisamos de Deus, aliás, nem temos tempo para Ele. E assim, nem mais enxergamos as tantas pedras que satanás colocou em nossa vida e que criaram um muro gigantesco entre nós e Deus. E assim, cometemos o pior crime que um ser humano pode cometer, apagamos o Espírito Santo de nós. Nos sentimos absurdamente revoltados essa semana com a soltura do goleiro Bruno pelo seu crime, mas não sentimos nem uma fagulha de arrependimento por ter matado o Espírito Santo. E tudo isto com o zagueiro de camisa 666 jogando no nosso time. 

    Não permita que nada lhe faça parar a edificação da sua vida com Deus. Não se desanime porque tantas tolices estão na fila da sua porta. Edifique-se com Deus. Tire o inimigo das terras do seu coração. Corra, lute, guerreie o bom combate contra aquele que hoje lhe diz ser tão amigo. Na caminhada de nossas vidas, precisamos edificar nosso altar com as pedras de Deus.